-->

domingo, 30 de janeiro de 2011

Postura, corpo e mente.

"Se você está sentado e sua mente não está em total sintonia com o seu corpo, se você estiver, por exemplo, ansioso ou preocupado com alguma coisa, seu corpo vai experimentar um desconforto físico, e as dificuldades vão surgir com mais facilidade. Considerando que, se sua mente está em um estado de calma e inspiração, isto irá influenciar toda a sua postura e você pode sentar-se muito mais naturalmente e sem esforço. Por isso, é muito importante unir a postura de seu corpo com a confiança que decorre da sua percepção da natureza da sua mente."

"If you are sitting, and your mind is not wholly in tune with your body—if you are, for instance, anxious or preoccupied with something—your body will experience physical discomfort, and difficulties will arise more easily. Whereas if your mind is in a calm, inspired state, it will influence your whole posture, and you can sit much more naturally and effortlessly. So it is very important to unite the posture of your body and the confidence that arises from your realization of the nature of your mind."

Rigpa - Glimpse of The Day- Sogyal Rinpoche.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dalai Lama Quote of the Week

Reflita sobre o padrão básico de nossa existência. A fim de fazer mais do que apenas sobreviver, precisamos de abrigo, comida, companheiros, amigos, a estima dos outros, recursos e assim por diante, essas coisas não surgem de nós mesmos, mas são todas dependentes dos outros. Suponha que uma única pessoa estava vivendo sozinha em um lugar remoto e desabitado. Não importa o quão forte, saudável, educada ou esta pessoa fosse, não haveria possibilidade de ela levar uma existência feliz e gratificante .... Tal pessoa pode ter amigos? Ser conhecida? Essa pessoa pode se tornar um herói, se ele ou ela deseja se tornar um? Acho que a resposta a todas estas perguntas é um não definitivo, porque todos esses fatores acontecem apenas em relação a outros seres humanos.

Quando você é jovem, saudável e forte, às vezes você pode obter a sensação de que é totalmente independente e não precisa de ninguém. Mas isso é uma ilusão. Mesmo naquela idade principal de sua vida, simplesmente porque você é um ser humano, você precisa de amigos, não é? Isto é especialmente verdade quando nos tornamos velhos e precisamos confiar mais e mais na ajuda dos outros: esta é a natureza de nossas vidas como seres humanos.

Pelo menos em um sentido, podemos dizer que as outras pessoas são realmente a principal fonte de todas as nossas experiências de alegria, felicidade e prosperidade, e não apenas em termos de nossas relações do dia-a-dia com as pessoas. Podemos ver que todas as experiências desejáveis que apreciamos ou aspiramos alcançar são dependentes da cooperação e interação com os outros. É um fato óbvio.

Da mesma forma, do ponto de vista de um praticante budista, muitos dos altos níveis de realização que você ganha e o progresso que você faz no seu caminho espiritual são dependentes da cooperação e da interação com os outros. Além disso, na fase da iluminação completa, as atividades de um buda de compaixão podem surgir espontaneamente, apenas em relação a outros seres, pois esses seres são os destinatários e beneficiários dessas atividades iluminadas.

o0o

Reflect on the basic pattern of our existence. In order to do more than just barely survive, we need shelter, food, companions, friends, the esteem of others, resources, and so on; these things do not come about from ourselves alone but are all dependent on others. Suppose one single person were to live alone in a remote and uninhabited place. No matter how strong, healthy, or educated this person were, there would be no possibility of his or her leading a happy and fulfilling existence.... Can such a person have friends? Acquire renown? Can this person become a hero if he or she wishes to become one? I think the answer to all these questions is a definite no, for all these factors come about only in relation to other fellow humans.

When you are young, healthy, and strong, you sometimes can get the feeling that you are totally independent and do not need anyone else. But this is an illusion. Even at that prime age of your life, simply because your are a human being, you need friends, don't you? This is especially true when we become old and need to rely more and more on the help of others: this is the nature of our lives as human beings.

