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O problema é quando me apego à raiva e sinto aversão por alguém que certamente sentiu inveja de mim e me prejudicou, coisa que hoje não sinto nem faço mais. Perda de tempo e energia.
Aí, a raiva fica rondando minha mente. Está ali, escondida, calada, sorrateira, sorrelfa, astuta e dissimulada. Na hora em que menos espero, a tal pessoa surge na mente ou na minha frente - o que dá na mesma - e a raiva aparece de novo e, como uma cobra, me dá o bote! Péssimo!
Tenho orgulho, e muito! Às vezes me pego fazendo apologia de mim mesma: eu sei, eu conheço, eu tenho, eu sou, eu, eu , eu! Mas peço perdão e desculpa com muita facilidade o que já é uma certa forma de orgulho.
Melhor do que culpa, seria sentir vergonha, guardar a cara no armário, meter-me sob os lençóis, trancar-me no quarto, mais perto da humildade e da humilhação.
Agora, ignorância? Pelo Sublime! Demais! Que vergonha!
Mas hoje testei minha paciência. Sentada de frente para um relógio inevitavelmente contei cinquenta minutos de nervosia, desabafo e gritaria da minha irmã que não tem a menor tolerância e lá vou eu julgar uma pessoa... que vergonha! Mas, mesmo assim, alguém sabe quanto vale a hora de um psicólogo?