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quinta-feira, 7 de maio de 2009

O problema sujeito-objeto

Nosso problema básico como seres humanos é a relação su­jeito-objeto. Na primeira vez que ouvi essa afirmação, anos e anos atrás, pareceu abstrata e irrelevante para minha vida. Ape­sar disso, toda a nossa desarmonia e dificuldade decorrem de não sabermos o que fazer a respeito da relação entre sujeito e objeto. Em termos comuns, do dia-a-dia, o mundo está dividido em sujeitos e objetos. Eu olho para vocês, vou para o trabalho, sento-me numa cadeira. Em cada um desses casos, penso em mim como o sujeito em relação com os objetos: vocês, meu trabalho, a cadeira. Intuitivamente, no entanto, sabemos que não somos separados do mundo e que a divisão sujeito-objeto é uma ilusão. Para chegar a esse conhecimento intuitivo é que praticamos.
Se não entendermos o dualismo sujeito-objeto, veremos os objetos em nosso mundo como a fonte de nossos problemas: vocês são o meu problema, meu trabalho é meu problema, a cadeira. (Quando me considero como o problema, tornei-me objeto.) Dessa forma, afastamo-nos dos objetos que considera­mos como os problemas e vamos em busca de outros, que para nós são não-problemas. Desse ponto de vista, o mundo consiste em mim e nas coisas que agradam ou desagradam a mim.
Historicamente, a prática zen e a maioria das outras disci­plinas de meditação têm tentado resolver o dualismo sujeito-objeto esvaziando o objeto de todo conteúdo. Por exemplo, tra­balhar no MU* ou em grandes koans esvazia o objeto do condi­cionamento que vinculamos a ele. Conforme o objeto vai se tornando cada vez mais transparente, somos um sujeito contem­plando um objeto virtualmente vazio. Esse estado é às vezes chamado de samadhi. Esse é um estado de graça porque o objeto vazio não me incomoda mais. Quando atingimos esse estado, tendemos a nos parabenizar por todo o progresso que já fizemos.
Esse estado de samadhi, porém, ainda é dualista. Quando o atingimos, uma voz interna diz: “Deve ser isso!” ou “Agora estou de fato indo bem”. Permanece existindo um sujeito oculto, observando um objeto virtualmente vazio, no que acaba sendo uma separação entre sujeito e objeto. Quando nos damos conta dessa separação, tentamos acionar o sujeito também e esvaziá-lo de seu conteúdo. Quando fazemos isso, tornamos o sujeito em outro objeto ainda, com um sujeito ainda mais sutil a observá-lo. Estamos assim criando uma regressão infinita de sujeitos.
Esses estados de samadhi não são precursores da verdadei­ra iluminação porque um sujeito finamente velado está separado de um objeto virtualmente vazio. Quando voltamos à vida diária, aquele estado de graça se dissipa e mais uma vez estamos num mar de sujeitos e objetos. Prática e vida assim não se encontram.
Uma prática mais límpida é não tenta livrar-se do objeto, mas, antes, tenta enxergá-lo tal qual é. Aos poucos, aprendemos o que é ser ou vivenciar, e nesse estado não existe sujeito nem objeto. Não é que eliminemos alguma coisa; antes, reunimos as coisas. Ainda há o ‘mim’ e ainda há ‘você’, mas quando sou apenas minha vivência de você, não me sinto separado de você. Sou uno com você.
Esse tipo de prática é porém muito mais lento porque, em vez de concentrar-se num único objeto, trabalha com tudo em nossa vida. Qualquer coisa que nos aborreça ou contrarie (que, para sermos honestos, inclui quase tudo) se torna farelo para o moinho da nossa prática. Trabalhar com tudo leva a uma prática que permanece viva em cada segundo da nossa vida.
Quando aparece raiva, por exemplo, a maioria das práticas zen tradicionais nos levaria a ignorar essa raiva e a nos concen­trar em alguma coisa, como a respiração. Embora desse jeito a raiva seja posta de lado, ela voltará toda vez que formos critica­dos ou ameaçados de alguma forma. Por outro lado, nossa prá­tica é nos tornarmos a própria raiva, vivenciando-a plenamente, sem separação ou rejeição. Quando trabalhamos dessa maneira, nossas vidas se aquietam. Aos poucos, aprendemos a nos rela­cionar com os objetos problemáticos de uma forma diferente.
Nossas reações emocionais gradualmente se minimizam; por exemplo, objetos que temíamos vão perdendo seu poder sobre nós e podemos lidar com eles com mais presteza. É fasci­nante observar a mudança que ocorre; vejo-a acontecer nos ou­tros e em mim também. Esse processo nunca está completo; no entanto, estamos nos tornando cada vez mais livres e despertos.

Aluno: Como é aquilo que você descreve como diferente da prática shikantaza * tradicional?

Joko: Corretamente entendido, é muito parecido com o shikantaza, mas existe uma tendência a esvaziar a mente. É possível entrar numa espécie de experiência bruxuleante na qual o sujeito não está incluído. Essa é apenas uma outra forma de falso samadhi. Os processos de pensamento foram eliminados da percepção cons­ciente e cancelamos nossa experiência sensorial da mesma forma como seria feito com qualquer outro objeto da percepção consciente.

Aluno: Você disse que o verdadeiro propósito da prática é expe­rimentarmos nossa unidade com todas as coisas, ou apenas ser­mos nossas próprias vivências de modo que, por exemplo, esta­mos só lixando as unhas se for isso que estivermos fazendo. Mas não é um paradoxo tentar chegar até nisso?

Joko: Concordo com você: não podemos tentar ser unos com o lixar. Se tentarmos nos tornar unos com esse movimento, separamo-nos dele. O próprio esforço se derrota. Existe uma coisa, porém, que podemos fazer: podemos reparar nos pensamentos que nos separam de nossa atividade. Podemos estar cônscios de não estarmos completamente engajados naquilo que estamos fa­zendo. Isso não é tão difícil. Rotular nossos pensamentos ajuda-nos nesse sentido. Em vez de dizer “Vou me unir com o ato de lixar”, o que é dualista — pensar a respeito da atividade em vez de só executá-la —, sempre podemos observar que não o esta­mos fazendo. É tudo quanto se torna necessário.
A prática não tem que ver com passar por certas experiên­cias, com vivenciar grandes conclusões, nem com chegar em alguma parte ou tornar-se algo. Somos perfeitos como somos. Com “perfeitos” quero dizer que é isso, só. A prática é simples­mente manter a percepção consciente — de nossas atividades e também de todos os pensamentos que nos separam de nossas atividades. Quando lixamos nossas unhas ou nos sentamos para praticar, nós apenas lixamos as unhas ou nos sentamos para praticar. Uma vez que nossos sentidos estão abertos, ouvimos e sentimos outras coisas também: sons, odores e assim por diante. Quando os pensamentos surgem, observamos que surgiram e regressamos à nossa experiência direta.
A percepção consciente é nosso verdadeiro ser. E o que somos. Por isso, não temos que tentar desenvolver a percepção consciente; nós apenas precisamos observar como bloqueamos nossa conscientização, com pensamentos, fantasias, opiniões e julgamentos. Ou estamos na percepção conscientizadora, que é o nosso estado natural, ou estamos fazendo alguma outra coisa. O sinal do aluno maduro é que, na maior parte do tempo, ele não faz outra coisa. Ele está apenas ali, vivendo sua vida. Nada especial.
Quando nos tornamos uma percepção consciente aberta, nossa habilidade para os raciocínios necessários torna-se mais aguda, e todo o nosso input sensorial se torna mais claro, mais intenso. Depois de algum tempo sentados na prática, o mundo parece mais brilhante, os sons são mais intensos, e há uma riqueza da captação sensorial que é apenas o nosso estado natu­ral se não estivermos bloqueando o acesso às experiências com nossas mentes rígidas e preocupadas.
Quando começamos a prática, podemos manter a percep­ção consciente só por intervalos muito breves e logo desviamos a nossa atenção do presente. Prisioneiros de nossos pensamen­tos, não reparamos nem que estamos divagando. Então nos apa­nhamos de volta e recuperamos a atenção na prática sentada. A prática inclui tanto a percepção consciente de nossa postura sentada como a percepção consciente de termos divagado. Após anos de prática, essas divagações diminuem até quase desapare­cerem, embora isso nunca ocorra de forma radical.

Aluno: Os sons e odores e também as nossas emoções e pensa­mentos são todos partes da nossa prática sentada?

Joko: Sim. É normal que a mente produza pensamentos. A prá­tica é tomar consciência de nossos pensamentos sem nos perder­mos neles. Caso nos percamos, preste atenção nisso também.
O zazen na realidade não é complicado. O verdadeiro pro­blema é: nós não queremos fazê-lo. Se meu namorado começa a olhar para as outras mulheres, por quanto tempo permanecerei simplesmente disposta a vivenciar isso? Todos temos problemas constantes, mas nossa disponibilidade para somente ser está nos últimos itens, em nossa lista de prioridades, até termos praticado o suficiente para termos fé em apenas sermos de modo que as soluções possam aparecer naturalmente. Um outro indicador de uma prática em fase de amadurecimento é o desenvolvimento dessa confiança e dessa fé.

Aluno: Qual é a diferença entre permanecer totalmente absorvi­do no lixar das unhas e em estar consciente de estar totalmente absorvido no lixar das unhas?

