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quarta-feira, 23 de junho de 2010

As vantagens dos momentos difíceis.


"Pense nos seus momentos difíceis como um treinamento espiritual. As dificuldades são como o ornamento de um bom praticante. O Dharma não é praticado com perfeição no meio de circunstâncias agradáveis". 

Dilgo Khyentse Rinpoche.

(...) já que nossa prática se fortalece diante dos obstáculos, podemos não mais temer obstáculos nem mesmo ter aversão por eles. Adquirimos a confiança de que podemos transformar o que quer que a vida nos reserve numa oportunidade para crescimento espiritual.

As oportunidades na hora da morte.

Sogyal Rinpoche

"Think of the moment of death as a strange border zone of the mind, a no-man’s land in which, on one hand, if we do not understand the illusory nature of our body, we might suffer vast emotional trauma as we lose it, and on the other we are presented with the possibility of limitless freedom, a freedom that springs precisely from the absence of that very same body.
When we are at last freed from the body that has defined and dominated our understanding of ourselves for so long, the karmic vision of one life is completely exhausted, but any karma that might be created in the future has not yet begun to crystallize.
So what happens in death is that there is a “gap,” or space, that is fertile with vast possibility; it is a moment of tremendous, pregnant power where the only thing that matters, or could matter, is how exactly the mind is. Stripped of a physical body, the mind stands naked, revealed startlingly for what it has always been: the architect of our reality."

"Pense no momento da morte como uma estranha fronteira da mente, uma terra de ninguém na qual, por um lado, se não entendermos a natureza ilusória do corpo, sofreremos vasto trauma emocional quando o perdermos e, por outro lado, a possiblidade de infinita liberdade nos será apresentada, uma liberdade que brota justamente por causa da ausência do nosso mesmo corpo.
Quando, por fim, estivermos livres do corpo que definiu e dominou nossa auto compreensão por tanto tempo, a visão cármica de uma vida é completamente exaurida, mas o carma que será criado no futuro ainda não começou a se cristalizar.
Então, o que acontece na morte é que há um salto ou espaço que é fértil de vasta possibilidade; é um momento de um tremento poder, uma força de fecundidade onde a única coisa que importa ou deveria importar é como a mente é exatamente. Despida de um corpo físico, a mente fica nua e revela de modo surpreendente o que ela sempre foi: o arquiteto de nossa realidade."
De "Rigpa Glimpse of The Day" Sogyal Rinpoche http://usa.rigpa.org/

Dois desejos.

"Existem dois tipos de desejos. Um deles não tem razão de ser e está mesclado às emoções perturbadoras. O segundo é aquele em que encaramos o que é bom como bom e procuramos alcançá-lo. Este último tipo de desejo é correto e, com base nele, um praticante dedica-se à prática. Da mesma forma, a busca do progresso material que se fundamenta na percepção de que ele pode servir à humanidade e é, por conseguinte bom, também é correta."
Tenzin Gyatso, Sua Santidade, o XIVº Dalai Lama