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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Gandharvas

“Quando a consciência emerge do estado de luminosidade, experimentamos instantaneamente as três visões da luz em ordem inversa – preta, vermelha e branca – e os oitenta instintos básicos da ilusão, paixão e agressão tornam-se ativados na corrente mental. Ao mesmo tempo, as formas sutis dos elementos surgem: a energia do ar emerge do espaço, o fogo do ar, a água do fogo e a terra da água. A reaparição desses fenômenos sutis cria o corpo mental do bardo, determinado pelas impressões kármicas ou tendências da consciência original. Esse ser do bardo é conhecido como gandharva, um tipo de fantasma faminto. Não estamos, na verdade, em um dos seis reinos neste ponto, mas se permanecermos por um templo muito longo sem encontrar um renascimento, podemos nos tornar fantasmas famintos em pleno desenvolvimento. Gandharvas são conhecidos como comedores de aroma porque vivem do aroma dos alimentos. Mas só podem obter sustento de alimento que tenha diso dedicado a eles, portanto, sem isso, sentem anseios de fome como se tivessem corpos de carne e osso.”

Vazio Luminoso – Francesca Fremantle – páginas 426/427

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Dive into fear!

For some people, fear has no logic. For certain others, it brings tremendous logic of this and that. There are infinite possibilities, so many ways to prove that one's fears are valid. We can always find good reasons to be afraid. But in this case, rather than taking an analytical approach to fear, you should just look at your fear directly. Then, jump into that fear. If you do that, the next thing you will experience is a sense of complete flop. Fear brings together a lot of intense energy. When you dive into it, you feel as if you have just pierced a balloon. Or it's as if you have just dived into ice water; there's a sudden coldness. Then you will feel a tinge of sadness. Beyond that, you may feel some continuing sense of isolation and uncertainty, which is the leftovers of the fear, but nevertheless, the quality of intense fear begins to subside, and your fear becomes somewhat reasonable and workable.

Para algumas pessoas, o medo não tem lógica. Para alguns outros, traz uma lógica imensa sobre isto e aquilo. Há infinitas possibilidades, tantas maneiras de provar que os temores de alguém são válidos. Podemos sempre encontrar boas razões para ter medo. Mas neste caso, ao invés de tomar uma abordagem analítica para o medo, devemos apenas olhar para o nosso medo diretamente. Então, pular dentro do medo. Se vocês fizerem isso, a próxima coisa que você vão experimentar será uma sensação de fracasso. O medo reúne uma grande e intensa quantidade de energia. Quando vocês mergulharem nele, vocês sentem como se tivessem apenas furado um balão. Ou como se vocês tivessem apenas mergulhado na água gelada, há uma frieza súbita. Então vocês vão sentir uma pontinha de tristeza. Além disso, vocês podem ter algum sentimento permanente de isolamento e incerteza, que são as sobras do medo, mas a qualidade intensa do medo começa a diminuir, e seu medo se torna meio que razoável e praticável.

From "The Other Side of Fear, " page 108, in SMILE AT FEAR: AWAKENING THE TRUE HEART OF BRAVERY. - Chogyam Trungpa Rinpoche.

http://www.shambhala.com

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lições do Mestre

Yongey Mingyur Rinpoche

Como lidar com o sofrimento? Qual o meio mais habilidoso de não se cortar nas lâminas afiadas apresentadas pela vida? Mingyur Rinpoche, monge tibetano de 33 anos que hoje reúne milhares de alunos em todo o mundo, ensina no seu mais novo livro, Joyful Wisdom (Alegre Sabedoria), como enfrentar situações difíceis sem sofrer mais do que o necessário.

Nos monastérios onde viveu, ele era sempre o menorzinho da turma. Passava por debaixo das mesas quase sem abaixar a cabeça, corria de lá para cá como um ratinho e zanzava entre os monges mais velhos sem ser percebido. “Quando a sala de meditação estava cheia, vinha sempre alguém na minha direção para se sentar onde eu estava, pois era tão miudinho que o lugar parecia estar vazio”, conta ele. Talvez por aparentar tamanha fragilidade e sentir-se tão desprotegido, o pequeno Yongey Mingyur sofreu muito. Tinha frequentes ataques de pânico, sentia-se amedrontado com as enormes (para ele) dimensões do monastério e atravessou noites seguidas com pesadelos horrorosos porque achava que alguém fosse acusá-lo de ter quebrado o vidro da sua janela que, um dia, apareceu rachado. Justamente por isso, ninguém melhor do que ele para saber o que uma pessoa sente diante de uma situação que lhe parece avassaladora.

Seguindo os ensinamentos que lhe foram passados por seus mestres budistas, pouco a pouco Rinpoche começou a entender o processo de como caía nas armadilhas dos seus pensamentos e começava a sofrer. Algo que todos nós fazemos sem darmos conta.

No seu primeiro livro, Alegria de Viver, Descobrindo o Segredo da Felicidade (Campus Elsevier), Mingyur Rinpoche conta como superou seus traumas por meio da meditação. No segundo, o recém-lançado Joyful Wisdom (ainda sem tradução em português), ele explica quais atitudes e recursos temos para nos poupar do sofrimento inútil ou minimizar as dores que não se pode evitar. Acompanhe aqui algumas das preciosas lições de sabedoria do monge tibetano, ensinadas em seus livros, cursos e palestras. Com certeza elas têm a possibilidade de nos conduzir a uma vida mais plena, alegre e cheia de sabedoria.

1 - Dê um passo para trás

Dizem os ensinamentos budistas: não importa qual a situação, sempre é possível observá-la de outra perspectiva. Uma coisa é olhar para um rio mergulhado dentro dele, outra é vê-lo da margem e vislumbrar melhor o que ele é, o seu curso e onde vai parar. “Quando estamos totalmente imersos dentro da água, ou, de maneira correlata, dos nossos sofrimentos, podemos nos afogar sem perceber”, diz Mingyur Rinpoche. Nessa situação, a água entra pelo nariz, turva os olhos, não conseguimos respirar. “Não há nenhuma vantagem em permanecer assim. Então, nem que for por um instante, precisamos tentar sair da situação para encará-la de outra maneira”, ensina. Pelo menos para inspirar um pouco de oxigênio, se afastar da turbulência, nos fortalecer. Por momentos, podemos ver que não somos o próprio rio, só estamos envolvidos nele. Dar um passo para trás e observar o que acontece de outro ângulo é essencial para desenvolver outra perspectiva. "Esse afastamento da situação pode ser muito positivo. A partir desse momento, ela não tem mais o poder de nos arrastar para o fundo do poço”, afirma o mestre. Esse distanciamento nos oferece uma nova visão da realidade, mais verdadeira e abrangente.