Joko: Estar consciente de estar absorvido em lixar as unhas é ainda um dualismo. Você está pensando “Estou totalmente ab­sorvido lixando as minhas unhas”. Essa não é a verdadeira presença atenta. Na verdadeira presença atenta, a pessoa está só fazendo. A conscientização de que se está absorvido numa dada experiência pode ser um passo útil no caminho, mas ainda não é ter chegado efetivamente lá, porque ainda há o pensar sobre isso. Ainda há uma separação entre a percepção consciente e o objeto dessa percepção consciente. Quando estamos lixando as unhas, não estamos pensando em prática. Numa boa prática, não estamos pensando “Estou na prática”. Uma boa prática é fazer o que estamos fazendo e observar quando divagamos. Quando já estamos nessa prática há muitos anos, percebemos quase de imediato quando começamos a divagar.
Focalizar a atenção em algo chamado “prática zen” não é necessário. Se, da manhã até a noite, formos tomando conta de uma coisa após a outra, de maneira completa e cabal e sem pensamentos concomitantes do tipo “Sou uma boa pessoa por ter feito isso”, ou “Não é maravilhoso eu poder tomar conta de tudo?”, então isso será suficiente.

Aluno: Minha vida parece consistir em camadas sobre camadas de atividades, todas desenrolando-se ao mesmo tempo. Se eu fizesse apenas uma coisa por vez e depois passasse para a se­guinte, eu não conseguiria dar conta de tudo que realizo normal­mente durante um dia.

Joko: Duvido. Fazer uma coisa de cada vez e entregar-se por completo a essa execução é o meio mais eficaz de se conseguir viver, porque não há bloqueio nenhum no organismo. Quando vivemos e trabalhamos dessa maneira, somos muito eficientes sem nos afobarmos. A vida é sem acidentes.

Aluno: Mas e quando uma das coisas é ter de refletir sobre um assunto, outra é atender o telefone, uma terceira é uma carta para se escrever...

Joko: Mesmo assim, toda vez que nos voltamos para uma outra atividade, se estivermos completamente presentes, apenas fazen­do o que estamos fazendo, a tarefa será concluída muito mais depressa e melhor. Em geral, no entanto, incluímos na atividade vários pensamentos subliminares como “Preciso conseguir fazer todas essas coisas também — ou minha vida simplesmente não serve”. A atividade pura é muito rara. Quase sempre existe uma sombra, um filme sobre ela. Podemos não estar conscientes disso, mas perceber apenas uma certa tensão. Não existe tensão na atividade pura, além da contração física exigida para que a atividade em si seja executada.
Há muitos anos, num sesshin, eu costumava ter a experiên­cia de apenas tornar-me o cozinhar, o arrancar as ervas daninhas, ou o que fosse que eu tivesse que fazer, mas ainda existia um assunto sutil ali. E sem a menor hesitação, assim que o sesshin tinha evaporado um pouco que fosse, eu voltava completamente a toda a mesma história de sempre. Eu não me havia tornado una com o objeto.

Aluno: De volta ao exemplo de lixar as unhas: se realmente estamos apenas fazendo isso, então não estamos em absoluto cientes de nós, ao passo que, se lembramos de que estamos fazendo isso, retornamos ao dualismo sujeito e objeto e não estamos mais entregues à pura atividade. Isso não significa, no entanto, que quando estamos só lixando as unhas não estamos absolutamente ali? Não existimos mais?

Joko: Quando estamos entregues à pura atividade, somos uma presença, uma percepção consciente. Mas isso é tudo o que somos. E isso não se parece com nada. As pessoas supõem que o estado iluminado é inundado de sentimentos amorosos e emo­ções calorosas. Porém, o verdadeiro amor, ou a verdadeira compaixão, é simplesmente estar não-separado do objeto. Em essên­cia, é um fluxo de atividade na qual não existimos como um ser separado de nossa atividade.
Sempre existe um certo valor na prática que tem caracterís­ticas dualistas. Um certo treino e um descondicionamento desen­rolam-se em qualquer situação de prática sentada. Mas, até que tenhamos superado esse dualismo, não conseguiremos conhecer a liberdade final. Não existe uma liberdade final enquanto não houver apenas um só, ali.
Podemos achar que não nos importamos com a liberdade final nesse sentido. A verdade, no entanto, é que nós a desejamos.

Aluno: Se uma pessoa está sentindo amor e outra pessoa está sentindo ódio, existe uma diferença em como devem praticar?

Joko: Não. O amor ou a compaixão genuína é uma ausência dessas duas emoções concebidas em nível pessoal. Somente uma pessoa pode amar ou odiar no sentido usual. Se não existe pessoa, se estamos apenas absorvidos no viver, essas emoções estarão ausentes.
Na prática de concentração que descrevi primeiro, uma vez que o sentimento de raiva é um objeto, o que fazemos é simples­mente ignorá-lo. Empurramos a emoção para o lado e esvazia­mos o koan de seu conteúdo. O problema dessa abordagem é que, quando voltamos à vida diária, não sabemos o que fazer com as nossas emoções, porque elas não foram resolvidas. São um território desconhecido pela prática zen clássica. Na prática da conscientização, nós apenas vivenciamos o pensamento e a emoção e suas sensações concomitantes. Os resultados são muito diferentes.

Aluno: Na prática shikantaza que me ensinaram, as emoções fazem parte da prática: elas aparecem e nós nos sentamos para praticar com elas.

Joko: Sim, a prática shikantaza pode ser entendida dessa manei­ra. Temos apenas que nos acautelar quanto às armadilhas.

Aluno: Nos sesshins mais longos e difíceis, às vezes me sinto como Gordon Liddy, com minha mão sobre a chama de uma vela para saber quanta dor consigo suportar. No velho estilo da prática do samadhi, eu penso que o teste do samadhi da pessoa era sua capacidade de não sentir a dor mediante o estado de graça e a concentração.

Joko: Certo. Então o objeto é cancelado.

Aluno: Nesse estilo de prática, o sesshin torna-se urna espécie de prova de resistência. Você poderia comentar como a dor funcio­na nesse sistema para não ser masoquismo?

Joko: Uma dor moderada é um bom mestre. A vida mesma apresenta a dor e também inconveniências. Se não sabemos como lidar com a dor e com a inconveniência, não sabemos muito a nosso próprio respeito. Uma dor extrema não é necessá­ria, no entanto. Se a dor for excessiva, pode-se usar um banco ou a cadeira, ou até mesmo pode-se deitar. Mesmo assim, existe um certo valor em a pessoa dispor-se a ser a dor. A separação sujeito-objeto ocorre porque não estamos dispostos a ser a dor que associamos com o objeto. E por isso que nos distanciamos dele. Se não nos entendemos em relação à dor, corremos dela quando aparece, e perdemos esse imenso tesouro de conscienti­zação com a vivência direta da vida. De modo que, até certo ponto, é útil sentar-se com a dor para podermos recuperar uma consciência mais plena de nossa vida tal qual ela é.
Quando atendo alunos em daisan *, a maior parte do tempo meus joelhos ficam doendo. Então estão doendo: é só isso. Sobretudo quando ficamos mais velhos, é útil ser capaz de estar com a nossa vivência e viver plenamente a vida. Parte do que viemos aqui aprender é como estar com o desconforto e a incon­veniência.
De certa forma, a dor é um grande mestre. Sem um certo grau de desconforto, a maioria das pessoas aprenderia muito pouco. Dor, desconforto, dificuldade e até mesmo a tragédia podem ser grandes instrutores, em especial quando ficamos mais velhos.

Aluno: Dentro da consciência ordinária, tudo o que esteja além de nós é um objeto?
Joko: Se pensarmos no eu da pessoa como um objeto entre outros, até mesmo ele pode ser um objeto. Posso observar a mim mesma, posso ouvir a minha voz, posso cutucar as minhas per­nas. Desse ponto de vista, sou um objeto também.

Aluno: Então, objetos incluem sentimentos e estados de ânimo, além das coisas do mundo?

Joko: Sim. Embora pensemos em nós como sujeitos e em tudo o mais como objetos, isso é um erro. Quando nós separamos as coisas umas das outras, tudo se torna um objeto. Só existe um único sujeito verdadeiro — que é o absolutamente nada. O que é?
Aluno: A percepção consciente.

Joko: Sim, a percepção consciente, embora a palavra seja inade­quada. A percepção consciente não é nada e, no entanto, o mundo inteiro existe através dela.
Do livro: Nada de Especial - Vivendo Zen - Charlotte Joko Beck

* Mu — literalmente "não" ou "nada" — é normalmente proposto para os iniciantes como um meio de focalizar sua atenção.
* Shikantaza — "apenas sentar'': uma forma pura de meditação sentada, sem a ajuda da contagem da respiração ou da prática do koan, na qual a mente mantém-se bastante concentrada, alerta e calmamente cônscia do presente.
* Daisan: uma entrevista formal entre aluno e instrutor no decurso da prática meditativa.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Are Tibetans the new Jews?

A serious Dalai Lama - March 2008


Jerusalem Post [Wednesday, March 26, 2008 19:34] - Ira Rifkin

In 1990, the Dalai Lama hosted a delegation of American Jews in Dharamsala, his home in exile in the hill country of northern India. His agenda was clear. Tibetans had lost sovereignty over their homeland and were scattering around the globe. How, he asked, had Jews preserved their cultural and religious identities during their own 2,000-year exile, and what might Tibetans do to preserve theirs?

Some 18 years later, the parallel between Tibet's unfolding and increasingly bleak prospects and the Jewish historical experience seems all the more relevant. Just as after the failed first century Jewish uprising against Rome, Tibetans are becoming a minority in their homeland thanks to Beijing's strategy of drastically and irreversibly altering Tibet's population by flooding the territory with Han Chinese, China's dominant ethnic group. Already, two out of every three residents of Lhasa, Tibet's capital, is Han Chinese.

In 2006, Beijing hastened the process considerably by opening a high-speed rail link between Lhasa and Beijing. Saffron-robe clad Tibetan Buddhist monks have been replaced by Chinese-run brothels, karaoke bars and a sprawling amusement park that now surround the Potala Palace, the Dalai Lama's former residence and Tibet's equivalent of Jerusalem's ancient Temple.

