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sábado, 15 de novembro de 2008

Dalai Lama

"Enquanto está buscando essa certeza dentro de si mesmo, se a sua mente anda por todos os lugares pensando: 'Talvez isso seja melhor, ou talvez aquilo...', agarrando-se em uma coisa atrás da outra, acabará não chegando a lugar algum. Por isso é importante que comece chegando a uma decisão e prossiga com base nessa decisão. Você precisa 'decidir com absoluta convicção que não há nada além disso."

"Dzogchen, A Essência do Coração da Grande Perfeição" - Sua Santidade, o Dalai Lama - Editora Gaia - pág. 78.

Free Tibet


Significados

Autoconfiança: confiança em sí próprio; segurança íntima de procedimento; crédito; fé; esperança firme; crença.

Autocontrole: equilíbrio

Benevolência: boa vontade; complacência; afeto; estima.

Confiança: (autoconfiança)

Desapego: falta de apego, de afeição; desprendimento; simplicidade.

Equilíbrio: harmonia; boa proporção; estabilidade mental e emocional; moderação; prudência; autocontrole; autodomínio.

Flexibilidade: maleabilidade; docilidade; brandura; compreensão; complacência.

Harmonia: disposição bem ordenada entre as partes de um todo; paz; coerência; proporção.

Humildade: virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza, modéstia; respeito; reverência; submissão.

Libertação: desobstrução; desembaraço; tornar-se livre; desobrigação.

Otimismo: posição ativa e confiante; atitude em face dos problemas que consiste em considerá-los passíveis de solução.

Paz: ausência de lutas; tranqüilidade; concórdia; harmonia; sossego; repouso; silêncio.

Perseverança: pertinácia; constância; firmeza; persistência; prosseguimento; continuidade; permanência.

Ponderação: reflexão; meditação; consideração; tino; prudência; juízo; circunspecção; bom senso.

Renascimento: nascer de novo: recrescimento; reatividade; reimpulsionamento; renovação; revigoramento; rejuvenescimento; ressurgimento; reaparecimento; desabrochamento; renovação; recomeço.

Serenidade: calma; tranqüilidade; mansidão; sossego; paz; clareza; suavidade.

Apegar e desapegar

APEGAR: manter por insegurança; duvidar da abundância; não viver pelo medo de deixar de ter; acumular; somar para ter a sensação de ser. Dar-se o direito de possuir, de usufruir, de dedicar-se à satisfação do desejo; estar de acordo com a vontade; partilhar com abundância; mobilizar; reciclar; fazer do pronto algo diferente; fazer do aparente estático um movimento contínuo; ponderar sobre o necessário e importante; validar os efeitos da ponderação; estar em harmonia com o que é oferecido pela Vida, pelo Cosmos; possuir e estar com o que nos pertence; abrir-se para a obtenção; movimentar os impulsos da renovação.

DESAPEGAR: Não acumular excessos ou coisas desnecessárias, nada aplicáveis, pouco aproveitáveis; estar em posse apenas do que satisfaz e preenche; não ocupar espaços externos e internos com supérfluos; estar consciente do que não é necessário ter ou cultivar; deixar-se com lugares livres para a aquisição e posse do que é desejo de momento ou do momento; estar desocupado para poder se ocupar; estar disponível para a ocupação.

Anglicismo, galicismo e tradução.

É preciso ter muito cuidado ao traduzir do inglês para o português para que não se perca a linguagem comum e coloquial da língua portuguesa. Não pretendo colocar aqui uma conotação de protecionismo para com a nossa língua. Todas são universais. Mas é preciso preservar seus termos para que ela não se perca como já se perdeu. Um jovem de hoje vai ter que se valer de um bom dicionário se quiser entender Machado de Assis, José de Alencar ou Eça de Queiroz, este último, português.

Através do uso de inúmeras palavras ditas como aportuguesadas, o tão falado anglicismo e o galicismo, respectivamente palavras provenientes do inglês e francês, se interpuseram.

Vamos a alguns exemplos de anglicismo bem conhecidos: bife, futebol, tênis, home-theater, mouse, blush, remix, ranking, piercing, shopping, performance, etc.

É interessante notar que todas elas são usadas de maneira errônea no contexto da língua brasileira. Um inglês ou um estadunidense jamais vai entender que você foi a um shopping – que quer dizer fazer compras e não o local, que seria mall – para comprar um tênis – snicker em inglês – para depois comer um bife – steak.

Futebol é o football que chamamos aqui de futebol americano, porque, para eles, o nosso futebol é soccer. Blush é um verbo, to blush, ficar corado, envergonhado. Piercing, que pode ser usado como substantivo ou verbo, é perfurar algo ou as peças de aço cirúrgico que se coloca no corpo. Lembrando. Tatuagem é galicismo: tatooage em francês.