In at least one sense, we can say that other people are really the principal source of all our experiences of joy, happiness, and prosperity, and not only in terms of our day-to-day dealings with people. We can see that all the desirable experiences that we cherish or aspire to attain are dependent upon cooperation and interaction with others. It is an obvious fact.

Similarly, from the point of view of a Buddhist practitioner, many of the high levels of realization that you gain and the progress that you make on your spiritual journey are dependent upon cooperation and interaction with others. Furthermore, at the stage of complete enlightenment, the compassionate activities of a buddha can come about spontaneously only in relation to other beings, for those beings are the recipients and beneficiaries of those enlightened activities.
(p.5)  from The Compassionate Life by Tenzin Gyatso, the 14th Dalai Lama

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Citação - Quote

Os budas e bodisatvas veem claramente que a nossa negligência com os outros, a nossa auto condenscendência e o nosso desprezo para com a ligação entre as ações e os seus efeitos são responsáveis por todas os nossos sofrimentos. A sensação de que, não importa o que façamos contanto que possamos ir além, mata as nossas possibilidades de libertação e de iluminação. Nosso egoísmo nos rouba as boas qualidades mundanas e supramundanas, deixando-nos nus e de mãos vazias. Ele nos separa da felicidade, agora e no futuro e nos prende aos grilhões do sofrimento.
Tomem a resolução de nunca mais se deixar dominar por esta maneira mesquinha e egoísta de pensar e de fazer tudo ao seu alcance para combatê-lo. Sua felicidade começa no momento em que você reconhece sua auto-condencendência como seu inimigo principal. Há muitas boas razões de porque o fato de acalentar os outros faz sentido. Shantideva diz:
O estado de Buda é realizado
Igualmente por meio de seres vivos e vitoriosos.
Que tipo de comportamento, então, é para reverenciar
Os Vitoriosos , mas não os seres vivos?
... Se realmente quisermos agradar os budas e bodisatvas e todos os seres nobres do mundo a quem admiramos e de quem os únicos princípios orientadores são o afeto, o amor e a compaixão pelos outros, não podemos fazer nada melhor do que valorizar os seres vivos.
o0o
Buddhas and Bodhisattvas see clearly that our neglect of others, our self-preoccupation and our disregard for the connection between actions and their effects are responsible for all our miseries. The feeling that it doesn't matter what we do as long as we can get away with it kills our chances of liberation and enlightenment. Our selfishness robs us of worldly and supramundane good qualities, leaving us naked and empty-handed. It separates us from happiness now and in the future and fetters us to suffering.
Resolve never again to let yourself be dominated by this mean and selfish way of thinking and do everything in your power to combat it. Your happiness begins the moment you recognize self-cherishing as your chief foe. There are many good reasons why cherishing others makes sense. Shantideva says:
The state of Buddhahood is accomplished
Equally through living beings and Victorious Ones.
What kind of behavior then is it to revere
Victorious Ones but not living beings?
...If we truly want to please Buddhas and Bodhisattvas and all those noble beings in the world whom we admire and whose sole guiding principles are their affection, love and compassion for others, we can do nothing better than to cherish living beings.

(p. 100) from The Three Principal Aspects of the Path an oral teaching by Geshe Sonam Rinchen, translated and edited by Ruth Sonam, published by Snow Lion Publications

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O nosso maior inimigo.

O primeiro inimigo não seria nosso próprio corpo? É isto mesmo. Vamos pensar juntos.

Basta prestar atenção ao que dizem os jornais, as revistas, o radio e a tv. Temos um corpo absolutamente errado. Após 140 mil anos de adaptações, algumas muito provavelmente bastante difíceis, o homem moderno, ocidental, que tem o pensamento da ciência fundamentada no consumo nos dá a clara lição: nosso corpo é um erro.