IT'S EASY to imagine that the only reason China has not razed the Potala Palace as Rome razed the Second Temple is the horrific press response that action would unleash in today's global media environment, a nuisance Rome did not have to contend with. How much easier for Beijing to leave the palace intact, if only for its tourism value, particularly this year when large numbers of foreign visitors are expected to visit China's far-flung provinces as part of their Beijing Olympics experience. But saving the palace does absolutely nothing to offset the greatest threats to Tibet's future as a political entity run by and for Tibetans: the passing of time and humanity's cruelly short memory.

It took Jews almost two millennia to re-establish an independent state in their homeland. During that time, later-arriving Arabs settled in the land and claimed it as their own. Despite Judaism's numerous ritual reminders of Zion's centrality, Jewish historical ties to the land were conveniently forgotten by most of the world, which came to view modern Jews as having no connection to the ancient Israelites who once populated the same land. As a result, returning Jews were regarded as colonialist interlopers and Arabs were seen as indigenous innocents suffering at the hands of Jewish pretenders.

Tibetans now face a similar inversion of history. How long will it be before Tibetans are viewed as a relic, and perhaps bothersome, minority in their homeland similar to the condition of Native Americans in the United States, Formosans in Taiwan, or Serbs in Kosovo? How long must Beijing hold on to Tibet before the world comes to think of Tibet as Chinese territory and favors the claims of the descendants of Chinese settlers over Tibetans seeking to reestablish their historical national rights? Another 30 years? A century or two? Two thousand years?

I FIRST met the Dalai Lama in 1979 in Los Angeles during his initial visit to the United States. Like so many others, I was immediately charmed. Tibetans revered him as the fourteenth in a line of individuals said to be the reincarnation of the Bodhisattva of Compassion, a being who it is said willingly delays completion of his own spiritual enlightenment by repeatedly reincarnating for the purpose of helping others first attain theirs.

Yet despite his otherworldly aura, he was entirely approachable, a seemingly "simple monk" - as he often describes himself - in possession of a keen and self-mocking sense of humor. Speaking on interfaith relations at a Los Angeles World Affairs Council luncheon during that visit, he displayed an infectious giggle over his poor command of English when his interpreter informed him that a Jewish religious leader was called a rabbi, not a "rabie" as he had mispronounced it. I've since been in his presence as a journalist or spiritual explorer numerous times - at day-long Tibetan religious ceremonies, at meetings with Western scientists during which he spoke about the brain- and personality-altering power of meditation, and at meetings with Washington politicians at which he pushed the Tibetan cause. Perhaps the most unforgettable encounter was a 1997 Pessah Seder staged in his honor by the Reform movement - at which he decided that gefilte fish wasn't to his liking.

The Dalai Lama still retains his trademark demeanor even as his public pronouncements on the future of Tibet have become increasingly dark. He has said he is likely to be the last Dalai Lama (Dalai Lama is a title; the current office holder's actual name is Tenzin Gyatso), which would mean the end of a Tibetan Buddhist tradition stretching back more than 500 years.

Rather than lobbying for genuine Tibetan independence, he now restricts himself to calling for Tibetan cultural self-determination. Politically, the Dalai Lama argues correctly that Tibetans are powerless in the face of brutal Chinese repression and that, for all his pop culture stardom, no nation - not the United States and certainly not little Israel - is willing to antagonize the Chinese behemoth for the sake of strategically meaningless Tibet.

Religiously - and he is a religious leader more than he is a political figure - he notes that Buddhism's central beliefs in the impermanence and interdependence of all worldly phenomenon dictate that Tibet's ongoing existence as a separate state is hardly assured or even necessary.

Jewish cultural identity survived the destruction of the Second Temple by shifting from a temple-based religion to its rabbinic form. Moreover, it took Jewish secularists willing to take up the gun for Zionism to gain a state in the modern era.

Tibetan religion and culture are in the initial stages of a similarly radical transformation. What shape that will take and whether it will successfully preserve a distinct Tibetan identity is, of course, unanswerable. What is clear is that Jews and Tibetans have more in common than is superficially apparent - as the Dalai Lama recognized back in 1990.

The writer is an author and editor in Annapolis, Maryland, who writes often about Jews and Buddhism.

A gripe dos porcos e a mentira dos homens - Por Mauro Santayana


O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.
Os moradores de La Glória alguns deles trabalhadores da Carroll não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarréia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país, nem às suas leis - somente às leis do país de origem.
O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala no nível da exploração familiar tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco. Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.
As Granjas Carroll, como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos, mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada "ação social". Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam como ocorre, no Brasil, com a Daslu argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.
O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll com a cumplicidade da OMS.

domingo, 3 de maio de 2009

Transformando o veneno

“No budismo tibetano, o pavão é conhecido por comer plantas venenosas, transformando as toxinas nas cores radiantes de suas próprias penas. Ele não se envenena. Da mesma forma nós, que advogamos a paz, não devemos nos envenenar com a raiva, mas considerar com equanimidade todos que praticam a violência, permanecendo constantemente conscientes de nosso próprio estado mental. Se nos tornarmos raivosos em nossos esforços, devemos recuar e recuperar a perspectiva compassiva.”

Chagdud Tulku Rinpoche.

Ovelhas


E eu estou no bando, sou uma delas, a negra da família. Uma maria-vai-com-as-outras. Fui inventar de entrar em Orkut - já tive contrariedades - depois no Facebook, Twitter - não sei prá que serve aquilo - e agora no MySpace. É isso mesmo, tudo junto. Que complicação! Confusão, sô, custei chegá! Me lembrei do seu Zé do L'Atelier. Putz! Anos 70 pacas! Mas, então, voltando às ovelhas. E agora? Saio, fico? Vou com elas pro abatedouro? Eu quero ter amigos é de verdade, quer dizer, desses de carne e osso, sabe? Que a gente encontra e abraça, né? Tô lá eu querendo ser amigo virtual de Sting, Seal, Peter Gabriel, Jamiroquai e outros tantos? Só prá ter a ilusão e virtual ainda por cima, de que eles são meus amigos só porque mandaram um recadinho? Ah, quero não. Tá certo que eu gosto de música, mas os que eu gosto muito, mas muito mesmo, não estão lá. E se estão, dão uma de estrelinha, e nem te respondem. Se eu quero música free, 0800, vou no YouTube. Às vezes fico pensando que devia ficar com meu bom e velho e-mailzinho, o Google que sabe tudo e ainda tem imagens do jeito que a gente quer e meu blog que eu amo de paixão. Mas bom mesmo era quando a gente recebia carta escrita à mão, ficava cercando a hora que o carteiro passava. Hoje, se você gasta papel, é acusado de estar acabando com as árvores. Eu planto, gente. Eu planto! Vou resolver isso amanhã porque travesseiro é que é bom conselheiro.

sábado, 2 de maio de 2009

Os que ficam e os que vão

Pedido:
Uma pessoa iniciante no budismo cobrou minha participação na lista e me senti muito desconfortável. Infelizmente ainda não me iluminei e não gosto que pessoas que chegaram "ontem" dêem palpite no que os mais "velhos" devem ou não fazer. Aliás, os mais antigos são tão calados no que diz respeito ao dharma e os que estão chegando estão na fase da empolgação, do modismo, enchem a boca para dizer "eu sou budista" e acham que podem sair por ai ensinando o dharma. Chegam a afirmar que Dzogchen é Shamata! Francamente! Eles nem sabem que temos uma praticante que entra muda e sai calada, não usa tchuba nem zen e já está no terceiro ano do Dzogchen! Que pena! Acho melhor passar a responsabilidade para esta pessoa que me cobrou, ela aceitando ou não, antes que alguma ação não-virtuosa aconteça.... Estou um tanto irritadiça e reativa no momento.
Resposta:
Eu já notei alguns comportamentos negativos de pessoas iniciantes no budismo que já se consideram verdadeiros praticantes. Isso realmente é lamentável, e o pior é que a maioria que se comporta assim são justamente aqueles que não seguirão o caminho do Dharma por muito tempo. Em todos esses anos já presenciei inúmeras vezes isso. Como você disse, essas pessoas são movidas pelo modismo. O meu intuito foi apenas reunir os praticantes e frequentadores do grupo e divulgar os eventos. Espero que essa minha intenção não seja desviada devido a discussões vazias.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Qual é a sensação?

"Podemos ainda estar nos perguntando: O que é essa iluminação, se não é felicidade nem infelicidade? Como um ser iluminado aparece e funciona? Qual a sensação de descobrir a nossa natureza búdica?
Nos textos budistas, quando aparece esse tipo de pergunta, a resposta normalmente é que essas coisas estão além da nossa concepção, são inexprimíveis. Muitos pensam, incorretamente, que esse é um subterfúgio para não responder. Mas essa é, efetivamente, a resposta. Nossa lógica, linguagem e símbolos são tão limitados que não conseguimos sequer expressar plenamente algo tão mundano quanto uma sensação de alívio; as palavras são inadequadas para transmitir por inteiro uma experiência total de alívio para uma pessoa. Se até os físicos quânticos Têm dificuldade em encontrar palavras para expressar suas teorias, como ter a expectativa de encontrar um vocabulário para expressar a iluminação? Enquanto estivermos confinados ao estado atual, em que apenas uma fração das possibilidades da lógica e da linguagem é utilizada e no qual ainda somos presas das emoções, só podemos imaginar como é ser iluminado. Ás vezes, porém, com a ajuda da diligência, inferência e raciocínio lógico podemos chegar a uma boa aproximação, da mesma maneira que ao ver fumaça no alto de uma montanha, é possível supor, com certa precisão, que lá há fogo. Utilizando os recursos ao nossso dispor, podemos começar a ver e aceitar que os obscurecimentos são resultado de causas e condições que podem ser manipuladas e, por fim, eliminadas. Imaginar a ausência de emoções aflitivas e das negatividades é o primeiro passo para compreender a natureza da iluminação.

