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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lidando com as emoções negativas.

"Seguindo os ensinamentos Vajrayana, nós não desistimos ou rejeitamos qualquer coisa, mas sim fazemos uso de tudo o que está lá. Olhamos para as nossas emoções negativas e as aceitamos pelo que são. Então, relaxem neste estado de aceitação. Usando a emoção em si, ela é transformada ou transmutada em positiva, em sua própria face. Quando, por exemplo, a raiva ou o desejo forte surge, um praticante Vajrayana não tem medo deles. Ao contrário, ele ou ela irão seguir o conselho com as seguintes frases: Tenha a coragem de expor-se às suas emoções. Não as rejeitem ou as suprimam, mas não as siga também. Apenas olhem para a sua emoção diretamente nos olhos e tentem relaxar para dentro da emoção em si mesma. Não há confronto envolvidos. Vocês não fazem nada. Permanecendo desapegados, vocês não são levados pela emoção nem a rejeitam como algo negativo. Depois, vocês podem olhar para suas emoções quase casualmente e isto pode até ser bastante divertido. Quando o nosso hábito usual de ampliar os nossos sentimentos e nosso fascínio resultante dessas emoções forem embora, não haverá negatividade e sem combustível. Podemos relaxar dentro deles. O que estamos tentando fazer, portanto, é hábil e sutilmente lidar com nossas emoções. Isso é basicamente equivalente à capacidade de exercer disciplina."

de "Passos Ousados: Atravessando o Caminho do Buda", Ringu Tulku, editado e traduzido por Rosemarie Fuchs, publicado pela Snow Lion Publications - somente em inglês.

Dzongsar Khyentse Rinpoche video


An Evening Of Appreciation And Awareness: Buddhist Literary Heritage Project from BLHP on Vimeo.
Dzongsar Khyentse Rinpoche's speech from "An Evening of Appreciation & Awareness: Buddhist Literary Heritage Project", held in the evening of 20 March 2010 at Tai Pei Buddhist Center, Singapore.

Filhos


Onde estava seu filho ou sua filha antes de você engravidar? Quem era ele ou ela? Que sentimento você nutria por ele ou ela? Por que exatamente ele ou ela foi escolhido para ser seu filho ou sua filha?

Pois bem. Você estava ali, cuidando de sua própria vida quando alguém bateu à sua porta e perguntou:
- Pode me dar um copo d'água?
Você, apiedada, trouxe-lhe um copo dágua. Ele, sem ao menos agradecer, disse que estava com fome e perguntou se você podia alimentá-lo. Sabe-se lá o que deu na sua cabeça e você lhe deu alimento. Então, sem ao menos agradecer, disse que estava muito cansado, com muito sono e perguntou se podia dormir um pouco na sua cama. Sabe-se lá o que deu na sua cabeça e você, não só deixou que este estranho entrasse em sua casa, como lhe deu cama como também travesseiro e coberta. E este alguém foi ficando por lá, na sua casa e não foi mais embora. Por fim, já abria a geladeira, tirava e comia o que queria, passeava por todos os cômodos da casa, usava o seu computador, seu celular, ligava a sua televisão, usava as suas coisas, pessoais, deitava no seu sofá, já tinha a chave da sua casa e agora, entra e sai à hora que bem entende e faz o que dá na cabeça dele. Mas você nutre por ele um amor imenso, mesmo que ele não esteja nem aí prá você, que lhe dê respostas bruscas, não lhe agradeça por nada que você tenha feito e nem te dê satisfação da vida dele. Um dia ele se casa e vai embora...

Este é o seu filho ou a sua filha. E esta é uma estória contada por Jigme Rinpoche por ocasião do Dzogchen em janeiro de 2009.