Por faltar anti depressivos em nosso organismo ficamos tristes. Se faltar remédios para o colesterol ele sobe e quer trancar as artérias do coração e nos matar. Se faltar antibióticos pegamos infecções. Se faltar medicamentos para a febre, podemos nos descobrir com temperaturas elevadas. Se faltar anti-concepcionais engravidamos. Se faltar anoréticos comemos demais e engordamos. Se faltar viagra falta boas ereções. Se faltar ritalina as crianças são hiperativas. Se faltar valium ficamos ansiosos. Se faltar isoflavonas e hormônios artificiais as mulheres da menopausa ficam cheias de problemas. Se faltar flúor ficamos com cáries. Se faltar antiinflamatórios ficamos com reumatismo, dores nas costas, bursites, tenditines e dor em todo o lugar do corpo.

A lista é riquíssima. O canal de parto é um equívoco na raça humana, e graças Deus temos a cesariana. A mamas estranhamente dão leite para os filhos de todos os mamíferos, mas entre os humanos isto só ocorre se as mulheres da espécie são lembradas para tal. Assim se a cirurgia plástica feita muito cedo pode impedir a amamentação, isto não é problema, pois em nosso espécie a mama é ornamento erótico, para um sexo que não foi feito para gerar filhos. Aliás quem sabe num futuro bem próximo os filhos sejam gerados apenas em laboratório, assim todo o equipamento reprodutor seria algo desnecessário e até comprometedor pois expõe os humanos à injustos cânceres. Se a pessoa é muito obesa que se corte o estômago. Se o útero, os ovários, as amígdalas, as adenóides, a tireoide, as mamas, a vesícula, o baço, o apêndice está mal... que se tire do corpo. Se o coração ficou muito fraco que se troque por outro. Se o fígado está fraco que se troque de fígado.

Não há dúvida o ser humano, iluminado, boníssimo, generoso, amoroso, integrado com a natureza de maneira tão bela não merece este corpo humano tão fajuto, não é mesmo?

Há um conto interessante. Havia em algum lugar uma aldeia em que todos os seus habitantes usavam bengalas para facilitar o caminhar. Quando começavam a se erguer recebiam pequenas instrumentos de madeira que se transformariam mais tarde em fundamentais bengalas. Assim todos os primeiros passos eram amparados e garantidos em seu sucesso com este maravilhosos instrumento. E assim era para ser... Uma vez, um jovem da tribo se afastou demais de um grupo de homens que estava na floresta próxima e se viu sozinho. Desafortunadamente, uma fera, um felino predador o percebeu solitário e foi para cima do jovem, que imediatamente começou a correr. Entretanto para seu desespero, ele cai e quebra sua bengala. Por instinto se levanta e tenta andar e correr. E como correu. Foi suficientemente hábil para escapar do fim que parecia inevitável. Feliz, retorna à aldeia, e festivamente brada: "Vocês não podem acreditar. Perdi minha bengala, mas descobri que fiquei mais rápido sem ela. Consegui escapar de uma fera. E tenho certeza que todos aqui podem, facilmente aprender a fazer isto!" Os líderes supremos ficaram furiosos. "Você está é louco! Onde já se viu uma pessoa normal sem bengalas!!!" "Ou você retorna a usar uma linda e necessária bengala ou ficará preso juntos dos loucos, ou quem sabe dos criminosos desta terra" "Aqui só podemos tolerar os que usam bengalas, pois são estas pessoas que geram a riqueza e a estabilidade de nossa comunidade!" "Volte à normalidade e deixe tudo como está!"

A nossa nova normalidade pressupõe que nós devemos utilizar, que nós devemos acreditar piamente em tudo que o sistema nos oferece. E com certeza ele nos oferece toda a parafernália de instrumentos, medicamentos, alimentos e intervenções corporais que melhoram nossa saúde! Apesar de cada haver mais gente doente na terra, apesar de cada vez mais gente morrer dos medicamentos e técnicas terapêuticas, por algum motivo somos levados a crer que o que existe agora é o melhor! E o corpo inimigo é o maior gerador de consumo nestes tempos modernos...

