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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

E adoro postar imagens!

Gosto de tudo limpinho e arrumado.


Gosto de dormir em paz.


(foto de Henry Cartier Bresson)

Eu medito.


Faço crochet


Adoro chocolate. O amargo.




Eu costuro




O dia em que conheci Chagdud Rinpoche


Tashi delek!
Eu sabia do Rinpoche. Mas considerava o fato de ir até à rua Mato Grosso à noite, uma coisa difícil, fora de mão, perigosa até. Mesmo indo de carro. Lia nos jornais, namorava a notícia, guardava o recorte, mas não ia.
Ainda exercia a profissão na qual me formei. Decoradora. Um dia, buscava no catálogo o endereço de um estofador na avenida Nossa Senhora do Carmo quando me deparei com outro endereço: Centro de Budismo Tibetano Chagdud Dawa Drolma! Hã?!
Empolguei-me! Afinal de contas, tão perto de casa, dava prá ir a pé! Rapidamente resolvi o estofador e liguei de imediato para o Centro. Mas o telefone só caía na secretária eletrônica, pedindo para deixar a mensagem. E eu não tinha uma mensagem assim pronta para dar. Desliguei, pensei, e liguei de novo. Deixei uma mensagem falando que gostaria de conhecer o Centro.
Passou muito tempo. Liguei de novo e a mesma secretária eletrônica. Cheguei a me irritar pensando que, ah, não tem ninguém lá, deve ser engano, não funciona nada lá. Deixei de lado.
Um dia, minha prima me liga convidando para conhecer seu novo espaço de Liam Gong. No mesmo dia, me liga Alice – você mesmo, Tartaglia! – falando que o Rinpoche estava na cidade e que, se eu quisesse, era só comparecer.
Troquei de programa imediatamente e hoje dou graças a Deus porque o espaço da minha prima, assim como tudo que ela faz, foi pro espaço mesmo! E fui ao budismo.
Cheguei constrangida, embaraçada, sem graça. Afinal, não conhecia ninguém e nem sabia o que me esperava, como me comportar.
Entrei no salão e vi um homem enorme, um gigante imenso sentado num trono, girando um sino e um vajra, murmurando mantras, chocalhando um tambor. Como que hipnotizada, sentei-me numa almofada e fiquei admirada, olhando para ele. A moça que o traduzia falava de coisas como disco de sol, disco de lua, luzes se irradiando e eu não entendia nada! Ela se chamava Andréa Socorro de Lima e hoje é a nossa querida Lama Sherab.
Finalmente, ela falou que iríamos tomar iniciações. Como assim? Falou sobre compromisso. Naquele dia, tomei três iniciações – Tara Vermelha, Ngöndro e P’howa – sem ao menos saber da importância de tudo aquilo. Só sei que saí de lá com a sensação profunda de que tinha feito um juramento, um compromisso, um samaya!
E nunca mais deixei de lado o budismo tibetano de Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche com seus métodos e caminhos.
Daqui a um mês, se tudo correr bem, estarei no Khadro Ling, lugar mais que sagrado, local em que ele escolheu para viver e para morrer. Morrer... isso não existe! Ele está aqui, comigo, neste exato momento!
Emaho!