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domingo, 3 de maio de 2009

Transformando o veneno

“No budismo tibetano, o pavão é conhecido por comer plantas venenosas, transformando as toxinas nas cores radiantes de suas próprias penas. Ele não se envenena. Da mesma forma nós, que advogamos a paz, não devemos nos envenenar com a raiva, mas considerar com equanimidade todos que praticam a violência, permanecendo constantemente conscientes de nosso próprio estado mental. Se nos tornarmos raivosos em nossos esforços, devemos recuar e recuperar a perspectiva compassiva.”

Chagdud Tulku Rinpoche.

Ovelhas


E eu estou no bando, sou uma delas, a negra da família. Uma maria-vai-com-as-outras. Fui inventar de entrar em Orkut - já tive contrariedades - depois no Facebook, Twitter - não sei prá que serve aquilo - e agora no MySpace. É isso mesmo, tudo junto. Que complicação! Confusão, sô, custei chegá! Me lembrei do seu Zé do L'Atelier. Putz! Anos 70 pacas! Mas, então, voltando às ovelhas. E agora? Saio, fico? Vou com elas pro abatedouro? Eu quero ter amigos é de verdade, quer dizer, desses de carne e osso, sabe? Que a gente encontra e abraça, né? Tô lá eu querendo ser amigo virtual de Sting, Seal, Peter Gabriel, Jamiroquai e outros tantos? Só prá ter a ilusão e virtual ainda por cima, de que eles são meus amigos só porque mandaram um recadinho? Ah, quero não. Tá certo que eu gosto de música, mas os que eu gosto muito, mas muito mesmo, não estão lá. E se estão, dão uma de estrelinha, e nem te respondem. Se eu quero música free, 0800, vou no YouTube. Às vezes fico pensando que devia ficar com meu bom e velho e-mailzinho, o Google que sabe tudo e ainda tem imagens do jeito que a gente quer e meu blog que eu amo de paixão. Mas bom mesmo era quando a gente recebia carta escrita à mão, ficava cercando a hora que o carteiro passava. Hoje, se você gasta papel, é acusado de estar acabando com as árvores. Eu planto, gente. Eu planto! Vou resolver isso amanhã porque travesseiro é que é bom conselheiro.