Ironias a parte, o que parece mesmo é que nossa cultura, nossa formação social, nos colocou numa situação peculiar de confronto permanente com o nosso corpo físico. E o mais impressionante é ver como as pessoas não têm idéia de porque adoecem. Elas acreditam que isto independe de suas histórias pessoais, seus decisões, seus modos de vida, seus empregos e suas maneiras de entenderem a existência.

Estamos no século XXI, e após todo o sofrimento que a falta de amor, as guerras, a fome, a injustiça, a violência, o autoritarismo, a insensibilidade já impôs ao ser humano, apesar de toda a história conhecida ainda festejamos a descoberta da rosa azul transgenica, o computador cada vez mais rápido e o celular que toca musica e vê vídeos, mesmo sem conseguir evitar que uma criança na esquina de nossas ruas passe fome. Muito menos que outras morram de fome. E menos ainda que morram em guerras que não são delas.

A evolução tecnológica não qualificou um milímetro a nossa integração com a natureza, nossa compaixão e a nossa capacidade de amar.

Ela, absolutamente, não gera mais humanidade. Em algum lugar do passado nos esquecemos do principal...

(José Carlos Brasil Peixoto, 29-09-2004)

O Garuda


Os Tantras do Dzogchen, os antigos ensinamentos a partir dos quais as instruções bardo do vir a ser, fala de uma ave mítica, o Garuda, que nasce totalmente crescido. Esta imagem simboliza a nossa natureza primordial, que já está completamente perfeita. O filhote garuda tem todas as suas penas das asas plenamente desenvolvidas no interior do ovo, mas não podem voar antes que ele abra. Só no momento em que as fissuras do ovo se abrirem, o garuda pode sair e sobir para o céu. Da mesma forma, os mestres nos dizem, as qualidades do estado de Buda são veladas pelo corpo, e logo que o corpo for descartado, elas serão radiantemente exibidas.

The Dzogchen Tantras, the ancient teachings from which the bardo instructions come, speak of a mythical bird, the garuda, which is born fully grown. This image symbolizes our primordial nature, which is already completely perfect. The garuda chick has all its wing feathers fully developed inside the egg, but it cannot fly before it hatches. Only at the moment when the shell cracks open can it burst out and soar up into the sky. Similarly, the masters tell us, the qualities of buddhahood are veiled by the body, and as soon as the body is discarded, they will be radiantly displayed.
 
Glimse of the Day - Sogyal Rinpoche

domingo, 16 de janeiro de 2011

Síndrome do Pânico - Por favor, respeitem quem tem!

 Um aviso de enorme perigo iminente ao cérebro onde não há perigo algum!
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_do_P%C3%A2nico

sábado, 15 de janeiro de 2011

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O que se trás de uma viagem!

Saí do Khadro Ling às sete e dez da manhã já na correria com medo de perder o vôo. E, quem me conhece, sabe que eu detesto correria, stress. Não foi prá isso que eu fui pro sul. Só que lá a gente fica só por conta dos ensinamentos e iniciações, sorvendo cada palavra de Jigme Rinpoche, muito calados. Não tive nenhum contato com televisão, rádio ou qualquer meio de comunicação externa. Afinal, estava re-ti-ra-da! Resultado: na hora de voltar, corri à toa! A van do Airton correu à toa! Paguei, desci, despedi rapidinho e entrei prá dentro do aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre prá dar de cara com uma fila enorme. Acho que alguém notou minha cara aflita e me colocou numa fila menor e fui atendida em poucos instantes. Subi e fiquei na boca do portão de embarque esperando, esperando, esperando. O vôo é adiado. E eu achando aquilo muito estranho. Um rapaz do meu lado parecia conversar sozinho reclamando, xingando. Realmente é desagradável. Eu estava super cansada, afinal acordar às seis da manhã e dormir depois de meia noite por cinco dias seguidos não é fácil. Mâs... paciência. Não temos controle sobre tudo como gostaríamos de ter. Não temos controle de nada. Todos os vôos que eu peguei, Porto Alegre prá São Paulo, São Paulo prá Belo Horizonte atrasaram. Trouxe essa lição que já sabia teoricamente, mas desta vez, tive que fazer o para-casa na marra e manter a calma e a paciência. Trouxe de lá muito cansaço, calor, muitos amigos no coração, uma paisagem maravilhosa dividida com quase quinhentas pessoas e muita coisa prá aprender! Só quando cheguei é que fiquei sabendo o motivo dos atrasos dos vôos: uma tragédia colossal no estado do Rio, muita chuva, muitas mortes e muitos desabrigados. E a gente reclamando de atraso. Com certeza! Muita coisa prá aprender é o que se trás de uma viagem!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vislumbre do dia - Glimpse of the day