2 - Acolha a dor

“Os ensinamentos de Buda feitos há 2 500 anos não dizem como superar a solidão, o desconforto e o medo que preenchem nossa vida. Muito pelo contrário. Suas lições mostram que só seremos capazes de encontrar a liberdade ao aceitar os sentimentos provocados pelos percalços em que esbarramos no caminho”, relata Mingyur. Dessa maneira, podemos acolher o incômodo que as instabilidades nos trazem, sem deixar que elas possam nos imobilizar completamente. “Percebemos que estamos sofrendo, aceitamos essa condição. No entanto, não somos mais engolidos pela dor.” Uma das formas de facilitar esse processo é a meditação. Durante a prática, também podemos perceber o rio dos nossos pensamentos, e a turbulência emocional que se origina deles. “Mesmo hoje, 20 anos depois de aprender a meditar, ainda estou sujeito à maioria das emoções humanas”, conta Rinpoche. “Dificilmente seria alguém que poderia ser chamado de ‘iluminado’. Me canso, como todo mundo. Algumas vezes estou zangado, frustrado ou aborrecido. Mas agora, tendo aprendido a trabalhar com minha mente, percebi que essas experiências mudaram de nível.” Em vez de ser soterrado por elas, Mingyur aprendeu a acolhê-las e a aproveitar as lições que elas oferecem.

3 - Não compre o pacote todo

O cérebro humano está constantemente processando diversas faixas de informação por meio dos cinco sentidos. Ele as compara com experiências passadas, presentes e por vir, prepara o corpo para reagir de certa maneira e, ao mesmo tempo, áreas relacionadas com a memória e com a projeção do futuro são ativadas. Para facilitar esse processo de cognição, descarta algumas informações e sintetiza aquelas que selecionou num único pacote. É um sistema complexo que funciona razoavelmente bem para o que precisamos no dia-a-dia. “Mas a maneira de ele funcionar traz uma desvantagem ao ver as coisas como um todo”, diz o monge. “Dessa forma, podemos perder muitos dados importantes que teriam a capacidade de influir e modificar a nossa avaliação de determinada situação.” Ou seja, baseados em informações gerais fornecidas pelo cérebro, pensamos que a situação é de um determinado jeito, mas, na realidade, ela pode ser de outro. Trocando em miúdos, existe uma grande chance de estarmos completamente enganados.

4 - Desconfie dos seus julgamentos

Uma história contada no livro Joyful Wisdom ilustra bem essa possível interpretação equivocada da realidade. Certa vez, Mingyur Rinpoche estava no museu de cera de Paris, quando viu uma estátua do dalai-lama. Era uma reprodução perfeita e vívida do líder espiritual tibetano, embora estivesse ligeiramente na penumbra. Ele então chegou mais perto para olhar todos os detalhes, pois conhece Sua Santidade bastante bem. Estava assim entretido, quando um casal se aproximou. Ele não percebeu sua presença e continuou a atenta observação. Por sua vez, os dois turistas também o observavam detidamente, pensando que Rinpoche fazia parte da cena moldada com cera: o dalai-lama com um monge pequenininho ao lado. “Quando finalmente eu me mexi, os dois deram um grito de pavor”, lembra. “Eu, por minha vez, levei um susto com a presença deles. Depois de nos recuperarmos do choque, e darmos boas risadas juntos, me ocorreu que esse episódio fugaz era capaz de revelar um dramático aspecto da nossa condição humana”, conta Rinpoche. “Vemos o que esperamos ver, limitados por nossa própria capacidade de observação. E o que percebemos pode não ser a realidade como ela é.” Nos agarramos em nossas percepções e conclusões, e a defendemos com unhas e dentes, sem perceber que elas têm grande chance de não serem reais. “A realidade pode bem ser diferente daquilo em que acreditamos. Para compreender o que uma situação realmente é, teríamos de estar num estado que Buda chamou de ‘iluminado’”, explica o monge no seu livro. Ou seja, num estado não limitado por nossas percepções errôneas. A iluminação é como se, de repente, se acendesse a luz de um quarto escuro e a gente fosse capaz de ver como ele realmente se apresenta. E assim poder dizer: “Nossa, aquela coisa em que eu tropeçava sempre é uma mesa! Aquela outra coisa que achava que era um criado-mudo é uma cadeira!” Traduzindo: olhamos para a vida dominados por nossas percepções, concepções e emoções. E elas são filtros que distorcem a realidade. Portanto, aceitar que nossa visão tende a ser limitada, e que podemos não ter razão em nossos julgamentos, é sempre um bom começo para diminuir e relativizar as emoções dolorosas provocadas por eles.

5 - Aceite que sofrer faz parte da vida

Sofremos por diferentes razões. Mas uma das distinções mais cruciais, no entanto, é saber distinguir o sofrimento “natural” do sofrimento “autocriado”. O primeiro inclui tudo aquilo que não podemos evitar na vida. Classificados nos textos budistas como as dores ligadas ao nascimento, envelhecimento, doença e morte, são experiências que fazem parte das transições mais importantes da existência. Eles se apresentam como condições naturais que envolvem o desconforto físico. Mas há outro tipo de sofrimento que se desenvolve com base em avaliações psicológicas autocriadas, experiências que surgem de nossa interpretação de fatos e eventos, como ressentimento ou raiva contra as pessoas que não vivem do jeito que a gente gosta, inveja de quem tem mais do que nós ou uma ansiedade paralisante quando não há a mínima razão para isso. “Esses sentimentos dolorosos gerados por nossas concepções são baseados em histórias que contamos a nós mesmos, fortemente enraizadas em nosso inconsciente, sobre não ser suficientemente bom, rico o bastante, bonito ou seguro na medida certa, ou outras formas parecidas”, diz Rinpoche. O sofrimento autocriado é essencialmente uma invenção mental. “É como eu mesmo pude constatar com relação à minha própria ansiedade e medo, não é menos doloroso do que o natural. Mas, em vez de ficar julgando com pensamentos como ‘Por que eu estou sozinho?’, ‘Será que tem um jeito de sair disso?’, ‘Não quero mais sentir tal coisa de jeito nenhum!’, poderíamos olhar para esses sentimentos dolorosos e dizer que há solidão, há ansiedade, há medo, como se essa dor fosse uma condição não pessoal, mas algo que simplesmente faz parte da vida”, aconselha o monge. É uma maneira de compreender a Primeira Nobre Verdade ensinada por Buda: a de que o sofrimento (dukkha) existe e de que é uma condição natural da humanidade. “A palavra dukkha é traduzida no Ocidente, de uma maneira um tanto pesada, por sofrimento. Mas o termo se refere mais a um desconforto, algo que incomoda, aquela coisa que raspa no peito mesmo quando a gente está feliz”, explica o monge tibetano. “Aceitar que essa dor existe e que pertence ao nosso mundo, e não ficar o tempo todo lutando contra ela como algo a ser subjugado, é o primeiro grande passo para cessar aquilo que nos faz sofrer.”