Suponha que você esteja com dor de cabeça. Sua vontade imediata é aliviar a dor, o que é possível porque você sabe que a dor de cabeça não é um componente inato do seu ser. Você, então, procura descobrir o que causou a dor - falta de sono, por exemplo. A seguir, aplica o remédio apropriado para eliminar a dor de cabeça, como tomar uma aspirina ou tirar um cochilo.

No primeiro sermão, em Varanasi, Sidarta ensinou os seguintes quatro passos, comumente conhecidos como as quatro nobres verdades: conheça o sofrimento; abandone as causas do sofrimento; siga o caminho que leva à cessação do sofrimento; saiba que o sofrimento pode ter fim. Alguém poderia perguntar porque Sidarta precisou destacar "Conheça o sofrimento". Será que não somos suficientemente inteligentes para saber quando estamos sofrendo? Infelizmente, só reconhecemos a dor como tal quando ela está realmente madura."
do livro "O Que Faz Você Budista?" de Dzongsar Jamyang Khyentse - Editora Pensamento - páginas 130, 131 e 132. - http://www.khyentsefoundation.org/ - http://www.siddharthasintent.org/

Canceriana cardinal.

O símbolo gráfico de câncer sugere um fechamento protetor, um “ninho”, um abrigo, símbolo também da gestação e da maternidade. Primeiro signo da água representa a sensibilidade, o sentimento, a nutrição emocional. Signo regido pela lua, que é o domínio do inconsciente, das emoções, do sonho, da imaginação.

Regente: Lua Elemento: Água Complementar: Capricórnio

Característica: proteção, receptividade, sentimentos, sensibilidade, ternura, criatividade artística, intuição, carência, comportamento “lunático”, fantasia, impressionabilidade, vulnerabilidade psíquica e emocional, insegurança.
Cardinal são os primeiros signos de cada elemento.
Solar: Câncer (água)
Ascendente: Áries (fogo)
Lua: Capricórnio (terra)
Meio do Céu: Libra (ar)

Djavan Caetano Viana


"Assim como as flores, os poetas não escolhem lugar ou classe social para florescer. Nascido de família pobre, a 27 de janeiro de 1949, em Maceió, Alagoas, Djavan poderia ter virado raiz, mas a música mudou seu destino e, de uma flor-de-liz, brotou uma carreira cuja floração já perdura por mais de vinte e cinco primaveras. Por sua originalidade e polinização de suas canções, a única coisa que se pode prever a cada novo trabalho de Djavan é a sua versatilidade de tons.
Filho de mãe lavadeira, ainda garoto escutava-a cantarolar os sucessos de Ângela Maria e Nélson Gonçalves. Mas a música só veio a se revelar essencial para Djavan Caetano Viana na adolescência. O violão, aprendeu sozinho, olhando, ouvindo e acompanhando as cifras nas revistinhas do jornaleiro. Nesta época, ganhava a vida como meio de campo do CSA.
Aos dezoito anos, formou o conjunto Luz, Som e dimensão (LSD) que animava os bailes, clubes, praias e igrejas de Maceió. No ano seguinte, Djavan largou o futebol e passou a dedicar-se apenas à música. Foi dedilhando o violão que Djavan descobriu que podia compor. Os companheiros não o entendiam muito bem, achavam-no estranho, complexo. Mas Djavan teve logo uma certeza que permanece verdadeira até hoje: gosta de cantar, mas precisa compor. Então, em 1973 deciciu tentar a sorte no Rio de Janeiro.
O começo, é claro, foi difícil, negro, nordestino."
"Djavan Caetano Viana nasceu em 27 de Janeiro de 1949 em Maceió, Alagoas.
De família pobre, aos 16 anos começou a tocar violão, que aprendeu de ouvido.
Em Maceió, formou o grupo Luz, Som, Dimensão, mais conhecido como LSD, com repertório dos Beatles.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1973, quando foi contratado como crooner na boate Number One.
Em 1975 foi premiado com o segundo lugar pela canção "Fato consumado", no Festival Abertura, da TV Globo.
No ano seguinte, gravou o primeiro LP, "A voz, o violão e a arte de Djavan", pela Som Livre, que incluía uma de suas criações mais consagradas, "Flor-de-lis".
No final da década de 1970, suas composições adquiriram estilo de grande lirismo e letras com elaborados jogos de imagens.
Em 1980, pela EMI, lançou o disco "Alumbramento".
Seu disco seguinte, "Seduzir", apresentava trabalho percussivo com características africanas, incluindo sucessos como "Açaí" e "Faltando um pedaço".
Assinando contrato com a CBS (atual Sony Music), viajou para os EUA para gravar "Luz", disco que incluiu a expressão "caetanear" na letra de "Sina", retribuída por Caetano Veloso ao gravar a musica no LP "Cores e nomes", em que usa o verbo "djavanear".
Além disso, "Luz" contou com a participação de Stevie Wonder na faixa "Samurai".
Em 1984 lançou "Lilás" (com Lilás, Esquinas, Infinito) e participou como ator do filme "Para viver um grande amor", de Miguel Faria Jr.
Ainda na década de 1980, gravou os discos "Meu lado" (1986), com "Segredo", "Topázio" e "Quase de manha"; "Não é azul mas é mar" (1987), com "Dou não dou", "Florir", "Soweto" – gravado nos EUA, em inglês, como Bird of Paradise(1988) –; e Djavan (1989), com Corisco, Vida real, e cuja música "Oceano", acompanhada pelo violão de Paco de Luccia, foi incluída na trilha da novela Top Model, da TV Globo.
Seus discos, que passaram a mesclar diversos gêneros musicais, como samba, funk, música de viola, baladas e ritmos africanos, tornaram-se sucesso no mercado brasileiro e internacional.
Na década de 1990, lançou os CDs "Coisa de acender" (1992, Sony), em que aparece "Linha do Equador", sua primeira composição em parceria com Caetano Veloso; "Novena" (1994, Sony), em que explora a tradição nordestina e faz parceria com a filha Flávia Virgínia na musica "Avo"; e "Malásia" (1996, Sony), que traz "Correnteza" (Tom Jobim e Luís Bonfá) e "Sorri" (Smile, Charles Chaplin, versão de João de Barro).
Algumas de suas composições encontraram grandes interpretes, como Gal Costa (Açaí, Maria Bethânia (Alibi), Caetano Veloso (Oceano), Roberto Carlos (A ilha) e Nana Caymmi (Meu bem-querer). Nos EUA teve intérpretes como Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e o grupo Manhattan Transfer.
Foram seus parceiros Artur Maia (Alivio), Orlando Morais (A rota do indivíduo), Gilberto Gil (Corisco), Chico Buarque (Alumbramento), alem de Cacaso, Aldir Blanc, Nelson Mota, entre outros."

Devassar minha vida!

Vai saber até meu sobrenome e as asas do meu destino.

Sequei cinquenta e quase oito.

Você é raiz de maniotti utilissima. Arranca-se com a mão, vem com tudo e transforma-se em alimento de corpo, alma, fala e mente. Eu sou raiz de baobá. Só dou sombra e medito.

Quem não gosta de você diz que isso é música de preto, mas gosto tanto dela assim. Diz que não tem presença no palco, mas não fecha os olhos e nem faz caretinhas pra cantar. A voz sai fácil.

Não gosto de futebol, não entendo, não sei. Mas posso gostar do Flamengo. Ya me gusta el flamenco, pues portucallis y españa soy y mi encanta la color lilas y las puntas de estrella.

Devia acordar com mantras, com meditação, com vacuidade e sabedoria. Mas cedi à ilusão, te segui, te encontrei, acordei com um Cigano e seu Álibi e me joguei sem medir! Em vez de buscar o cd de mantras, perdi o tino, busquei o seu e te devorei!

Com fone de ouvido que tem gente dormindo, te ouvi alto, dentro, horas, mesmo com o sol nascido e a manhã rompida e me arrependi de não ter ido te ver quando veio aqui.

Volta! Volta? Quando? Me dê um daqueles sinais! Não me deixe desigual!

Brigadô!

"Por ser exato, o amor não cabe em si. Por ser encantado, o amor revela-se. Por ser amor, invade e fim!"

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Buda e o budismo.


O budismo é uma das religiões mais interessantes do mundo e tem sido praticado largamente através do extremo oriente. No entanto, também se tornou recentemente muito popular entre muitas pessoas nos Estados Unidos. Por exemplo, o ator Richard Gere assim como muitas outras celebridades abraçaram e patrocinam os benefícios do budismo. As origens do budismo datam de mais de 2000 anos e, embora o budismo seja agora uma religião, tudo que ele contém se deve às raízes espirituais que figuram no hinduísmo. O budismo, que tem como seu ídolo uma estátua de seu fundador Sidarta Gautama (que é mais conhecido como o Buda), promove uma doutrina de paz, tranqüilidade e resolução interna, vivência moral e, se diz que seguir os caminhos do Buda traz paz e harmonia espiritual perfeita.

Buda é uma palavra que significa “o supremamente iluminado”ou aquele que tem uma mente ou espírito completamente desperto“. Sidarta Gautama conquistou este título durante o século VI aC após uma profunda jornada espiritual. Ele expôs vários princípios ou verdades e estes ensinamentos se tornaram a espinha dorsal fundamental da doutrina budista. Estes ensinamentos foram interpretados um tanto diferentemente em lugares onde o budismo se espalhou (tais como o Japão, por exemplo), mas os princípios do budismo continuam os mesmos em todos os lugares: o budismo é uma busca pela redução do sofrimento e da dor através da meditação e uma busca por uma vida simples, livre de anseios.