"The Buddhist meditation masters know how flexible and workable the mind is. If we train it, anything is possible. In fact, we are already perfectly trained by and for samsara, trained to get jealous, trained to grasp, trained to be anxious and sad and desperate and greedy, trained to react angrily to whatever provokes us. In fact, we are trained to such an extent that these negative emotions rise spontaneously, without our even trying to generate them.

So everything is a question of training and the power of habit. Devote the mind to confusion and we know only too well, if we’re honest, that it will become a dark master of confusion, adept in its addictions, subtle and perversely supple in its slaveries. Devote it in meditation to the task of freeing itself from illusion, and we will find that with time, patience, discipline, and the right training, the mind will begin to unknot itself and know its essential bliss and clarity."
Glimpse of The Day

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A respiração certa acalma a ansiedade e até alivia depressão. Inspirar e expirar coretamente é um antídoto contra o estresse

Sua cabeça está latejando. Sobram preocupações em casa, seu chefe e resolveu ter crises diárias no trabalho e aquele amor de conto-de-fadas acabou em drama mexicano. "Fiz uma massagem ótima", palpita um, tentando ajudar. "Só com terapia consigo ficar de pé", pitaca o outro. "Ginástica é a solução, deixo todos os meus problemas na esteira", intomete-se mais alguém. E, no meio de tanto zunzunzum, fica você ainda mais atordoada e sem saber como reagir. Pois não faça nada. Sim, você entendeu certo. Pare quieta e apenas respire: aí está o remédio contra a maioria dos desconfortos emocionais. "Aprendendo a controlar a respiração, damos fim em todas perturbações da mente e dos sentidos", afirma o médico David Frowley, autor de Uma visão Ayurvédica da Mente, a cura da consciência (Editora Pensamento, R$ 29).