Revista Bons Fluidos – Junho de 2009

Direção de arte • Camilla Sola

Texto • Liane Alves

Videos no Tergar Meditation Community http://tergar.org/resources/videos.shtml

Remendando

Espadinhas de São Jorge

Jasmim-estrela
Dinheiro-em-penca
As frutinhas da Cheflera
Até que enfim, uma noite com chuva, mas sem goteiras! Eu, o marido e os filhos - com exceção de um que arranjou uma menina que "só qué, só pensa em namorá" e vai levar uma bronca por não ter vindo ajudar - tiramos a terra da jardineira do terraço, separamos as plantas mais importantes para colocar em vasos e já marcamos com tinta branca onde estão os pontos de infiltração, tanto na jardineira quanto no piso. Ficou parecendo cena do crime!
Uma cheflera (scheffera arboricula) que eu ganhei num sorteio de um encontro de decoradores, já tinha sido podada até em baixo porque virou mesmo uma árvore! A danada tinha um tronco de cerca de 18 centímetros de diâmetro e formou uma raiz tão grande e longa, com cerca de seis centímetros de diâmetro, que fez a curva da jardineira! Quem sentiu falta foram os morceguinhos que comiam as frutinhas dela! Simplesmente sumiram, tadinhos!
Salvamos o boldo-do-chile (peumus boldus), a pitangueira, a camélia branca, a mirra (do hebraico maror ou murr que significa amargo e tem propriedades antisépticas), o jasmim-estrela (jasminum nitidum), o dinheiro-em-penca (callisia reppens) e mais um monte de plantas de forração como as espadinhas-de-são jorge (sansevieria trifasciata) que já enfeita caldeirõezinhos antigos na minha sala.
Foi uma bagunça e tanto, mas também uma excelente terapia! Vamos remendando devagarzinho.
Domingo que vem tem mais porque é o único dia em que ninguém trabalha, mas carrega pedra! Digo, terra!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Divagando.


Sonhei com uma coisa ruim e não me lembro o que era. Ando digitando demais, traduzindo demais e talvez esteja me sentindo culpada por não estar meditando como deveria.

O vizinho debaixo tosse prá burro e está cada dia pior. Cada noite pior. Depois que descobri que a profissão dele é carcereiro, ele me chama mais ainda a atenção. Na realidade é um sujeito estranho, taciturno, ainda jovem, mas com ares ranzinzas. Por duas vezes espancou o filho de treze anos. Me retorci para não chamar a polícia. O filho vive com a mãe, ainda bem! O homem não nos cumprimenta. Paciência!

Fiquei pensando nas coisas que Yongey Mingyur Rinpoche falou. Cravou tudo em mim porque copiei à medida em que ele falava no vídeo e agora estou digitando à medida em que traduzo.

De que adianta saber os termos "técnicos" do budismo se eles não nos liberam? São mais conceitos!

Será que Jesus nasceu mesmo nessa data chata que chove sem parar? Será que uma mãe teria coragem de colocar seu recém-nascido num cocho onde burros e vacas comem? Acho tudo isso tão estranho. Não gosto de natal nem de ano-novo. Prá mim não tem mais o menor significado. É Papai Noel, uma compração de coisas, presentes pra fulano, presentes prá ciclano! De onde veio isso? O natal não é prá comemorar o nascimento de Jesus? Tá comprando presente pra quê? Mas como já disse, será que ele nasceu nessa época mesmo? Ah! Deixa prá lá!

É bom quando consigo ficar sem pensar nem que seja por alguns segundos. Descanso a mente.

Essa dor na perna me inquieta. Sinto-me velha, feia, indesejável, inconveniente, excessiva e inútil sem trabalho. Lembro-me que o Rinpoche falou muito nisso, em como é triste ficar velho, em como as pessoas se afastam, não querem ver você por perto.

A briga com minha mãe, as cobranças e manipulações dela me saturaram, a gota d'água. A Milky doente, a preocupação com o futuro dos meus filhos que, apesar de adultos, ainda vivem comigo, o que eles farão se eu faltar, o que farão se o pai faltar, o que farei se algum deles faltar! Começo a pensar na morte, mas de uma maneira viceral e tudo ficará registrado aqui, mas eu não estarei mais. Muita gente acha que sou muito Clarisse, mas Lispector morreu de câncer muito antes de alcançar a minha idade.
Tem sol hoje.

domingo, 13 de dezembro de 2009

O Budismo é lógico! Não há espaço para fantasias no budismo!

Terminando de ler o livro "Vazio Luminoso", quero compartilhar que o budismo é totalmente lógico! Apesar de muitas deidades, elas não são nada além do que um meio hábil, um simbolismo para que possamos despertar em nós mesmos suas qualidades de amor, compaixão e sabedoria. Digo despertar porque essas qualidades já estão inerentes em nós. Logo, o budismo costuma dizer que já somos as deidades, já somos buda, seres iluminados. Somos um diamante, porém, encoberto pela lama da nossa ignorância, da ignorância daquilo que o budismo nos ensina, de que devemos ser amigos até de nossos defeitos e sentimentos ruins e transformá-los no diamante. O que fazemos quando encontramos uma pedra preciosa no solo? Retiramos, limpamos e posteriormente lapidamos. Então, ela mostra todo o seu brilho! As práticas são essa lapidação, esse polimento. Isso é o que se chama de "estágio de criação da yoga das deidades". À medida que nós aprendemos a trabalhar com as imagens , gradualmente experimentamos o significado das deidades diretamente, sem pensamento conceitual, automaticamente. Somos como elas, somos uma deidade. Nosso corpo se torna precioso e passamos a agir na vida com mais cuidado, com mais carinho conosco e com todas as pessoas. Como está no livro, "em vez de imaginá-las, (as deidades) sentimos a presença real de suas naturezas até que finalmente possam se tornar tão reais que as encontramos cara a cara". As deidades iradas não são motivo para que sentir medo ou aversão ou mesmo que se imaginar que elas são coisas más, demoníacas. Elas agem com uma energia irada, mas por pura compaixão, assim como uma mãe chama vigorosamente a atenção de um filho quando ele solta sua mão e, atravessando a rua, corre o risco de ser atropelado.

sábado, 28 de novembro de 2009

Quotes - Citações

On Anger: Holding on to anger is like grasping a hot coal with the intent of throwing it at someone else; you are the one who gets burned.
On Truth: Three things cannot be long hidden: the sun, the moon, and the truth.
On Anger: You will not be punished for your anger; you will be punished by your anger.
On Work: To be idle is a short road to death and to be diligent is a way of life; foolish people are idle, wise people are diligent.
On Friends: An insincere and evil friend is more to be feared than a wild beast; a wild beast may wound your body, but an evil friend will wound your mind.
On Love: You, yourself, as much as anybody in the entire universe, deserve your love and affection.
On Envy: Do not overrate what you have received, nor envy others. He who envies others does not obtain peace of mind.
On Good Deeds: Neither fire nor wind, birth nor death can erase our good deeds.
On Thought: The mind is everything. What you think you become.
On Gratitude: Let us rise up and be thankful, for if we didn't learn a lot today, at least we learned a little, and if we didn't learn a little, at least we didn't get sick, and if we got sick, at least we didn't die; so, let us all be thankful.
On Hatred: Hatred does not cease by hatred, but only by love; this is the eternal rule.