O Buda não é considerado um deus e os budistas não rezam para ele ou para sua imagem em troca de favores. Pelo contrário, eles meditam sobre como podem alcançar paz, amor, compaixão dentro de si mesmos. O budismo tem cinco grandes preceitos e os budistas se esforçam para seguir estes preceitos

Eles são:
1. Não matar nenhum ser.
2. Não roubar ou tomar para si qualquer coisa que não lhe foi dado.
3. Abster-se de conduta sexual errônea e excesso de satisfação sensual.
4. Não mentir.
5. Abster-se do uso de álcool e drogas que nublam a mente e prejudicam o pensamento.

Seguindo estes preceitos e libertando-se dos desejos ansiosos, os budistas sentem que podem atingir o nirvana, uma paz espiritual. Uma vez que tenham atingido o nirvana e vêem que a vida não é feita de desejos, coisas materiais ou luxúria, os budistas se tornam capazes de usar seu tempo para melhorar o mundo. O ídolo mais comumente associado ao budismo é a estátua do Buda com seus braços dobrados sobre o colo e um sorriso de felicidade no rosto. Diz-se que a estátua serve par representar a compaixão e a tranqüilidade espiritual do Buda e, quando os budistas não podem rezar para o Buda, eles abaixam a cabeça para a estátua para reconhecer e agradecer o Buda pelos seus ensinamentos. Como cada vez mais e mais pessoas descobrem o budismo, a estátua do Buda pode ser encontrada em muitos lares através do mundo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A verdadeira compaixão


"A verdadeira compaixão surge por qualquer tipo de sofrimento, pelo sofrimento de todos os seres. Ela ela não está ligada ao que é certo ou errado, ao apego ou aversão."

Chagdud Tulku Rinpoche

O velho.


"O velho despoja-se da memória para entrar no céu. Se assim não fosse haveria anjos no mundo e saudade no paraíso."

(autor desconhecido)

domingo, 26 de abril de 2009

Lama Thubten Yeshe

Lama Thubten Yeshe (... / 1984)

Lama Zopa Rinpoche

Lama Thubten Yeshe nasceu no Tibet e foi educado na grande Universidade Monástica de Sera em Lhasa. Em 1959 ele fugiu e, por fim, iniciou o Monastério Kopan no Nepal com seu principal discípulo Lama Zopa Rinpoche onde ensinaram o budismo para os ocidentais. Fundou a FPMT (Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana) http://www.fpmt.org/ em 1975 e viajou pelo mundo afora difundindo o dharma. Ele ajudou profundamente centenas de alunos e faleceu em 1984.

“Podemos corrigir nossa atitude! Podemos corrigir nossas ações! Não pensem que ‘minhas atitudes, minhas ações são meu carma anterior e eu não posso fazer nada’. Esta é uma compreensão errada do carma. Não pensem ‘Eu sou impotente’. Nós temos poder, seres humanos! Nós temos o poder de mudar nosso modo de vida, mudar nossas atitudes, mudar nossos hábitos! Esta é a capacidade que chamamos de potencial búdico ou poder de Deus, ou seja, lá como vocês chamem. É por isso que o budismo é simples, muito simples. É um ensinamento universal. É compreensível para qualquer pessoa religiosa ou não religiosa. Esta é a beleza do ser humano! Ele tem instrumentos poderosos! Para qualquer tipo de coisa nós temos a habilidade e o poder de transformar tudo em alguma outra coisa. É por isso que o budismo tibetano tem tantos métodos para transformar o apego em um caminho para a liberação, para transformar o desejo em um caminho para a liberação. Enfatizamos muito o método! Do ponto de vista do budismo não há nenhum problema humano que não possa ser interrompido pelo próprio ser humano e ele, pessoalmente, ter a compreensão e tomar coragem de que pode lidar e interromper todo o ‘meu problema’. Acho que esta atitude é essencial para o crescimento de alguém. Acredito de verdade que todos nós, mesmo não sendo grandes meditadores ou nem mesmo bons espiritualmente, se tivermos alguma compreensão e força de vontade, podemos parar o problema. Na maioria das vezes falhamos na compreensão da nossa própria capacidade. Nos colocamos para baixo. É por isso que o budismo tibetano, muitas vezes, vê o Buda em vocês, vocês são o próprio Buda. Tenho certeza que vocês já ouviram isso.”

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Earth Day



Acabo de ver um filme grandioso, majestoso e, ao mesmo tempo, assustador. É um longo documentário e eu adoro documentários. Chama-se “Earth”. É da BBC Worlwide, mas produzido pela Disney. A música não podia ser mais sensacional com a Filarmônica de Berlim regida pelo maestro George Fenton. Sabe aquela música que entra dentro da gente pelos ouvidos, pelos olhos, pela boca e que retumba no plexo solar? Pois é. É natureza pura e não adianta! Não temos como tomar partido, pois todos os animais têm que comer. Tive peninha do urso, raiva do Chitah, torci pelos filhotinhos e chorei quando não deu. Problema meu! O grande tubarão branco é uma câmera lenta espetacular! Achei graça dos macacos atravessando um rio pela cintura, parecendo reclamar, resmungando, sei lá, mas depois me lembrei que, muitas vezes, somos tolos e palhaços como eles e que, no fundo, foi por isso que eu ri. Mas é uma baita reflexão sobre os reinos animais e humanos. Cada um faça a sua que eu não vou falar da minha. É um tanto inefável. A gente tem mais é que acordar de verdade para o tal do “global warming” porque senão, no fim, vamos todos nos ferrar. Como somos frágeis! Isso vem de tão longe que me lembrei de uma citação -acho que do Gandhi-ji - na minha adolescência, ou seja, há cerca de quarenta e cinco anos atrás: “Na natureza, não interfira jamais.” É como a gente pensa: acontece com os outros. Comigo não... Então, tá!

http://www.loveearth.com/

Misturei tudo de novo!

Pirei completamente! Antes achava que não podia, ou melhor, não devia - sempre essa paranóia - misturar budismo com as outras coisas que eu gosto. Mundaninhas. Trabalhos manuais, artes plásticas, arquitetura, decoração, um faz tudo sem fim. Mas eu não tenho cabeça para administrar dois blogs. Então, misturei de novo tudo que eu tinha separado e fiquei só com um. Deu um trabalhão! Fiquei sentada um bom tempo só fazendo isso e ainda não acabei.

De qualquer forma, o blog vai é tecendo mesmo, urdindo suas tramas, seja praticando, meditando, contemplando, costurando ou fazendo um crochezinho básico. Acho que vai dar certo porque a vida é assim, feita de projetos, de planos que nunca acontecem do jeito que a gente imagina, de calma, sossego, pulos e sufocos.

Então, o Buffet du Crochet sifinôsse. Mas não se assuste, pessoal que me acompanha! Como diz o mineirinho do interior, tem de um tudo travêis, viu, sô?

Tashi delek!

The Eight Benefits - Os Oito Benefícios

1. Closer to Buddhahood and enlightenment.
2. Please the Buddhas and the Boddhisatvas.
3. Overcome evil influences.
4. Avoid improper activities and thoughts.
5. Reach high realizations.
6. Always meet teachers.
7. Never fall into lower realms.
8. Attain temporary and ultimate goals with ease.

1. Aproxime-se do estado búdico e da iluminação.
2. Satisfaça os budas e bodisatvas.
3. Supere as influências negativas.
4. Evite atividades e pensamentos negativos.
5. Alcance altas realizações.
6. Sempre encontre professores.
7. Nunca caia em reinos inferiores.
8. Alcance metas temporárias e últimas sem esforço.

Respire! Você está vivo.

A maioria dos leitores deste livro não vive em florestas, debaixo de árvores ou em mosteiros. Em nossa vida diária dirigimos carros e esperamos ônibus, trabalhamos em escritórios e fábricas, falamos ao telefone, limpamos nossas casas, preparamos comida, lavamos roupa e assim por diante. Portanto, é muito importante aprendermos a praticar a plena consciência na respiração durante as diversas atividades de nossa vida diária. Usualmente, quando desempenhamos essas tarefas, nossos pensamentos vagueiam e nossas alegrias, tristezas e raiva ficam difíceis de ser controladas. Apesar de estarmos vivos, não conseguimos trazer nossa mente para o momento presente e vivemos no esquecimento. Mas a maior parte de nossas atividades diárias pode ser realizada enquanto seguimos a respiração de acordo com as instruções deste sutra e, assim, podemos sorrir para afirmar que somos nós que estamos no controle de nós mesmos.

Contracapa do livro "Respire! Você está vivo." de Thich Nhat Nanh - Editora Vozes

The Nine Steps of Death Meditation - Os Nove Passos da Meditação sobre a Morte.

A. Death is certain.
1. The Lord of Death is unstopable.
2. Life leaks away continually.
3. There is not enough time to practice.

B. The time of death is uncertain
1. No telling when it will happen.
2. No telling how it will happen
3. The body is fragile.

C. Only dharma can help when you die.
1. Wealth can not help.
2. Friends and family can not help.
3. Your body can not help.


A. A morte é certa.
1. O Senhor da Morte não pára.
2. A vida escorre continuamente.
3. Não há tempo suficiente para praticar.

B. A hora da morte é incerta.
1. Não se sabe quando ela acontecerá.
2. Não se sabe como ela acontecerá.
3. O corpo é frágil.

C. Só o dharma pode ajudar quando você morrer.
1. A riqueza não pode ajudar.
2. Os amigos e a família não podem ajudar.
3. Seu corpo não pode ajudar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Jetsun Milarepa

Clicando na imagem vocês terão um papel de parede!

“My grandfather of mindfulness must watch constantly after this spoiled child of deluded mind to save him from disaster.”

" Meu avô de plena consciência deve tomar conta constantemente dessa criança mimada de mente deludida para salvá-la de acidentes."

"In any circumstance whether I am sleeping, walking or eating, I pursue my meditations uninterrupedly."

