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sábado, 20 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal para Ani Zamba de S

"Querida AZ

Há algum tempo atrás, ouvi um ensinamento muito precioso. Agora, lendo seu texto sobre o Natal, lembrei-me das simples e comoventes palavras e senti meu coração aquecido.

Temos o poder de reconhecer nossos corações, nossos sentimentos, nossas emoções, nossas percepções. Não devemos reprimi-los. Mas, precisamos de tempo e espaço para olhar para elas e reconhecê-las como elas são. Para sermos capazes de fazer isso temos que estar presentes aqui e agora interconectados com todos os seres.

Muitas vezes, nosso corpo está ali, mas nossa mente está em outro lugar. A prática que o Buda nos ofereceu é a prática da consciência, de viver consciente. “O Reino de Deus” ou “A Terra Pura dos Budas” não são uma idéia. São uma realidade. Toda vez que estamos conscientes, toda vez que estamos concentrados e relaxados neste estado, podemos nos conectar com esse reino para a nossa transformação e cura. É claro, inferno, o reino dos fantasmas famintos e tudo o mais também estão aí, no momento presente, mas o reino do despertar também está aí e nós só temos que escolher entre eles.

Quando estamos inteiramente presentes no aqui e agora, observando nossos pensamentos, sentimentos e emoções, eles não são a realidade e não precisamos ser sugados por eles. Podemos manter nossa liberdade e isso é muito importante. Mesmo quando pensamentos negativos ou positivos surgem, devemos nos lembrar que nossos pensamentos são só pensamentos e isso nos permitirá que a sabedoria, a compaixão, o amor e a equanimidade entrem em ação para nos ajudar e a todos os seres sencientes.

Ao nos reunir neste Natal e na véspera do Ano Novo, podemos tomar consciência de que a Terra Pura dos Budas ou o Reino de Deus está sempre lá para nós. Tudo que precisamos é tomar refúgio na liberdade, o que significa lembrar-se do Buda das Três Jóias (a Pura Natureza Última) do Dharma (o caminho para alcançar esta Natureza Última) e da Sangha. A sangha do Buda e dos bodisatvas e a sangha dos seres sencientes, os que estão no caminho, os que estão apenas tentando sobreviver. Podemos abraçá-los todos e sentir profundamente que estamos integrados como uma grande empresa além do tempo e do espaço.

Com amor e respeito.
S."