Sobre a Raiva: Guardar raiva é como uma pegar um carvão quente com a intenção de jogá-lo em outra pessoa, você é o único que fica queimado.
Sobre a Verdade: Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua, e a verdade.
Sobre a raiva: você não será punido por causa de sua raiva, você será punido por sua própria raiva.
No trabalho: Ser ocioso é um caminho curto para a morte e ser diligente é um modo de vida, pessoas tolas são ociosas, pessoas sábias são diligentes.
Sobre Amigos: Um amigo insincero e mau é mais temível que um animal selvagem, um animal selvagem pode ferir seu corpo, mas um mau amigo ferirá sua mente.
Sobre o Amor: Você mesmo, tanto quanto qualquer pessoa no universo inteiro merece seu amor e carinho.
Na inveja: não superestimar o que você tem recebido, nem os outros de inveja. Aquele que inveja outros não obter a paz de espírito.
Sobre as Boas Ações: Nem fogo, nem vento, nem o nascimento e nem a morte podem apagar as nossas boas ações.
Sobre o Pensamento: A mente é tudo. O que você pensa é o que você se torna.
Sobre a Gratidão: Vamos nos levantar e ser gratos, porque se nós não aprendemos muito hoje, pelo menos aprendemos um pouco, e se não aprendemos um pouco, pelo menos nós não ficamos doentes, e se que ficamos doentes, pelo menos, nós não morremos, por isso, vamos todos estar agradecidos.
Sobre o ódio: o ódio não cessa pelo ódio, mas apenas por amor, esta é a regra eterna.

Postado no Facebook por Samten Dharma e traduzido ao português por mim.

Visões no bardo do dharmata - Visions in the dharmata bhardo.






Tudo dentro da nossa experiência inteira é construído e condicionado pelos cinco elementos, pelos cinco skandas e pelos cinco venenos. Mas, durante o bardo do dharmata, o samsara é invertido: a experiência comum é virada de trás prá frente, de dentro para fora e de cabeça para baixo. Em vez de perceber somente o aspecto grosseiro e externo das coisas, experimentamos sua essência pura, original, vinda de dentro. Nossos próprios elementos se manifestam como os devas, nossos skandhas como os budas e os cinco venenos são transformados nos cinco tipos de conhecimento desperto.

Everything in our whole experience is built and conditioned by the five elements, the five skandas and the five poisons. But, during the bardo of dharmata, samsara is reversed: the common experience is turned backwards, inside out and upside down. Instead of perceiving only the coarse and external aspects of things, we experience its pure essence, original, from within. Our own elements manifest as the devas, our skandhas as the Buddhas and the five poisons are transformed into five types of the awaken knowledge

"Vazio Luminoso" "Luminous Emptiness"- Francesca Fremantle - pág. 326

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Touca de ursinho cor-de-rosa.


Essa é tamanho infantil e vai prá São Paulo. Quer encomendar, R$50,00 mais frete.

Fim de ano.


Comentando com uma amiga que vai passar o Natal fora da cidade, percebi que essas datas de fim de ano deixaram de ter qualquer valor para mim. O Natal, principalmente, nunca foi uma data feliz. Quando pequena, minhas primas, ainda menores que eu, ficavam disputando, quem ganhava mais presente, o melhor, o maior, o mais bonito. Uma vez uma delas até chorou! Foi uma tristeza. Os adultos comiam e alguns bebiam além da conta passando da conta nos comportamentos também. Então, como é que eu poderia gostar de Natal com uma visão assim? E todos se diziam católicos! Quanta hipocrisia!

Ano Novo também não tem graça. Por que novo? É só um dia após o outro. Além do quê, minha lembrança é que meus pais saíam e eu ficava tomando conta dos meus irmãos menores. À meia noite, hora do foguetório, era um corre-corre porque os irmãos mais novos se assustavam e o mais novinho chorava de medo e susto! Então, eu o colocava na minha cama, uma orelha no travesseiro, outra no meu rosto deitado sobre o dele até que ele dormisse de novo depois do barulho. E eu o deixava ficar na minha cama pelo resto da noite.

Esses dias são apenas datas e não gosto de datas: dia da mães, dias dos pais, dia disso, daquilo. Tudo inventando pelo CDL (Câmara dos Diligentes Lojistas) prá incentivar o consumo. Justo eu que jogo fora todo o interior ruim de mim vinte e quatro horas por dia e vira e mexe junto o que não uso e doo a quem precisa.

Acho que sou como as abelhas, as formigas ou algum outro inseto que trabalha e leva a vida sem saber que é sábado, domingo, feriado, fim de ano...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tudo certo!

É muito estranho quando a gente acorda depois de uma noite bem dormida, a cabeça fresca e se lembra de um tanto de coisas. Devíamos tomar nota porque, depois, com o decorrer do dia, vai se esquecendo e, quando o cansaço chega, tentamos nos lembrar e não conseguimos. Eu me esqueci de muitas coisas. Mas se esqueci é porque não são tão importantes.
O irmão do meu marido ainda não completou setenta anos e está com um câncer terminal. A tia, já fez 96 anos e está com a memória ótima! Não é estranho? Não. Não é. É assim mesmo. A vida está perfeita. Tudo acontece no momento certo!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mas tem coelho também.


Murphy, mini-lop rabbit with his lopped ears.
Mini Lop é o nome da raça porque não fica grandão e tem as orelhas caidas (lopped ears). É da minha filha. Chama-se Murphy, mas eu sou mineira e o chamo de Zezin! Não late, mas dá cada pulo e faz cada bagunça que treme o chão e rói, rói, rói! Vamo levando, né, gente? Quem vai ficar sem cão... fica com coelho!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Preguicinha...

Milky na minha cama.
E o "coração" nas costas...

Ando um pouco cansada de ser considerada uma excêntrica só por seguir os caminhos do Buda. As pessoas confundem o budismo com o "zen", mas no sentido xinfrim de ficar calma, fora do ar, meio que levitando... Nada disso!

Após anos de estudos, ainda vejo grandes praticantes se descabelarem facinho, facinho com algumas coisas da vida. Já vi mestres perdendo a paciência e dando altas broncas! Mas por pura compaixão que é aí que está a diferença!

Por que então haveria eu, uma reles praticantezinha, ser uma fortaleza, enquanto as pessoas choram a perda de algo ou alguém, permanecer impassível, calma e eteriamente flutuando? Tá, viu? Sou wabi sabi, uma "gauche" no tempo que nem o sr. Drummond!

Hoje compreendi que a nossa-minha cadelinha possa ter que passar por uma cirurgia ou ter que ser sacrificada porque não vai aguentar, porque está com quase 15 anos, porque fica caro, porque a grana tá curta. Sei! Abri o berreiro no banheiro que é o melhor lugar prá se chorar e não na cama que é lugar quente, como diz meu pai! Tem chuveiro - ninguém escuta - e toalha prá enxugar águas e lágrimas.