Considerado o maior especialista ocidental em terapia ayurvédica, ele acaba de vir à América do Sul pela primeira vez e escolheu o Brasil, onde deu uma palestra, para dividir os ensinamentos sobre o sistema de cura tradicional da Índia. "Nossa energia vem, basicamente, da respiração (...) Se o cérebro não recebe a quantidade certa de oxigênio, não temos a energia vital suficiente para nos desenvolver e mudar". A seguir, Dr. David Frawley ensina como mudanças sutis na inalação e na respiração podem contribuir no alcance e na manutenção de um estado psicológico marcado pelo bem-estar. Sopre a ansiedade para longe
A receita é imbatível contra tremores pelo que ainda nem aconteceu, além de bastante eficaz no combate à insônia. Separe uns dez minutos do seu dia, não importa o horário - pode ser, inclusive, no pico de uma situação superestressante. Comece só prestando atenção no ritmo em que o ar entra e sai dos pulmões. Aos poucos, vá controlando este intervalo, até que ele se torne bem espaçado: tente contar até dez enquanto puxa e, depois, quando solta a respiração. Fazendo inalações mais prolongadas, você fortalece todo o seu corpo e acalma a mente. Com isso, as preocupações, por mais terríveis que sejam, acabam amenizadas, já que a energia passa a circular melhor por todo o organismo. Respirações fortes e intensas
Contornar os sintomas depressivos com a respiração é muito simples. A falta de disposição desaparece, caso você consiga manter um ritmo mais intenso enquanto realiza as inalações e as exalações. A idéia é não apenas respirar com grande velocidade, mas com bastante vigor, puxando e soltando a máxima quantidade de ar possível a cada tentativa. Mantenha o pique por dois minutos e descanse. Repita mais duas vezes. Não se assute caso venha a sentir tonturas, a sensação é normal - e devida ao excesso de oxigênio que, de repente, passa a percorrer o organismo. Não é lógico viver assim. Até para quem não consegue dar um passo à frente sem medir todos os prós e contras dessa atitude existe uma respiração ideal. As pessoas que têm o lado racional extremamente desenvolvido (e sofrem maquinando sobre tudo o que acontece ao redor) devem estimular a respiração com a narina esquerda, conectada com o a região do cérebro ligada às emoções. Funciona assim: com um dos dedos, tape a narina direita e faça 30 respirações (inalação, seguida de exalação) somente com a narina esquerda. O exercício será seguido de uma sensação de refrescância e calma. Emoção demais, não há quem agüente. Aqui, vale o contrário do treino acima. Se você derrama lágrimas até pela grama cortada e se descabela por qualquer bobagem, a dica é estimular um pouco mais o seu lado racional, favorecendo um estado de equilíbrio entre ele e suas desenvolvidíssimas emoções. Com um dos dedos, tape a narina esquerda e faça 30 respirações (inalação seguida de exalação) apenas com a narina direita.o efeito aquecedor desta prática irá ajudar na busca por análises mais racionais das situações impostas pelo dia-a-dia.
Minha Vida

O que antecipa uma viagem.


Sempre viajei acompanhada ou dos pais e irmãos quando jovem ou do marido e filhos quando casada. Agora, só eu budista, viajo sozinha para o Khadro Ling, Rio Grande do Sul. Estou descendo dia sete de janeiro e voltando dia onze se tudo correr bem. Posso morrer no caminho, o vôo pode atrasar, qualquer coisa pode acontecer. Não é pessimismo. É fato. É bom estar preparada para qualquer coisa e não ter expectativa de nada. Ninguém vai fazer festinha prá mim nem tem comitê de recepção. É tudo por minha conta. Isso me traz uma ansiedade, um aperto no peito, um medo mesmo. Já fui uma vez, correu tudo bem e não era para estar me sentindo assim. Mas estou. Mala pronta, pouca coisa, o necessário e muita praticidade. Farmacinha não pode faltar. Já estou levando. Da outra vez, fiquei um mês lá e passei mal. Desta vez são só cinco dias. Isso me tranquiliza. No entanto, penso, eu estou indo porque quero. Ninguém me obrigou. E se eu pensar que posso desistir, me faz ficar frustrada. Adoro aquele lugar. Tão sossegado, tranquilo, silencioso. Até a comida é gostosa e dessa vez vou ficar na Casa de Amitabha, num quarto e não no dormitório. Enfim, um pouquinho mais de conforto que já não sou mais uma adolescente prá acampar nem uma mulher jovem que não se importa com multidão. Acho que multidão vai ter de qualquer jeito porque o ensinamento é novo e importante para os budistas e, pelo que vejo, tá indo todo mundo! Finalmente, quem está na chuva é prá se molhar. Literalmente! Não pára de chover em todo o país. Então vamos em frente que atrás vem gente. E relaxar, deixar tudo acontecer que não tenho poder sobre nada.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio.

"Pense em alguém poderoso.
Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
O erro não dito é um silencioso correto.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota. Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a falsa idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal. Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "Arrependo-me de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio”.
Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use principalmente o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas."
Aldo Novak.