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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Escrevi depois que li o livro.


Não adianta ocupar 100% do nosso tempo com coisas para fazer. Não faz sentido ficar o dia inteiro fazendo coisas. Estas coisas que fazemos têm que ter uma prioridade. As que não são importantes, as coisas desnecessárias, inúteis e fúteis, devem ser postergadas ou até mesmo, pela sua absoluta falta de objetivo, devem ser abandonadas, riscadas definitivamente de nossa agenda.

Existem pessoas que, frente a um determinado problema, resolvem que devem preencher a maior parte de seu tempo, trabalhando de manhã, de tarde e de noite. Existem profissionais, principalmente na área de saúde que, depois de trabalhar o dia todo, fazem plantão madrugada afora.

Isso não passa de uma fuga. Não é senão uma forma de se evitar olhar para dentro de si mesmo, de viver o problema e assim resolvê-lo ou, se não houver solução, aprender a conviver com ele.

As prioridades devem ser, antes de tudo, fazer aquilo que vai ajudar o outro em detrimento até mesmo de nós mesmos. Porém, observando através de uma lupa, veremos que, mesmo o que fazemos para ajudar o outro, tem uma conotação egoísta. Basta fazermos uma lista e observá-la com estes olhos. Ajudamos o outro de acordo com o nosso ponto de vista. Não nos colocamos no lugar dele. Muitas vezes até atrapalhamos, porque o outro não quer a nossa ajuda ou nem precisa. Fomos nós que, egoisticamente tomamos esta decisão. Isso é muito comum entre os pais e os filhos ou entre amigos de longa data.

Então, é hora de parar. É hora de olhar para dentro de nós sem fazer absolutamente nada. É hora de contemplar nossa mente, nossos pensamentos e sentimentos e ver o que deve ser mantido e o que deve ser descartado. Esta é a essencial arte de parar.

sábado, 03 de novembro de 2007.

E eu não fiz assim...


Extraído de Trinta Conselhos Vindos do Coração, de Longchenpa

[10] Em tempos de degenerescência, podemos reprovar pessoas grosseiras à nossa volta. Apesar de acharmos que isso será de utilidade para elas, essas atitudes não passam de pensamentos venenosos. Apenas pronuncie palavras pacificadoras — este é o meu conselho do coração.

[11] Com uma boa motivação e cheios de afeição, podemos apontar às pessoas os seus defeitos, apenas desejando seu bem. Ainda assim, apesar de ser verdadeiro o que dizemos, isto vai amargurar os seus corações. Limite-se às palavras amáveis e construtivas, este é o meu conselho vindo do coração.

[12] Com a motivação de preservar a pureza dos ensinamentos do Buddha, podemos entrar em debates, defendendo nosso ponto de vista e contradizendo os pensamentos de outros. No entanto, seguindo este caminho, estaremos induzindo a pensamentos impuros. Mantenha seu silêncio— este é o meu conselho do coração.

[13] Acreditando estar contribuindo para o Dharma, podemos apoiar de uma maneira partidária a linhagem e as visões filosóficas do Lama. No entanto, honrar uns e menosprezar outros fortalece os nossos apegos e raivas. Mantenha-se afastado dessas coisas — este é o meu conselho do coração.

[14] Tendo contemplado profundamente o Dharma, podemos chegar à conclusão de que compreender os erros alheios é a prova de que manifestamos a sabedoria discriminativa. No entanto, pensando desta maneira, apenas acumulamos deméritos. Olhe tudo como verdadeiramente puro — este é o meu conselho do coração.

[15] Fixando-se na vacuidade e ignorando a lei da causa e efeito, podemos pensar que a não-ação é o verdadeiro ensinamento do Buddha, o ponto último do Dharma. No entanto, o abandono das duas acumulações extinguirá a prosperidade da nossa prática. Una esses dois pontos, a ação correta com a compreensão da vacuidade — este é o meu conselho do coração.

O que é a morte?


Você está completamente ciente que a morte está à mão.
Seja um pessoa muito corajosa.
Mantenha uma mente tranqüila e prepare-se para a morte.
A morte não é um erro.
A morte é uma transição e um despertar do sonho da vida.
A reincarnação é um fato.
A alma renasce vez após vez chegando cada vez mais perto da iluminação.
Não importa se você tenha nascido como um monge, um trabalhador, um cientista ou um fazendeiro, tente desenvolver seu espírito interno.
Se você não se render à raiva e á crueldade nesta vida, você subirá mais um degrau da escada na próxima vida.
Assim, tente se tornar como o Buda o máximo que puder.
Viva em paz e encontre o renascimento porque a morte é sempre seguida pela renovação e pela vida.
Os seres humanos encaram quatro sofrimentos principais.
Eles são partes inseparáveis da vida: nascimento, doença, velhice e morte.
É muito importante saber porque você encara esses problemas na sua vida.
Se você reconhece e entende estas coisas elas te ajudarão a manter uma atitude positiva.

Lama Tuvam