Muito bem. Não aconselho o budismo a ninguém. Não saio pregando. Não sou evangélica. Se uma pessoa achou seu caminho, que fique nele. Daí, achei esse texto que posto a seguir:

"Grande parte dos seres humanos busca um significado para a existência. Procuramos entender o propósito de nossas vidas, quem somos, e como podemos viver melhor e ser mais felizes. Há muitas (muitas!) formas de se chegar à essa compreensão, e o budismo é (apenas) uma delas. O Buda-dharma é um caminho de realização através de compaixão e sabedoria. O Buda diz que já temos essa natureza iluminada. Já somos isso. Tudo que temos a fazer é nos dar conta: abrir os olhos; despertar." http://www.projetoyatra.com.br

Os parênteses são meus.

Seres sencientes

Seres sencientes são os que são capazes de ter percepções, emoções, sofrer ou sentir prazer, ter felicidade ou desejo, vontades. É um conceito que combina os termos sensibilidade e consciência.
Fonte: Pensata Animal - ANDA
http://www.bichosgerais.org.br

Dormir e sonhar


El siguiente texto es un extracto de la enseñanza "Dormir y Soñar", publicada en TenDrel, Dhagpo Kagyu Ling, Francia, Diciembre 1991.

El proceso de dormir es muy similar al de morir. Esa es la razón por la que es tan importante meditar tanto cuando estamos completamente despiertos como cuando estamos quedándonos dormidos. Si practicamos la meditación con un alto nivel de concentración podemos detectar los cambios que ocurren en nuestra mente cuando estamos quedándonos dormidos. El elemento blanco masculino fluye desde la parte alta de nuestra cabeza hacia el nivel del corazón y el elemento femenino rojo sube hacia el corazón desde la parte inferior del cuerpo. Cuando ambos se encuentran ocurre una pérdida momentánea del estado consciente ordinario y luego surge una claridad consciente: nuestra mente esta atenta durante el estado del sueño. La fortaleza de nuestra meditación en el Lama es lo que hace esa consciencia posible. El Lama esta a la altura del corazón en la forma pura de Dharmakaya, cuya luz irradia desde su cuerpo. Nuestra mente, que es inseparable de la mente del maestro, se identifica con esa luz. Esto disipa lentamente la inconsciencia del estado ordinario del sueño. Aunque completamente dormidos, nuestra consciencia se incrementa y nuestra mente se vuelve más y más clara.

Un signo de esa claridad es que percibimos nuestro propio cuerpo dormido. No lo vemos compuesto de carne como normalmente lo percibimos sino como un objeto transparente brillando con luz radiante viniendo del lama en nuestra mente. Si nuestra mente es bastante estable, nuestra mente dormida percibe nuestro cuerpo tan brillante que puede irradiar luz a todo el cuarto. Aunque dormidos podemos ver el cuarto y los objetos que hay en él. Podemos ver claramente que no podemos estar seguros de cuando estamos dormidos o despiertos. Esto solo es posible cuando uno tiene una maestría completa en la ocurrencia de las tres experiencias de gozo, claridad y no conceptualización durante la meditación despierta. Una vez estabilizadas, esas experiencias aparecen durante el sueño en su forma particular. El hecho de poder ver el cuarto donde dormimos esta asociado con la clara luz de un tranquilo estado mental. Este aparece en aquellos que han practicado la meditación shinay. Uno puede ver el cuerpo tan claramente que pareciera que la luz interior es una imagen de destellos de luces de diferentes colores. Y si la meditación es muy estable es posible incluso moverse, la mente se mueve dentro del cuarto e incluso a los lugares adyacentes. Uno puede viajar de un lugar a otro. Esta es una explicación teórica de las posibles experiencias que uno puede tener mientras dormimos si meditamos lo suficiente durante el día. Querer alcanzar estos estados no es suficiente, ellos son el resultado natural de una profunda y frecuente meditación.

Esas experiencias no crean ninguna ansiedad en la mente. La mente descansa en el mismo estado que cuando practicamos una profunda meditación Shinay, esta completamente relajada, muy clara y sin ningún apego. Esta llena con las tres experiencias de gozo, claridad y no conceptualización. En ese estado los órganos sensitivos son muy agudos y claros, lo que significa que podemos ver, oír, oler, sentir y saborear, esas experiencias continúan llegando a la mente que duerme, pero a diferencia de lo que sucede cuando estamos despiertos: consideramos todas las sensaciones igualmente, recibiéndolas felizmente. No consideramos, por ejemplo, que algunos sonidos son muy fuertes o insoportables. A medida que la meditación despierta progresa y nos libramos nosotros mismos de las experiencias shinay y desarrollamos una profunda meditación de sabiduría primordial, la clara luz del sueño se hace más brillante y se libera a sí misma de estas experiencias. Esto aparece naturalmente. No necesitamos cambiar la técnica o practicar otra meditación mientras caemos dormidos. Simplemente necesitamos mantenernos en la practica y orarle al lama antes de dormirnos y por el poder de nuestra meditación despierta la meditación apropiada ocurrirá durante el sueño.

Este tipo de meditación también se desarrolla al momento de la muerte. Aquellos que tienen una fuerte experiencia meditativa alcanzan la Budeidad en los segundos que siguen a la muerte y no tienen que experimentar el bardo. Para aquellos que practican regularmente una meditación sin perfeccionarla, la consciencia se establece en un estado similar al de la meditación que practicaba mientras estaba vivo (shinay, lhaktong o mahamudra). Si esto no conduce a la liberación un pensamiento sutil aparecerá en la mente y disparará en la mente la experiencia del bardo. Es similar al dormir, pero un pensamiento sutil durante el dormir nos conducirá a un sueño en vez del bardo. Tan pronto como el sueño aparece, un buen meditador se proyecta a sí mismo como una deidad y aparece como tal en el sueño, realizando que todo es una ilusión y manteniendo ese estado de consciencia mientras dure el sueño. Cuando hay menos capacidad, uno comienza a soñar y al cabo de un rato se da cuenta que esta soñando. Nos damos cuenta del carácter ilusorio del sueño creado en nuestra mente. Con esa realización de la naturaleza del sueño, nada que suceda en él puede hacer que el soñador sufra.

Cuando realizamos que el sueño no es real y es sólo una ilusión o el juego mágico de la mente no se crea ningún apego durante el sueño. Aprendemos a mantener la mente en la naturaleza última mientras dormimos. No utilizamos el sueño para tratar de hacer o llevar a cabo algo, ni para encontrarnos con personas en diferentes lugares durante el estado del sueño. Esa clase de objetivos sólo ayudan a incrementar la confusión del sueño. Estar conscientes de que estamos soñando ayuda a comprender la naturaleza del sueño, la realización de que es una creación mental de una mente confundida. Esas son solo experiencias y sensaciones que se sienten durante el sueño y que se purificarán naturalmente. Ese proceso es el camino de la meditación durante el sueño.

De todas las experiencias, aquella que más acarrea sufrimiento es la que no se puede evitar: la muerte. Sólo la práctica del Dharma es realmente eficiente al momento de la muerte. Nuestra única protección en ese momento viene del lama y de las tres joyas (Buda, Dharma, Sangha). Para un beneficio efectivo en la eliminación del sufrimiento al momento de la muerte es necesario haber realizado suficiente práctica del Dharma en vida y de haber orado regularmente al lama y las tres joyas. En cada circunstancia feliz o infeliz de nuestra vida debemos orarle al lama y a las tres joyas y cuando experimentamos fuertes sufrimientos debemos pedir por protección y refugio. Entonces al momento de la muerte nuestra petición por protección y refugio será verdaderamente efectiva.

