"Assim como as flores, os poetas não escolhem lugar ou classe social para florescer. Nascido de família pobre, a 27 de janeiro de 1949, em Maceió, Alagoas, Djavan poderia ter virado raiz, mas a música mudou seu destino e, de uma flor-de-liz, brotou uma carreira cuja floração já perdura por mais de vinte e cinco primaveras. Por sua originalidade e polinização de suas canções, a única coisa que se pode prever a cada novo trabalho de Djavan é a sua versatilidade de tons.
Filho de mãe lavadeira, ainda garoto escutava-a cantarolar os sucessos de Ângela Maria e Nélson Gonçalves. Mas a música só veio a se revelar essencial para Djavan Caetano Viana na adolescência. O violão, aprendeu sozinho, olhando, ouvindo e acompanhando as cifras nas revistinhas do jornaleiro. Nesta época, ganhava a vida como meio de campo do CSA.
Aos dezoito anos, formou o conjunto Luz, Som e dimensão (LSD) que animava os bailes, clubes, praias e igrejas de Maceió. No ano seguinte, Djavan largou o futebol e passou a dedicar-se apenas à música. Foi dedilhando o violão que Djavan descobriu que podia compor. Os companheiros não o entendiam muito bem, achavam-no estranho, complexo. Mas Djavan teve logo uma certeza que permanece verdadeira até hoje: gosta de cantar, mas precisa compor. Então, em 1973 deciciu tentar a sorte no Rio de Janeiro.
O começo, é claro, foi difícil, negro, nordestino."
"Djavan Caetano Viana nasceu em 27 de Janeiro de 1949 em Maceió, Alagoas.
De família pobre, aos 16 anos começou a tocar violão, que aprendeu de ouvido.
Em Maceió, formou o grupo Luz, Som, Dimensão, mais conhecido como LSD, com repertório dos Beatles.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1973, quando foi contratado como crooner na boate Number One.
Em 1975 foi premiado com o segundo lugar pela canção "Fato consumado", no Festival Abertura, da TV Globo.
No ano seguinte, gravou o primeiro LP, "A voz, o violão e a arte de Djavan", pela Som Livre, que incluía uma de suas criações mais consagradas, "Flor-de-lis".
No final da década de 1970, suas composições adquiriram estilo de grande lirismo e letras com elaborados jogos de imagens.
Em 1975 foi premiado com o segundo lugar pela canção "Fato consumado", no Festival Abertura, da TV Globo.
No ano seguinte, gravou o primeiro LP, "A voz, o violão e a arte de Djavan", pela Som Livre, que incluía uma de suas criações mais consagradas, "Flor-de-lis".
No final da década de 1970, suas composições adquiriram estilo de grande lirismo e letras com elaborados jogos de imagens.
Em 1980, pela EMI, lançou o disco "Alumbramento".
Seu disco seguinte, "Seduzir", apresentava trabalho percussivo com características africanas, incluindo sucessos como "Açaí" e "Faltando um pedaço".
Assinando contrato com a CBS (atual Sony Music), viajou para os EUA para gravar "Luz", disco que incluiu a expressão "caetanear" na letra de "Sina", retribuída por Caetano Veloso ao gravar a musica no LP "Cores e nomes", em que usa o verbo "djavanear".
Além disso, "Luz" contou com a participação de Stevie Wonder na faixa "Samurai".
Em 1984 lançou "Lilás" (com Lilás, Esquinas, Infinito) e participou como ator do filme "Para viver um grande amor", de Miguel Faria Jr.
Ainda na década de 1980, gravou os discos "Meu lado" (1986), com "Segredo", "Topázio" e "Quase de manha"; "Não é azul mas é mar" (1987), com "Dou não dou", "Florir", "Soweto" – gravado nos EUA, em inglês, como Bird of Paradise(1988) –; e Djavan (1989), com Corisco, Vida real, e cuja música "Oceano", acompanhada pelo violão de Paco de Luccia, foi incluída na trilha da novela Top Model, da TV Globo.
Além disso, "Luz" contou com a participação de Stevie Wonder na faixa "Samurai".
Em 1984 lançou "Lilás" (com Lilás, Esquinas, Infinito) e participou como ator do filme "Para viver um grande amor", de Miguel Faria Jr.
Ainda na década de 1980, gravou os discos "Meu lado" (1986), com "Segredo", "Topázio" e "Quase de manha"; "Não é azul mas é mar" (1987), com "Dou não dou", "Florir", "Soweto" – gravado nos EUA, em inglês, como Bird of Paradise(1988) –; e Djavan (1989), com Corisco, Vida real, e cuja música "Oceano", acompanhada pelo violão de Paco de Luccia, foi incluída na trilha da novela Top Model, da TV Globo.
Seus discos, que passaram a mesclar diversos gêneros musicais, como samba, funk, música de viola, baladas e ritmos africanos, tornaram-se sucesso no mercado brasileiro e internacional.
Na década de 1990, lançou os CDs "Coisa de acender" (1992, Sony), em que aparece "Linha do Equador", sua primeira composição em parceria com Caetano Veloso; "Novena" (1994, Sony), em que explora a tradição nordestina e faz parceria com a filha Flávia Virgínia na musica "Avo"; e "Malásia" (1996, Sony), que traz "Correnteza" (Tom Jobim e Luís Bonfá) e "Sorri" (Smile, Charles Chaplin, versão de João de Barro).
Algumas de suas composições encontraram grandes interpretes, como Gal Costa (Açaí, Maria Bethânia (Alibi), Caetano Veloso (Oceano), Roberto Carlos (A ilha) e Nana Caymmi (Meu bem-querer). Nos EUA teve intérpretes como Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e o grupo Manhattan Transfer.
Na década de 1990, lançou os CDs "Coisa de acender" (1992, Sony), em que aparece "Linha do Equador", sua primeira composição em parceria com Caetano Veloso; "Novena" (1994, Sony), em que explora a tradição nordestina e faz parceria com a filha Flávia Virgínia na musica "Avo"; e "Malásia" (1996, Sony), que traz "Correnteza" (Tom Jobim e Luís Bonfá) e "Sorri" (Smile, Charles Chaplin, versão de João de Barro).
Algumas de suas composições encontraram grandes interpretes, como Gal Costa (Açaí, Maria Bethânia (Alibi), Caetano Veloso (Oceano), Roberto Carlos (A ilha) e Nana Caymmi (Meu bem-querer). Nos EUA teve intérpretes como Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e o grupo Manhattan Transfer.
Foram seus parceiros Artur Maia (Alivio), Orlando Morais (A rota do indivíduo), Gilberto Gil (Corisco), Chico Buarque (Alumbramento), alem de Cacaso, Aldir Blanc, Nelson Mota, entre outros."
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