"Em qualquer circunstância, esteja eu dormindo, caminhando ou comendo, eu busco minhas meditações ininterruptamente."

Discovering Buddhism – Little Notes / Descobrindo o budismo - Pequenas anotações.

You’re conscience is beginingless! Sua consciência não tem começo!

Enlightenment is not some kind of nice feeling; it’s a little bit more than that! A iluminação não um tiso de sentimento gostoso; é muito mais que isso!

1. You will practice dharma perfectly. Você praticará o dharma perfeitamente.
2. You will destroy delusions and misdeeds. Você destruirá delusões e atos errôneos.
3. You will begin practicing dharma seriously. Você passará a praticar o dharma com seriedade.
4. It will inspire you to practice well. Ele o inspirará a praticar bem.
5. It will bring your practice to completion. Ele levará a sua prática até o fim.
6. You will live happily and die without regrets. Você viverá feliz e morrerá sem arrependimentos.

When there’s no inner enemies the outer enemies can not harm you! Seus inimigos internos e externos não podem ferí-lo!

You’d better choose your gurus carefully because you are going to end up like them! é melhor escolher serus gurus com cuidado porque você vai ficar como eles! – Pabongka Rinpoche

Untill the thought of impermanence and death arises in your mind, the entire path of dharma is blocked! Até que o pensamento da impermanência e da morte apareça na sua mente, todo o caminho do dharma estará bloqueado! – Geshe Potowa

If you really put effort there is no question that you can even become a buddha! Se você realmente se esforçar não há dúvida de que você se tornará um buda! – Geshe Lobsang Tarchin Rinpoche

If you neglect to protect your mind you can neither close the door to suffering nor open the door to happiness! Se você neglicenciar em proteger sua mente não poderá fechar a porta para o sofrimento nem abri-la para a felicidade! - Lama Zopa Rinpoche

A primeira agulha


Quem nunca se desligou do mundo externo enquanto fazia um trabalho manual que atire a primeira agulha!

Poema feminino

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que 'dele' não lembra nem o nome?
Só as mulheres para entenderem o significado deste poema!
Estamos em uma época em que:
Homem dando sopa,
é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres.
Pior do que nunca achar o homem certo
é viver pra sempre com o homem errado.
Mais vale um cara feio com você
do que dois lindos se beijando.
Se todo homem é igual, porque a gente escolhe tanto?
Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é o lobo-mau!
Que te ouve melhor...
Que te vê melhor...
E ainda te come!
Para mulheres maravilhosas que precisam rir,
ou para homens que possam lidar com essa realidade!

Tem de um tudo!

http://www.etsy.com/

Para quem gosta de música diariamente... Beatles

Vidas inteiras - Adriana Calcanhoto

Se eu não disser que os gatos são da minha prima Pipida, ela vai ficar magoada. Se eu disser, espero que ela não fique toda metida, cheia de si, ah, rempli de sois même mesmo! Então, tanto faz. Depende da reação dela! Ela tem onze gatos que já fazem parte de um calendário e agora - que chique - um vídeo!
http://www.youtube.com/watch?v=q-dOhuWQm9U

Do bom e do melhor - Leila Ferreira

Leila Ferreira - repórter, escritora e mineira de Belo Horizonte - Simpatia!

E-mails trocados entre nós duas!

Oi, Leila!Fazendo sucesso como sempre! Nem vou pedir licença porque já postei no meu blog, mas com foto, elogio e tudo! Passa lá...Beijos mineiros.

Olá, Ana Carmen, tudo bom? Super obrigada por acolher minhas palavras na sua casa virtual. Que, aliás, é uma delícia. Que blog simpático, charmoso, acolhedor... Tem muito de Minas e muito do mundo - o que, na minha opinião, é a mistura ideal. Cada vez gosto mais de Minas. E cada vez me interesso mais pelas coisas do mundo... Ótima Páscoa pra você. E que sua vida vá tecendo sonhos e alegrias com a delicadeza com que você tece seu blog. Muitas coisas boas e muita paz no seu caminho. Beijos gratos da Leila.

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...

Mulher de topo.

O que é ser uma mulher de topo? Alguém que “subiu” na vida, construiu um império, ganha muito dinheiro, viaja a toda hora, seja a negócios ou a lazer?
O que é uma mulher de topo? Alguém que está sempre com um carro importado, zero quilômetro, apartamento um-por-andar na zona sul, com direito a um elevador só seu, jardins maravilhosos, área de lazer, piscina, academia, salão de festas, quadras de tênis?
O que é uma mulher de topo? Aquela madame que, com insufilm no carro, dirige só para ela falando no celular? Esquece dos outros automóveis, motos, bicicletas e principalmente do pedestre? Ah, pobre pedestre invisível!
O que é uma mulher de topo? É aquela que estaciona onde bem entende inclusive na calçada do pedestre e o obriga a passar pela rua? Invertem-se os papéis.
Por falar em papéis, ela descarta os seus na rua. Nem sonha que isso dá multa! Pede sempre ao porteiro para chamar a pessoa com quem combinou seus programas carérrimos e chiquérrimos? Afinal, ela é uma mulher de topo. Não pode descer do carro. Os outros estão ali única e simplesmente para servi-la. Dá muito trabalho descer do carro, trancá-lo. Só um apitinho no controle dá muito trabalho! Tocar o interfone então? Nem pensar!
Não! A verdadeira mulher de topo é aquela que deseja a paz, promove a união, divide suas alegrias e esperanças. Confraterniza com sinceridade e não com inveja. Ela lê - coisa que preste e não revistas "zera-QI"- , se informa, respeita, é solidária, amiga. A mulher de topo vê os outros na mesma altura, pois, em seu equilíbrio todos estão no mesmo nível. Ela, sim, tem sucesso na vida! Essa verdadeira mulher de topo irradia sua luz interior!

Ilustrando, vejam o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=b-HaI7p6jnA

Animais, adoráveis companheiros.

Animais proporcionam segurança, diversão e afeição. Quando eu era criança, nós tínhamos uma cachorra chamada Mecha Preta. A Mecha - também chamada de Biscoito - era uma amigável vira-lata que se parecia com uma versão pequena de um perdigueiro do Labrador. Sempre que a deixávamos sozinha, mesmo que fosse por poucas horas, ela ficava tão excitada com a nossa volta, que podíamos ouví-la correndo lá dentro antes mesmo que a chave tocasse a fechadura.
Quando abríamos a porta, ela disparava prá fora como se fosse um borrão de pelo preto em alta velocidade. Depois, dava voltas e cheirava-nos como se fôssemos amigos que ela não via há muitos anos. Mesmo que voltássemos de um passeio rotineiro ou de um picnic que achávamos que tivesse durado pouco tempo, ela nos fazia sentir felizes por estarmos em casa.

Um animal de estimação oferece tanto para uma criança... Atualmente, com as mudanças dos padrões familiares, um cachorro ou um gato desempenham cada vez mais um papel importante na vida de uma criança, oferecendo tanto segurança quanto diversão e afeição.

Crescendo com animais
Estudos começam a mostrar o que a maioria dos amantes dos animais já sabem a muito tempo: as crianças se beneficiam tremendamente quando crescem com animais. Em recente estudo o psicólogo Michael Levine descobriu que “as pessoas que crescem com um animal mostram uma maior responsabilidade social, melhor ajustamento e desenvoltura social.” Até a criança que está começando a andar pode se relacionar com cães e gatos. Ela gosta de interagir com alguém do seu tamanho e pode aprender lições importantes sobre gentileza e respeito. Crianças de 3 a 10 anos de idade podem ser grandes amigas dos animais. Na verdade, alguns amigos verdadeiros e cães - ou gatos - são inseparáveis. Mas, de acordo com um estudo recente, o adolescente provavelmente terá o vínculo mais estreito com o animal da casa. Um gato ou um cachorro são uma importante “âncora” para os instáveis anos de adolescência.

Duas chaves para construir boas relações entre animais e pessoas da família são o momento da escolha e a cooperação. Você deve direcionar uma criança gradualmente para seus deveres e tarefas de dono de um animal. Muitos pais adquirem um cão ou gato “para as crianças” e esperam elas assumam responsabilidades para as quais elas ainda não estão prontas. Isto só transforma o animal numa tarefa chata e não deixa que as crianças criem o tipo de vínculo que as faria ansiosas pelas necessidades de seus bichinhos, pela hora de alimentá-los, etc.

Crianças em idade escolar são capazes de criar uma variedade de alimentação e adestramento, mas poucas estão prontas para a disciplina da manutenção diária essencial. A escovada diária é uma boa tarefa para crianças em idade escolar. É um trabalho gostoso e que proporciona um retorno inestimável. Elas podem ajudar na alimentação e na limpeza, mas serão mais cooperativas se puderem participar voluntariamente.

Do princípio da adolescência em diante, no entanto, as crianças se beneficiam profundamente sendo responsáveis pelas necessidades e desejos de um animal. Um cão persistente geralmente tem mais paciência que um adulto para suportar um adolescente irritado e mal humorado. As rotinas de um animal terão um efeito calmante e estabilizador na maioria dos adolescentes. E não há nada melhor para um adolescente alienado do que se sentir necessário por um amável animal.Uma presença garantida.