Asimismo, aunque nuestras pesadillas nos asusten y produzcan un intenso sufrimiento, si practicamos y tomamos refugio durante la vigilia, la misma tendencia se manifestará en el sueño. Nosotros le oramos al lama y a las tres joyas dentro del sueño. Nuestra plegaria es escuchada y el sueño es transformado de modo que la causa del sufrimiento desaparece. Tenemos el mismo resultado cuando meditamos en el vacío en nuestro sueño. Mediante la realización del carácter ilusorio del sueño no necesitamos temer, porque vemos que la situación atemorizante y la persona que esta siendo atemorizada son inseparables. No hay una realidad de objeto - sujeto. Esa realización inmediatamente nos libera de la situación.

En nuestro estado presente, cualquier pensamiento, idea o sentimiento que experimentamos en nuestra mente, inmediatamente nos captura. Nosotros seguimos el pensamiento, sentimos el sentimiento y actuamos bajo su influencia porque creemos en la realidad de ese pensamiento o sentimiento. Ellos aparecen y estamos convencidos de que son permanentes, concretos y representan la motivación de nuestros actos. Pero esos pensamientos, sean conceptos o emociones, no tienen realidad. Son solo expresiones de la mente -irreales, intangibles, de corta duración- son simplemente un juego de la mente, similares a una ilusión o un sueño. Una vez que desarrollamos esa consciencia no estamos tentados a seguir los pensamientos y emociones que surgen, no somos arrastrados por su influencia y estamos libres de sus trucos. La práctica durante la vigilia permite que la misma reacción que aparece en las noches durante el sueño pueda ocurrir después de la muerte, en el estado del bardo, donde experimentamos varias ilusiones y alucinaciones. Cuando realizamos que son solo un juego de la mente, podemos rápidamente liberarnos de esas ilusiones. Ese estado mental, libre de todas las nociones de objeto y sujeto, debe ser cultivado durante la vigilia y debemos confiar profundamente en él.

¿Cuál es el propósito del Dharma? Su propósito principal es permitirnos actuar de modo útil al momento de la muerte. Para aquellos que practican las enseñanzas del Buda durante su vida, la experiencia de la muerte no es terrible porque es un evento cuyos pasos y procesos son conocidos. Tales practicantes se mantienen conscientes y confiados durante la experiencia y la aceptan tranquilamente. Gracias a la práctica del Dharma podemos saber que hacer y como evitar las trampas al momento de la muerte. Se pueden utilizar muchos métodos. El más simple consiste en pedir sinceramente un renacimiento en la tierra pura del Buda Amithaba, la tierra del Dewachen. Amithaba expresó fuertes deseos de que cuando se iluminara de su mente apareciera un mundo el cual fuera accesible a todos los seres sin excepción. Su deseo fue que cualquiera que confiara en su tierra pura y pidiera profundamente renacer en ella pudiera hacerlo sin dificultad. Cuando alcanzó la iluminación su deseo se hizo realidad y de la mente pura de Amithaba se manifestó un mundo accesible a todos. El Buda Sakyamuni describió esa tierra pura: el mundo del Dewachen.

La práctica no es sólo útil al momento de la muerte; es también de gran valor en nuestra vida porque puede erradicar el sufrimiento que encontramos. Practicar el Dharma nos permite la transformación de cualquier situación en algo útil. Nos liberamos del sufrimiento y lo transformamos en felicidad. Así que es necesario tener una confianza total en esa cualidad de la práctica de las enseñanzas del Buda.

La mejor practica para nosotros es la meditación en el Buda Ojos Amorosos, y la repetición de su mantra: OM MANI PEME HUNG. Ojos Amorosos es la expresión de la compasión de todos los Budas la cual aparece simbólicamente bajo esa forma para ser accesible a todos los seres. Esa compasión esta siempre vinculada con el vacío. Si meditamos en Ojos Amorosos y repetimos su mantra, el amor y la compasión se desarrollan naturalmente en el flujo de nuestra mente, y la experiencia del vacío surge lentamente. Se dice en las enseñanzas que si cultivamos la compasión y el amor, eventualmente la verdadera realización del vacío del Dharmakaya aparecerá en nosotros. Es bueno practicar regularmente esa meditación con gozo y confianza para fortalecer en nosotros el deseo de renacer en el Dewachen. La presencia constante de ese deseo en nuestra mente asegurará que al momento de la muerte estaremos más allá del deseo de vivir una vida en particular en este mundo. Toda nuestra atención estará focalizada en el deseo de renacer en la Tierra Pura de Dewachen. Si no tenemos dudas y lo deseamos desde el fondo de nuestro corazón, es seguro que ocurrirá.

Al momento de la muerte, debemos estar libres de todo temor y no pensar que podemos experimentar sufrimiento. Al contrario, debemos recordar todas las acciones positivas cometidas en nuestra vida y dedicarlas al beneficio de todos los seres vivos. Imaginamos que ellos se benefician de los efectos de nuestro buen karma, que son felices y que ese buen karma los beneficiará en su camino hacia la iluminación. Ayudar a las personas de esa forma generará un sentimiento en nosotros de gran alegría. Entonces tomamos todo el sufrimiento, enfermedades y obstáculos de todos los seres. Imaginamos que se mezcla con nuestra propia experiencia de muerte y deseamos profundamente aniquilar todo sufrimiento y karma negativo. La mente se estabiliza en un estado libre de toda dualidad y fuertemente desea que luego de la muerte, nuestro cuerpo, habla y mente se unan para beneficiar a todos los seres. Deseamos: "Cada vez que las personas tengan una necesidad, o piensen en algo que deseen, puedan mi cuerpo y mente transformarse en algo que ellos puedan disfrutar". Morir con ese deseo en mente crea un renacimiento con las condiciones favorables para la iluminación. Renaceremos con una mente despierta que en esa nueva vida nos permitirá alcanzar la Budeidad rápidamente porque estamos beneficiando a otros efectivamente. Renaceremos con muchas cualidades y capacidades físicas que nos permitirán ser de máxima ayuda a todos los seres. Esa es la razón por la cual es tan importante expresar ese deseo al momento de la muerte, y morir con ese estado mental.

Esa actitud puede ser transmitida cuando estamos ayudando a alguien que esta muriendo. Debemos hacer todo lo posible por asegurarnos que la persona esta muriendo con un estado mental positivo. Aún si la persona no conoce las enseñanzas del Buda y por lo tanto no puede practicar los métodos mencionados anteriormente con determinación, podemos animar a la persona para que muera con una mente tranquila. El estado mental de la persona que esta muriendo es lo más importante. La persona experimenta intensas emociones, sufrimiento, esta muy agitada, nerviosa, temerosa y muy débil, todo esto desestabiliza la mente. Debemos mostrar siempre gran gentileza en nuestros gestos físicos y nuestras palabras, y debemos evitar cualquier acción o palabra que cause ira en la persona, o sentimientos de celos u orgullo, o cualquier emoción que cause circunstancias desfavorables en la muerte.

