"Às 09h20min desta quarta-feira, 28 de abril, teremos o Festival de  Vesak, um dos três festivais de Lua Cheia mais importantes do ano. O  Festival de Vesak celebra o nascimento, a iluminação e o parinirvana do  Buda, ocorridos no século VI a.C., e acontece sempre numa Lua Cheia de  abril ou maio, quando o Sol está no signo de Touro e a Lua está em  Escorpião.
Diz a lenda que Sidarta Gautama, nasceu rico e em meio  ao luxo, e a sua família fazia de tudo para que ele não encarasse o  lado mais duro da realidade. Aos 29 anos, quando todos os indivíduos  passam pelo primeiro Retorno de Saturno e sentem a necessidade de  amadurecer, Sidarta resolveu abandonar a vida que levava, abrindo mão de  tudo o que sua família possuía e seguindo uma vida de renúncia.  Praticou um Ioga diferente do que se vê hoje no Ocidente e teve uma vida  de asceta, mas percebeu que aquele não era o seu caminho.
Um  dia, ao terminar de meditar debaixo de uma figueira (árvore boddhi),  Sidarta encontrou enfim a iluminação. Tornou-se Buda, que significa  “desperto”, “iluminado”, passando a compreender a verdadeira natureza  dos fenômenos e o porquê da impessoalidade e impermanência desses  fenômenos, que muitas vezes geram insatisfação. Ao despertar, o ser  humano atinge a consciência e tem diante de si a possibilidade de ser  plenamente livre dos condicionamentos físicos e mentais que causam  sofrimento e a sensação de insaciabilidade.
Surgiu então o  Budismo, que não é uma religião (pois não afirma a existência de um deus  criador, não possui dogmas e nem almeja converter todas as pessoas),  nem uma filosofia (pois vai muito além de um corpo conceitual e da  reflexão intelectual). O Budismo prefere que o próprio seguidor defina  aquilo que ele é, ao invés de cristalizar uma definição de si mesmo.
O  Festival de Vesak marca a celebração da vida e da iluminação de Buda,  assim como o seu nascimento e morte. Buda teria despertado durante a Lua  Cheia do Vesak (isto é, com o Sol em Touro e a Lua em Escorpião, o que  ocorre sempre no mês de abril ou maio), e, nesta época do ano, temos as  condições ideais para a iluminação e transformação na consciência dos  seres humanos. 
No Vesak, a Fase Cheia da Lua, como um cálice,  recebe toda a Luz do Sol, de forma plena. A iluminação do Sol em Touro  tem as características deste signo: fecundidade, abundância, nutrição e  estruturação e, quando estas qualidades são recebidas pela Lua em  Escorpião, que representa a transmutação dos desejos em aspirações mais  sublimes, transformação, superação de crises e os ciclos da vida, o  despertar e a iluminação podem surgir de maneira muito especial.
Todas  as Luas Cheias são momentos de muita energia, nos quais o despertar, a  transformação e a iluminação estão mais disponíveis aos seres humanos.  Além do Festival do Vesak (Touro/Escorpião), temos o Festival da Páscoa  (Áries/Libra) e o Festival de St. Germain (Gêmeos/Sagitário), este  último associado ao Espírito Santo e a inteligência divina.
Portanto,  na manhã desta quarta, mesmo sem vermos a Lua no Céu, nós teremos a  oportunidade de, individual e coletivamente, buscarmos atingir a  iluminação de Buda, tal qual ocorrida há mais de 2.500 anos atrás:  alcançarmos a ascensão do nosso espírito e o despertarmos para uma  consciência mais amplificada e plena, além de sintonizarmos  coletivamente as diversas mentalizações, meditações, orações, mantras,  canalizações e palestras que estarão ocorrendo ao rdor do mundo, em prol  de um trabalho espiritual que acelere e aprofunde o processo de  evolução planetária."
Dimitri Camiloto