Um animal de estimação faz uma diferença especial para crianças que ficam sós em casa após a escola até que seus pais cheguem. Lynette Long, uma psicóloga infantil e autora do best-seller “Hand book for latchkey children and their parents” (Livro de mão para crianças “com a chave” e seus pais) declara que cerca de dez milhões de crianças com menos de 14 anos tomam conta de si mesmas por aproximadamente tres horas numa tarde. Para estas crianças, um gato ou um cachorro fazem a diferença entre voltar para uma casa vazia e voltar para uma casa que tem uma companhia agradável e protetora. Um amigo peludo pode proteger uma criança de todo tipo de ameaças, sejam reais ou imaginárias. Um ronronar ou um abanar de rabo garantem à criança que nenhum estranho estará por perto. E mesmo um pequeno filhote pode dar um poderoso latido para desencorajar um ladrão. Mais que tudo, um animalzinho esperto pode manter a mente de uma criança longe das criaturas à espreita em sua imaginação.Melhores amigosTédio e solidão são outros grandes desafios para as crianças que ficam a sós em casa. -”Não abra a porta para ninguém!” - é a regra que os pais mais determinam quando as crianças ficam sozinhas em casa. Um animalzinho pode ajudar a preencher a falha deixada pela família ausente durante algumas horas. Animais de estimação estão sempre prontos para brincar ou para ouvir. Eles ficam felizes em ouvir uma criança relatar os acontecimentos do dia.

Talvez a coisa mais importante que um animal faz pelas crianças é fazê-las sentirem-se amadas de uma maneira serena e sem críticas que as faz confidenciar todas as suas preocupações e mágoas. Cães e gatos não julgam as pessoas, eles não competem com elas. Eles só oferecem amizade e lealdade incondicionais.

Isto é muito útil em situações de stress. Os psicólogos chamam a isto de “triangulação”, isto é, ter um partido neutro que ajuda a reduzir tensões e a dissolver conflitos. Por exemplo, um cão com uma bola pode proporcionar uma pausa para uma brincadeira, um “refresco” quando as tensões estão altas. Os animais de estimação fazem companhia quando uma criança é deixada de fora das brincadeiras de um irmão mais velho. Proporcionam conforto quando as famílias “mudam de forma” - e as famílias de hoje sempre mudam de forma. Num estudo recente, a psicóloga Aline Kidd descobriu que alguns animais de estimação proporcionam continuidade durante um divórcio. Uma criança lhe disse que “quando estou com meu pai, o cachorro não me deixa sentir falta da mamãe e quando estou com minha mãe, o gato não me deixa sentir falta do meu pai.”
Uma criança aprende a respeitar a vida quando aprende a cuidar de um animal, a importância de seu horário de comer, quando brincar e até quando parar de provocá-lo. Basicamente, os animais mostram à criança como amar e ser amada por alguém tão diferente dela. Estas são lições tão importantes que, ao se fazer uma comparação, fazem o custo para manter um animal parecer muito pequeno.

Por Cynthia Jabs - “You and your pet”- Country Living Magazine - dez. 1989 - pag.
154
Traduzido por Pema Lodrön em 06-01- 1997.

Alimentos para combater o mau-humor

A sua refeição pode ser melhor que muitas farmácias. Conheça a alimentação que diminui o nervosismo, a ansiedade e o cansaço e que tem o poder de estimular o funcionamento do sistema nervoso, diminuir a irritação e espantar a tristeza, entre outros benefícios.

Alface: Ótima para amenizar a irritação. O talo da alface possui uma substância chamada lactucina, que funciona como calmante. Além disso, é rica em fosfato, a falta deste mineral pode causar depressão, confusão mental e cansaço.

Banana: Esta fruta diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono bem mais tranqüilo. Tudo isso graças à boa quantidade de carboidratos, potássio, magnésio e biotina. A banana também dá o maior pique, pois possui vitamina B6, um dos responsáveis por produzir energia.Espinafre: Contém potássio e ácido fólico, que ajudam na prevenção da depressão. E ajuda a estabilizar a pressão arterial, além de garantir um bom funcionamento do sistema nervoso, graças as vitaminas A, C e do complexo B, fosfato e magnésio.

Frutos do mar: Os alimentos vindos do mar são ricos em zinco e selênio que agem no cérebro, diminuindo ansiedade e cansaço. Também são boas fontes de ômega-3 (gordura que auxilia na diminuição de colesterol ruim LDL na corrente sanguínea) e proteínas, ambos essenciais para o bom funcionamento do coração.

Mel: Estimula a produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer.

Laranja: Ajuda o sistema nervoso a trabalhar adequadamente, isso devido as boas concentrações de vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B. Essa fruta ainda é energética, previne a fadiga e hidrata.

Uva: A vitamina C e os flavonóides (antioxidantes), retardando envelhecimento da pele e ajudam a combater o colesterol ruim. Tem boas doses de vitaminas do complexo B, que ajudam o bom funcionamento do sistema nervoso. É rica em glicose, por isso é um bom energético. Tem o mesmo efeito que o vinho para quem não tolera o álcool. (Como eu!)

Jabuticaba: É rica em carboidratos, que fornecem energia ao nosso organismo. Também é repleta de ferro não heme e vitamina C, que ajuda a aumentar as defesas do organismo e suas vitaminas do complexo B agem como antidepressivos.

Ovos: As substâncias que garantem o bom humor são a tiamina e a niacina (vitaminas do complexo B), ácido fólico e acetilcolina. A carência delas pode causar apatia, perda de memória e ansiedade.

Mujeres alteradas

Texto de Maitena

Una mujer alterada no es una loca.

Suponiendo que a las mujeres también nos consideren personas, una mujer alterada es una persona que está cambiando. Y creo que fue Borges quien dijo que los únicos que nunca cambian son los tontos y los muertos.

Si bien es cierto que una cosa es sufrir un cambio y otra muy distinta es hacérselo sufrir a otros, convengamos que uno cambia cuando no soporta más lo que le pasa, por mucho que les pese a los que no puedan soportarlo.

Así, la que hasta ayer te esperaba despierta, te cambia la cerradura; la que te esperaba dormida, se compra portaligas; la que veía siete telenovelas, se anota en siete cursos; la que manejaba una empresa, se quiere ir a vivir en carpa; la que cuidaba a la suegra como a una madre, la interna en un geriátrico; la flaca se pone hecha una vaca y la gorda baja veinte kilos. En el medio, te van tratando de "pirada", insatisfecha, ciclotímica, inmadura, egoísta y por supuesto, del peor de los insultos: feminista. Pero no todo es negro: muchos de nuestros cambios son recibidos con gran alegría por aquéllos que nos rodean, como nuestro nuevo marido o nuestro viejo analista. Y no fue fácil para nosotras las mujeres descubrir que teníamos derecho a cambiar. Por largo tiempo pensamos que lo mejor hubiera sido ser otra. Hoy, que sabemos que hasta la más superada se come las uñas, estamos más contentas con nosotras mismas. Cambiando lo que no nos gusta y no sólo los pañales o el rouge. Y lo logramos. En estos últimos años las mujeres cambiamos mucho. Antes, sólo estábamos obsesionadas por conseguir un marido. Ahora además, estamos estresadas por exigirnos logros profesionales, trastornadas por la culpa que nos provoca la maternidad y desesperadas por combatir la celulitis...!!!

ES BUUUENO SER MUJERRRRR porque...

Nos bajamos primero del Titanic... Podemos asustar a nuestros jefes hombres con excusas de misteriosos desordenes ginecológicos. Los taxis se detienen por nosotras.

Tenemos la habilidad de vestirnos nosotras mismas y comprar nuestra propia ropa...

Podemos hablarle a la gente del sexo opuesto sin tener que imaginarnoslos desnudos...

Hay veces en las que el chocolate realmente puede resolver nuestros problemas.

Nunca nos arrepentiremos de habernos perforado las orejas. Podemos deducir como es alguien con tan solo mirarle los zapatos. Podemos hacer comentarios sobre cuan tontos son los hombres en su presencia porque no están escuchando de todas maneras.

LO IMPORTANTE ES QUE........Mujeres: Ellas sonrien cuando quieren gritar. Cantan cuando quieren llorar. Lloran cuando están felices y rien cuando estan nerviosas. Luchan por lo que quieren. No toman un "no" por respuesta cuando creen que hay una mejor solución. Andan sin zapatos nuevos para que sus hijos puedan tener los suyos. Van al médico con una amiga asustada. Aman incondicionalmente. Lloran cuando sus niños sobresalen y animan a sus amigos a que lo hagan. Se les rompe el corazón cuando muere un amigo. Sufren con la pérdida de un miembro de la familia, aunque son fuertes cuando creen haber perdido la fuerza.

Saben que un beso y un abrazo pueden curar un corazón herido. Las mujeres vienen de todos los tamaños, colores y formas. Ellas manejan,vuelan, caminan, corren o escriben por correo electrónico para demostrarte cuánto les importas. El corazón de una mujer es lo que hace al mundo girar

Las mujeres hacen más que solo dar a luz : traen alegría y esperanza. Ellas dan compasión e ideales. Dan apoyo moral a sus familiares y amigos.

Reenvíalo a tus mujeres amigas para recordarles cuán increíbles son... Alterada? Si !! Y a mucha honra !!!