Al momento de morir, debemos evitar absolutamente el odio, la rabia, los celos y el orgullo, y debemos asegurarnos que otras personas no experimenten tales emociones al momento de su muerte. Si por nuestra actitud o nuestras palabras inducimos a la rabia a una persona que esta muriendo, la presencia de esa fuerte emoción en el momento justo de la muerte crea un karma negativo cuya consecuencia inmediata es un renacimiento en los reinos inferiores. Si nosotros somos la causa de esa emoción somos los responsables de ese renacimiento bajo, lo que crea un karma negativo para nosotros mismos. Por lo tanto debemos adoptar modales gentiles y cuidadosos con la persona que esta muriendo y debemos evitar cualquier acción o palabra capaz de torturarlos. Si tal actitud positiva es practicada hacia los moribundos, entonces al momento de nuestra muerte evitaremos cualquier emoción negativa que nos conduzca a un renacimiento en los reinos inferiores.

¿Por que es tan importante el momento de la muerte?. Ese es el momento donde la mente esta libre de cualquier apego al cuerpo y al mundo. La mente esta perfectamente desnuda, completamente llena de consciencia vacía y por lo tanto muy poderosa. El más pequeño pensamiento en ese estado mental automáticamente tiene un enorme impacto. Si ese pensamiento es una emoción, la mente es inmediatamente trasladada a un reino basado en esa emoción. Mientras estamos vivos no podemos entender lo que ese estado significa porque no experimentamos la mente perfectamente desnuda. Estamos constantemente conceptualizando el mundo y nuestro propio cuerpo, así que nunca experimentamos la desnudez. Mientras estamos vivos estamos constantemente agitados por pensamientos e ideas. Estamos experimentando también un flujo constante de distracciones externas. Una parte de esa agitación es placentera, se ajusta a nuestra posición actual y no genera ninguna reacción negativa en nuestra mente. Pero otras situaciones pueden generar perturbaciones y confundir la mente. Ya sea que disfrutemos o no de una situación es importante no reaccionar con nuestro primer impulso. Debemos aprender a evitar que nuestra mente sea influenciada por las ideas y reacciones que surgen en ella misma. Debemos mejorar nuestra vigilancia. Sea lo que sea que hagamos debemos permanecer totalmente conscientes de lo que sucede en nuestra mente, de modo que no reaccionemos automáticamente sin tiempo de pensar cual es la mejor respuesta. Sin esa vigilancia una mente negativa, crea circunstancias negativas que se convierten en reacciones negativas, creando aún más karma negativo. La única solución para salir de ese círculo vicioso y evitar renacer en una vida llena de sufrimientos es desarrollar una consciencia pura y una vigilancia siempre presente.

Al momento de la muerte, ofrecemos nuestro cuerpo, habla y mente y todas nuestras acciones positivas pasadas a todos los seres, con el deseo de que satisfaga sus necesidades y los ayude a alcanzar la iluminación. Entonces dejamos a la mente descansar en la intención pura de renacer en la tierra de Amithaba. Visualizamos al Buda Amithaba enfrente de nosotros para ayudar a mantener esa idea en la mente. De hecho es el lama raíz el que aparece bajo la forma de Amithaba. Lo dibujamos muy claramente y desarrollamos una fuerte confianza en su presencia. Le ofrecemos todas las riquezas obtenidas durante nuestras vidas, todas nuestras pertenencias incluyendo nuestro cuerpo, sin guardar nada para nosotros mismos, sin olvidar nada. Estamos conscientes de que nuestros apegos son obstáculos para un renacimiento en la tierra pura de Amithaba. Le ofrecemos todo a Amithaba y nos sentimos libres de cualquier atadura a nuestra vida que acaba de terminar.

Si continuamos experimentando apegos, nuestras antiguas posesiones nos preocuparan después de la muerte. Tendremos visiones de otras personas tomando nuestras posesiones, lo cual producirá celos y nos aturdirá. Esas emociones nos llevarán hacia reinos bajos de existencia. Urge entonces ofrecer absolutamente todo, incluido nuestro cuerpo, a los Budas para que no exista ningún obstáculo; de esta forma nada genera apegos y nos aseguramos de seguir nuestro camino a la liberación. Así que al momento de la muerte debemos fijar nuestra mente en el deseo de alcanzar el Dewachen y enfocar nuestra consciencia en ese objeto. Si mantenemos el deseo de renacer en Dewachen, y estamos conscientes de la presencia de Amithaba, nuestra consciencia naturalmente abandonará nuestro cuerpo, e irá directamente a la tierra de Amithaba. Nuestro renacimiento ocurre inmediatamente dentro de una flor de loto en la tierra del Dewachen. Esa flor de loto se abre y aparece para nosotros la tierra pura. Nuestro cuerpo no esta hecho de carne y sangre sino de luz. Ese renacimiento instantáneo que podemos llamar milagroso es de hecho fácil de realizar.

Una vez que renacemos en la tierra pura de Dewachen ningún esfuerzo es necesario. Todo lo que deseamos o queremos aparece espontáneamente, sin necesidad de trabajar o hacer algo. Si queremos ir a la tierra pura podemos aparecer instantáneamente allí sin necesidad de ningún sistema de transporte. Viajamos instantáneamente en el cuerpo espiritual. Podemos también dejar el Dewachen para ayudar a las personas en el bardo, donde van de una vida a otra en un estado de confusión, podemos manifestarnos en ese estado intermedio y seguir ayudando a las personas eficientemente. También es posible reaparecer en los mundos ordinarios de los reinos vivos para ayudar a los seres. Todas esas experiencias se realizan sin sufrimiento y sin la necesidad de nacer o morir porque estamos más allá de esos estados. En la tierra pura del Dewachen constantemente escuchamos, memorizamos y entendemos las enseñanzas directamente del Buda Amithaba. Así automática y espontáneamente nos volvemos Budas y Bodisatvas sin seguir el largo y complejo camino de seguir los pasos uno por uno. Dentro del corazón de Amithaba hay una esfera de luz que contiene a Guru Rinpoche. Del corazón de Amithaba emergen una cantidad enorme de Guru Rinpoches. Todos ellos actúan para beneficiar a todos los seres en diferentes estados de existencia. De la mano derecha de Amithaba surge una constante cadena de representaciones de Chenrezig que actúan para el beneficio de todos. De su mano izquierda millones de Taras Verdes fluyen para proteger a las personas del temor y liberarlas del sufrimiento.