As áreas de informática, de decoração e de automóveis estão recheadas de anglicismos: browser (navegador, leitor de textos) link (ligação), site (sítio, lugar, local), homecenter (loja enorme de materiais de construção), hometheater (cinema em casa), piston, sedan, coupé, cardan, carter, diesel (motor de explosão interna).

O galicismo, por ter entrado mais cedo, no início do século XX, como um linguajar elegante, tem um número enorme de termos: boite, ballet, maquillage, rouge, baton, bidet, bouquet, boutique, buffet, champagne, cognac, bordeaux – estas três últimas são regiões da França – chalet, carnet, chique, crochet, tricot, coupon, dossier, filet, gaffe, garage, garçon, madame, mayonnaise, omelette, manicure e pedicure, purée para não citar inúmeras outras.

Voltando ao tema da tradução. A palavra inglesa wild que, ao pé da letra se traduz como selvagem deve estar de acordo com o contexto. No caso de animais a tradução seria correta, mas, wild dreams, wild thoughts, jamais seriam entendidos como sonhos ou pensamentos selvagens. São sonhos e pensamentos loucos, mas num sentido relacionado ao sexo.

Engraçado é que o inglês também usa galicismos. A noiva e o noivo comprometidos são fiancé (masculino) e fiancée (feminimo). Na hora do casamento se tornam bride (noiva) e groom (noivo) para só depois serem marido e mulher ou husband and wife. Se o casamento não der certo, tornam-se ex-wife e ex-husband. É muita mudança para o meu gosto! E em muito pouco tempo.

Ah! Esqueci-me de dizer que enquanto “digitava” este texto, “deletei”, dei “enter” e “cliquei” várias vezes...

Ana Carmen Castelo Branco
Belo Horizonte, domingo, 20 de janeiro de 2008 – 07:43h.

Homem Vitruviano

Eu não sabia disso. Resolvi compartilhar.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_Vitruviano_(desenho_de_Leonardo_da_Vinci)

É bom. De A a Z.

abnegação
aceitação
acerto
acolhimento
admiração
adoração
afeição
afeiçoamento
afeto
agrado
ajuste
alegria
altruísmo
amenidade
amizade
amor
anuência
aplauso
aprovação
atenção
bem-estar
benevolência
bondade
calma
camaradagem
carinho
conciliação
concordância
conexão
congraçamento
consideração
contenção
contentamento
cuidado
culto
dedicação
deleite
delicadeza
desprendimento
devoção
disposição
divertimento
economia
entendimento
entusiasmo
esmero
estima
exultação
felicidade
fraternidade
graça
harmonia
humor
inclinação
júbilo
lenitivo
leveza
ligação
moderação
moral
paciência
paixão
parcimônia
paz
pendor
polidez
prazer
prudência
recepção
receptividade
relação
respeito
responsabilidade
rigor
sabedoria
satisfação
sensatez
simpatia
sobriedade
suavidade
temperança
tendência
ternura
tino
tolerância
urbanidade
zelo

A pé.


Como não tenho carro, faço todos os meus trajetos a pé. Isto, para algumas pessoas, pode parecer aborrecido e cansativo. Às vezes, é. Já tive carro e sei que se faz muito mais coisas de carro. E mais rápido.

Porém, a pé, a qualidade supera a quantidade. O caminhar nos leva a certas reflexões muito enriquecedoras. Andar de carro exige reflexos rápidos e atenção voltada ao tráfego. Pouco há de enriquecedor.

Hoje, por exemplo, indo para o gönpa, pensei na motivação que leva as pessoas a escrever, a se tornar escritores mesmo, de profissão. Veio-me à mente Carlos Drummond de Andrade. Vi a carinha dele no ar. Constatei: é a pressa.

As pessoas não têm mais tempo nem paciência de ficar ouvindo, escutando de maneira atenta a cada palavra que o outro diz. E os outros têm tanto a nos dizer. Se Drummond não tivesse escrito o que pensava, se ficasse só falando, seus pensamentos seriam só seus e suas palavras ficariam soltas ao vento. Ninguém prestaria atenção. No entanto, resolveu escrever. E quem é que nunca leu Drummond, ouviu, escutou de maneira atenta?

São como os livros do Budismo em que um simples parágrafo nos põe a contemplar por horas a fio, às vezes por dias. De vez em quando nos flagramos em determinadas situações que nos remetem ao que lemos em algum lugar e sorrimos por dentro.

Estão vendo? Quem teria paciência de ouvir tudo isto que eu escrevi? E eu pensei tudo isto em alguns poucos minutos de caminhada. A pé.

Ana Carmen Castelo Branco.
Quinta-feira, 3 de Abril de 2003.