Elojio de la mujer brava - Héctor Abad

'Estas nuevas mujeres, si uno logra amarrar y poner bajo control al burro machista que llevamos dentro, son las mejores parejas'.
Por Héctor Abad
A los hombres machistas, que somos como el 96 por ciento de la población masculina, nos molestan las mujeres de carácter áspero, duro, decidido. Tenemos palabras denigrantes para designarlas: arpías, brujas, viragos, marimachos. En realidad, les tenemos miedo y no vemos la hora de hacerles pagar muy caro su desafío al poder masculino que hasta hace poco habíamos detentado sin cuestionamientos. A esos machistas incorregibles que somos, machistas ancestrales por cultura y por herencia, nos molestan instintivamente esas fieras que en vez de someterse a nuestra voluntad, atacan y se defienden.
La hembra con la que soñamos, un sueño moldeado por siglos de prepotencia y por genes de bestias (todavía infrahumanos), consiste en una pareja joven y mansa, dulce y sumisa, siempre con una sonrisa de condescendencia en la boca. Una mujer bonita que no discuta, que sea simpática y diga frases amables, que jamás reclame, que abra la boca solamente para ser correcta, elogiar nuestros actos y celebrarnos bobadas. Que use las manos para la caricia, para tener la casa impecable, hacer buenos platos, servir bien los tragos y acomodar las flores en floreros. Este ideal, que las revistas de moda nos confirman, puede identificar-se con una especie de modelito de las que salen por televisión, al final de los noticieros, siempre a un milímetro de quedar en bola, con curvas increíbles (te mandan besos y abrazos, aunque no te conozcan), siempre a tu entera disposición, en apariencia como si nos dijeran "no más usted me avisa y yo le abro las piernas", siempre como dispuestas a un vertiginoso desahogo de líquidos seminales, entre gritos ridículos del hombre (no de ellas, que requieren más tiempo, y se quedan a medias).
A los machistas jóvenes y viejos nos ponen en jaque estas nuevas mujeres, las mujeres de verdad, las que no se someten y protestan, y por eso seguimos soñando, más bien, con jovencitas perfectas que lo den fácil y no pongan problema. Porque estas mujeres nuevas exigen, piden, dan, se meten, regañan, contradicen, hablan, y sólo se desnudan si les da la gana. Estas mujeres nuevas no se dejan dar órdenes, ni podemos dejarlas plantadas, o tiradas, o arrinconadas, en silencio, y de ser posible en roles subordinados y en puestos subalternos. Las mujeres nuevas estudian más, saben más, tienen más disciplina, más iniciativa, y quizá por eso mismo les queda más difícil conseguir pareja, pues todos los machistas les tememos.
Pero estas nuevas mujeres, si uno logra amarrar y poner bajo control al burro machista que llevamos dentro, son las mejores parejas. Ni siquiera tenemos que mantenerlas, pues ellas no lo permitirían porque saben que ese fue siempre el origen de nuestro dominio. Ellas ya no se dejan mantener, que es otra manera de comprarlas, porque saben que ahí -y en la fuerza bruta- ha radicado el poder de nosotros los machos durante milenios. Si las llegamos a conocer, si logramos soportar que nos corrijan, que nos refuten las ideas, nos señalen los errores que no queremos ver y nos desinflen la vanidad a punta de alfileres, nos daremos cuenta de que esa nueva paridad es agradable, porque vuelve posible una relación entre iguales, en la que nadie manda ni es mandado. Como trabajan tanto como nosotros (o más) entonces ellas también se declaran jartas por la noche, y de mal humor, y lo más grave, sin ganas de cocinar. Al principio nos dará rabia, ya no las veremos tan buenas y abnegadas como nuestras santas madres, pero son mejores, precisamente porque son menos santas (las santas santifican) y tienen todo el derecho de no serlo.
Envejecen, como nosotros, y ya no tienen piel ni senos de veinteañeras (mirémonos el pecho también nosotros, y los pies, las mejillas, los poquísimos pelos), las hormonas les dan ciclos de euforia y mal genio, pero son sabias para vivir y para amar, y si alguna vez en la vida se necesita un consejo sensato (se necesita siempre, a diario), o una estrategia útil en el trabajo, o una maniobra acertada para ser más felices, ellas te lo darán, no las peladitas de piel y tetas perfectas, aunque estas sean la delicia con la que soñamos, un sueño que cuando se realiza ya ni sabemos qué hacer con todo eso.
Somos animalitos todavía, los varones machistas, y es inútil pedir que dejemos de mirar a las muchachitas perfectas. Los ojos se nos van tras ellas, tras las curvas, porque llevamos por dentro un programa tozudo que hacia allá nos impulsa, como autómatas. Pero si logramos usar también esa herencia reciente, el córtex cerebral, si somos más sensatos y racionales, si nos volvemos más humanos y menos primitivos, nos daremos cuenta de que esas mujeres nueva s, esas mujeres bravas que exigen, trabajan, producen, joden y protestan, son las más desafiantes, y por eso mismo las más estimulantes, las más entretenidas, las únicas con quienes se puede establecer una relación duradera, porque está basada en algo más que en abracitos y besos, o en coitos precipitados seguidos de tristeza: nos dan ideas, amistad, pasiones y curiosidad por lo que vale la pena, sed de vida larga y de conocimiento.

Yes! Nós temos banana!

Uma banana ao dia dispensa o médico. Se desejar uma solução rápida para baixos níveis de energia não há melhor lanche que a banana. Contendo três açúcares naturais – sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia. Pesquisas provam que, apenas duas bananas fornecem energia suficiente para noventa minutos de exercício extenuante. Veja as dosagens e os efeitos no final. Não é à toa que a banana como energético é a fruta número um dos atletas bem sucedidos do mundo. A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande número de doenças e condições físicas que a tornam obrigatória na sua dieta diária.

Deseja-se uma solução rápida para baixos níveis de energia, não há melhor lanche que a banana. Contendo 3 açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia. Pesquisas provam que apenas 2 bananas fornecem energia suficiente para 90 minutos de exercícios extenuantes. Não é à toa que a banana é a fruta nº 1 dos maiores atletas do mundo. Mas energia não é a única forma de ajudá-lo(a) a ficar em forma. A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande número de doenças e condições físicas, que a tornam obrigatória na sua dieta diária.

Anemia: contendo muito ferro, bananas estimulam a produção de hemoglobulina no sangue e ajudam nos casos de anemia.

Pressão arterial: contém elevadíssimo teor de potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a pressão alta. Tanto que a FDA (agência responsável pelo controle de alimentos e remédios) dos EUA autorizaram a indústria de banana a oficialmente informar sua habilidade de reduzir o risco de pressão alta e infarto.

Capacidade mental: 200 estudantes de uma escola em Twickenham (Middlesex) tiveram ajuda da banana (no café da manhã, lanche e almoço), para elevar sua capacidade mental. Pesquisa mostra que frutas com elevado teor de potássio ajudam alunos a aprender e manter-se mais alerta.

Constipação intestinal: com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, superando o problema, sem recorrer a laxantes.

Depressão: de acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, muitas se sentiram melhor após uma dieta rica em bananas. Isto porque a banana contém "trypotophan" , um tipo de proteína que o organismo converte em seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o humor e, de modo geral, aumentar a sensação de bem estar.

Ressaca: uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana com leite e mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel, eleva o baixo nível de açúcar, enquanto o leite suaviza e reidrata o sistema.

Azia: elas têm efeito antiácido natural. Se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar-se.

Enjôo matinal: comer uma banana entre as refeições ajuda a manter o nível de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.

Picada de mosquito: antes de usar remédios, experimente esfregar a parte interna na casaca da banana na região afetada. Muitas pessoas têm resultados excelentes em reduzir o inchaço e a irritação.

Nervos: elas contém elevado teor de vitamina B, que ajuda a acalmar o sistema nervoso.

Excesso de peso e Pressão no trabalho: estudos do Instituto de Psicologia, na Áustria, mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de comidas, como chocolate e biscoitos. Examinando 5 mil pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que tinham trabalhos com maior pressão. O relatório concluiu que, para evitar a ansiedade por comida, precisa-se controlar os níveis de açúcar no sangue. Comendo alimentos ricos em Carboidratos, como bananas, a cada 2 horas, mantém-se estável o nível de açúcar.

TPM: esqueça as pílulas e coma banana. Ela contém vitamina B6, que regula os níveis de glicose no sangue, que afetam o humor.

Úlcera: usada na dieta diária contra desordens intestinais, é a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.

Controle de temperatura: muitas culturas vêem a banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física quanto a emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bebês nascerem em temperatura baixa.

Desordens Afetivas Ocasionais: a banana auxilia os que sofrem de DAO, porque contêm um incrementador natural do humor, o "trypotophan".

Fumo: elas podem ajudar pessoas que estão largando o cigarro, porque seus elevados níveis de vitaminas C, A1, B6 e B12, além de Potássio e Magnésio, ajudam o corpo a se recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.

Estresse: Potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água no nosso corpo. Quando estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo os níveis de Potássio, que podem ser re-equilibrados com a ajuda da banana.

Enfarto: de acordo com pesquisa publicado no Jornal de Medicina de New England, comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40%!

Verrugas: os naturalistas juram que se quiser eliminar verrugas, basta colocar a parte interna da casca de banana sobre elas e prendê-la com esparadrapo ou fita cirúrgica.

Como vêem, a banana é um remédio natural contra muitos problemas. Comparada à maçã, tem 4 vezes mais proteína, 2 vezes mais Carboidratos, 3 vezes mais Fósforo, 5 vezes mais vitamina A e Ferro e 2 vezes outras vitaminas e minerais. Também é rica em Potássio e, como um todo, é um dos alimentos mais valiosos. Então talvez seja hora de mudar o ditado de "uma maçã por dia dispensa o médico" para "uma banana ao dia dispensa o médico".

O Casal Perfeito - Lia Luft

A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres. Isso eu disse e escrevi e repito em dezenas de palestras por este país afora. Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom pra quem gosta de desafios. O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele? O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas, não se conforma, o desgaste de qualquer convívio e qualquer união? Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinha às festas e sexo difícil e sem afeto.
Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver. Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.
Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito. Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar, a querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça não fique grudado na gente.
O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio. A conta a pagar, a empregada que não veio, o filho doente, a filha complicada, a mãe com Alzheimer, o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor. E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo.Nada foi como eu esperava. Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os filhos, os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir.
Na verdade devia-se reconstruir todos os dias. Usar da criatividade numa relação. O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio. Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi: "Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher". Mas, primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar e pensar: como anda a minha vida? Quero continuar vivendo assim? Se não quero, o que posso fazer para melhorar? Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão. Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e, sobretudo abertura com o outro. Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casa são terrivelmente tristes e terrivelmente comuns. É difícil? É difícil. É duro? É duro. Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino. Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda. O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente, e amém.

Medo só feminino?

Do que as mulheres tem mais medo é das inimigas se darem melhor na vida do que elas! Os homens também!