Debido a que realizamos algunas acciones negativas en nuestras vidas pasadas renacimos en esta vida con un cuerpo hecho de diferentes elementos cuya naturaleza produce sufrimiento. Eso significa que nuestra vida actual es la realización de la noble verdad del sufrimiento. Nuestra vida humana actual es muy corta comparada con el tiempo que continuaremos en los ciclos de renacimiento hasta que alcancemos la liberación. Desarrollar la motivación de renacer en el Dewachen en el momento de la muerte es la manera más efectiva de evitar cualquier posibilidad de renacer en esos estados de sufrimiento. En el momento de la muerte debemos decidir cortar con cualquier apego a esta forma de vida, a este sufrimiento que es nuestro cuerpo y mente, e ir directamente al Dewachen. Eso detendrá completamente el ciclo de existencias y el sufrimiento asociado a el.

Esas explicaciones son un poco como abrir la puerta al Dewachen. Para ir allí uno simplemente necesita seguir las instrucciones que han sido dadas.

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domingo, 8 de novembro de 2009

A Arte da Imperfeição - por Adília Belloti

Não sou muito chegada a repassar mensagens que me chegam por e-mail, mas essa é tão a minha cara que acho que a pessoa que me mandou, manienta também que nem eu, costurou ela própria a carapuça só olhando prá mim, calculando a medida no olhômetro. Ou então, eu olhando para meu wabi sabi, não seria "uma boba que encanta a todos com seu jeito despretensioso"? Minha querida, Si. Estou repassando seu e-mail via blog!

A arte da Imperfeicão


Adília Belloti


Não sei quanto a você, mas eu ando definitivamente exausta de correr atrás da perfeição. No outro dia me peguei medindo as toalhas de banho dobradas para que elas formassem impecáveis pilhas no meu armário. Uma amiga me diz que arruma os vidros de tempero por ordem alfabética!? E o pediatra solta um comentário bem-humorado sobre mães que se sentem pessoalmente insultadas quando seus filhos ficam gripados. Como se gripe fosse uma espécie de tinta que manchasse a perfeição dos seus pimpolhos... Nosso índice de tolerância aos "defeitos de fabricação" do universo anda mesmo muito baixo. E isso nos torna a espécie mais reclamona do universo, provavelmente a única, mas é que tenho algumas dúvidas se bois e vacas interiormente não reclamam daquelas moscas sempre em volta dos seus rabos... Passamos um bocado de tempo tentando caber nas molduras que inventamos para nós. Isso quando escapamos de tentar vestir à força as expectativas que OUTROS criaram para NÓS. Senão, me digam por que seres humanos razoáveis investiriam tanto tempo, dinheiro e energia para tentar recuperar a imagem que tinham aos 18 anos? Por estas e por outras tantas foi que quando terminei de ler aquele livrinho senti que tinha recebido uma revelação divina! É só um livreto, mas, ao contrário, desses livros bonitinhos que a gente compra como se fosse um cartão para dizer "Feliz Aniversário" ou "Como eu gosto de você", não é tão fácil assim de ler. Muito menos de pôr em prática os conselhos da autora. Em português acabou chamando "A arte de viver bem com as imperfeições". Uma pena, eu penso. O título em inglês é "The Art of Imperfection" ou A Arte da Imperfeição. Assim, simplesmente. Teria sido melhor. Porque é disto que Véronique Vienne fala no seu pequeno livro: das formas de perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo perfeito que tentamos, sempre em vão, construir para nós. Você conhece aquela história de que os tapetes persas sempre tem um pequeno erro, um minúsculo defeito, apenas para lembrar a quem olha de que só Deus é perfeito? Pois é, a Arte da Imperfeição começa quando a gente reconhece e aceita nossa tola condição humana. Véronique Vienne dividiu seu manual em dez capítulos de títulos muito sugestivos: a arte de cometer erros, a arte de ser tímido, a arte de se parecer consigo mesmo, a arte de não ter nada para vestir, a arte de não ter razão, a arte de ser desorganizado, a arte de ter gosto, não bom-gosto, a arte de não saber o que fazer, a arte de ser tolo, a arte de não ser nem rico nem famoso. E encerra o livro com 10 boas razões para ser uma pessoa comum. "A história está cheia de criaturas incompetentes que foram muitíssimo amadas, desajeitados com personalidades cativantes e gente boba que encanta a todos com seu jeito despretensioso. O segredo? Aceitar nossas falhas com a mesma graça e humildade com que aceitamos nossas melhores qualidades", ela diz. E propõe: "Perdoe a si mesmo. (...) Você não precisa ser perfeito para ser um ser humano bem-sucedido. De fato, com mais freqüência do que imaginamos, o desejo de acertar impede as coisas de melhorarem e a necessidade de estar no controle aumenta a desordem e o caos". A Arte da Imperfeição, no entanto, não se limita ao reconhecimento das imperfeições humanas. Também tem a ver com nosso jeito de olhar para as coisas mais banais, mais corriqueiras e enxergá-las com outros e mais benevolentes olhos. Leonard Koren, um designer americano, publicou alguns livros tentando revelar para o nosso jeito ocidental as delicadezas do olhar wabi sabi. Wabi sabi é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas. O termo é quase que intraduzível. Na verdade, wabi sabi é um jeito de "ver" as coisas através de uma ótica de simplicidade, naturalidade e aceitação da realidade. Contam que o conceito surgiu por volta do século 15. Um jovem chamado Sen no Rikyu (1522-1591) queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá. E foi procurar o grande mestre Takeno Joo. Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim. Rikyu lançou-se ao trabalho feliz. Limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar. Ao terminar, examinou cuidadosamente o que tinha feito: o jardim perfeito, impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas caprichadamente ajeitadas. E então, antes de apresentar o resultado ao mestre Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão. Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro. Rikyu virou um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição. O que a historinha de Rikyu tem para nos ensinar é que estes mestres japoneses, com sua sofisticadíssima cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo, conseguiram perceber que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar. E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte; efêmeras e frágeis. Eles enxergaram a beleza e a elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo. Um velho bule de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada da avó, a cadeira de madeira branqueada de chuva que espreguiça no jardim, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que deixou entrar e sair. Wabi sabi é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela. Para os olhos artistas de Leonard Koren wabi sabi é inseparável da sabedoria budista que ensina: Todas as coisas são impermanentes. Todas as coisas são imperfeitas. Todas as coisas são incompletas. Daí olhar para elas de um modo wabi sabi é ver: A beleza que existe naquilo que tem as marcas do tempo (a velha cadeira de balanço com sua pintura já gasta tomando o solzinho que entra pela janela é wabi sabi) A beleza do que é humilde e simples (em vez de sofisticado e cheio de ornamentos inúteis) A beleza de tudo que não é convencional (quer algo mais wabi sabi do que servir à luz de velas e em toalhas de renda um simples hamburguer?) A beleza dos materiais que ainda guardam em si a natureza (wabi sabi é definitivamente papel, algodão, velhos e nobres tecidos, nada de plástico) A beleza da mudança das estações (que tal experimentar descobrir os primeiros verdes fresquinhos e brilhantes que anunciam a primavera?) A Arte da Imperfeição é ver a vida com a tranquilidade de quem sabe que a busca da perfeição exaure nossas forças e corrói nossas pequenas alegrias. Porque, como disse Thomas Moore, "a perfeição pertence a um mundo imaginário".