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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Qual é a sensação?

"Podemos ainda estar nos perguntando: O que é essa iluminação, se não é felicidade nem infelicidade? Como um ser iluminado aparece e funciona? Qual a sensação de descobrir a nossa natureza búdica?
Nos textos budistas, quando aparece esse tipo de pergunta, a resposta normalmente é que essas coisas estão além da nossa concepção, são inexprimíveis. Muitos pensam, incorretamente, que esse é um subterfúgio para não responder. Mas essa é, efetivamente, a resposta. Nossa lógica, linguagem e símbolos são tão limitados que não conseguimos sequer expressar plenamente algo tão mundano quanto uma sensação de alívio; as palavras são inadequadas para transmitir por inteiro uma experiência total de alívio para uma pessoa. Se até os físicos quânticos Têm dificuldade em encontrar palavras para expressar suas teorias, como ter a expectativa de encontrar um vocabulário para expressar a iluminação? Enquanto estivermos confinados ao estado atual, em que apenas uma fração das possibilidades da lógica e da linguagem é utilizada e no qual ainda somos presas das emoções, só podemos imaginar como é ser iluminado. Ás vezes, porém, com a ajuda da diligência, inferência e raciocínio lógico podemos chegar a uma boa aproximação, da mesma maneira que ao ver fumaça no alto de uma montanha, é possível supor, com certa precisão, que lá há fogo. Utilizando os recursos ao nossso dispor, podemos começar a ver e aceitar que os obscurecimentos são resultado de causas e condições que podem ser manipuladas e, por fim, eliminadas. Imaginar a ausência de emoções aflitivas e das negatividades é o primeiro passo para compreender a natureza da iluminação.

Suponha que você esteja com dor de cabeça. Sua vontade imediata é aliviar a dor, o que é possível porque você sabe que a dor de cabeça não é um componente inato do seu ser. Você, então, procura descobrir o que causou a dor - falta de sono, por exemplo. A seguir, aplica o remédio apropriado para eliminar a dor de cabeça, como tomar uma aspirina ou tirar um cochilo.

No primeiro sermão, em Varanasi, Sidarta ensinou os seguintes quatro passos, comumente conhecidos como as quatro nobres verdades: conheça o sofrimento; abandone as causas do sofrimento; siga o caminho que leva à cessação do sofrimento; saiba que o sofrimento pode ter fim. Alguém poderia perguntar porque Sidarta precisou destacar "Conheça o sofrimento". Será que não somos suficientemente inteligentes para saber quando estamos sofrendo? Infelizmente, só reconhecemos a dor como tal quando ela está realmente madura."
do livro "O Que Faz Você Budista?" de Dzongsar Jamyang Khyentse - Editora Pensamento - páginas 130, 131 e 132. - http://www.khyentsefoundation.org/ - http://www.siddharthasintent.org/

Canceriana cardinal.

O símbolo gráfico de câncer sugere um fechamento protetor, um “ninho”, um abrigo, símbolo também da gestação e da maternidade. Primeiro signo da água representa a sensibilidade, o sentimento, a nutrição emocional. Signo regido pela lua, que é o domínio do inconsciente, das emoções, do sonho, da imaginação.

Regente: Lua Elemento: Água Complementar: Capricórnio

Característica: proteção, receptividade, sentimentos, sensibilidade, ternura, criatividade artística, intuição, carência, comportamento “lunático”, fantasia, impressionabilidade, vulnerabilidade psíquica e emocional, insegurança.
Cardinal são os primeiros signos de cada elemento.
Solar: Câncer (água)
Ascendente: Áries (fogo)
Lua: Capricórnio (terra)
Meio do Céu: Libra (ar)

Djavan Caetano Viana


"Assim como as flores, os poetas não escolhem lugar ou classe social para florescer. Nascido de família pobre, a 27 de janeiro de 1949, em Maceió, Alagoas, Djavan poderia ter virado raiz, mas a música mudou seu destino e, de uma flor-de-liz, brotou uma carreira cuja floração já perdura por mais de vinte e cinco primaveras. Por sua originalidade e polinização de suas canções, a única coisa que se pode prever a cada novo trabalho de Djavan é a sua versatilidade de tons.
Filho de mãe lavadeira, ainda garoto escutava-a cantarolar os sucessos de Ângela Maria e Nélson Gonçalves. Mas a música só veio a se revelar essencial para Djavan Caetano Viana na adolescência. O violão, aprendeu sozinho, olhando, ouvindo e acompanhando as cifras nas revistinhas do jornaleiro. Nesta época, ganhava a vida como meio de campo do CSA.
Aos dezoito anos, formou o conjunto Luz, Som e dimensão (LSD) que animava os bailes, clubes, praias e igrejas de Maceió. No ano seguinte, Djavan largou o futebol e passou a dedicar-se apenas à música. Foi dedilhando o violão que Djavan descobriu que podia compor. Os companheiros não o entendiam muito bem, achavam-no estranho, complexo. Mas Djavan teve logo uma certeza que permanece verdadeira até hoje: gosta de cantar, mas precisa compor. Então, em 1973 deciciu tentar a sorte no Rio de Janeiro.
O começo, é claro, foi difícil, negro, nordestino."
"Djavan Caetano Viana nasceu em 27 de Janeiro de 1949 em Maceió, Alagoas.
De família pobre, aos 16 anos começou a tocar violão, que aprendeu de ouvido.
Em Maceió, formou o grupo Luz, Som, Dimensão, mais conhecido como LSD, com repertório dos Beatles.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1973, quando foi contratado como crooner na boate Number One.
Em 1975 foi premiado com o segundo lugar pela canção "Fato consumado", no Festival Abertura, da TV Globo.
No ano seguinte, gravou o primeiro LP, "A voz, o violão e a arte de Djavan", pela Som Livre, que incluía uma de suas criações mais consagradas, "Flor-de-lis".
No final da década de 1970, suas composições adquiriram estilo de grande lirismo e letras com elaborados jogos de imagens.
Em 1980, pela EMI, lançou o disco "Alumbramento".
Seu disco seguinte, "Seduzir", apresentava trabalho percussivo com características africanas, incluindo sucessos como "Açaí" e "Faltando um pedaço".
Assinando contrato com a CBS (atual Sony Music), viajou para os EUA para gravar "Luz", disco que incluiu a expressão "caetanear" na letra de "Sina", retribuída por Caetano Veloso ao gravar a musica no LP "Cores e nomes", em que usa o verbo "djavanear".
Além disso, "Luz" contou com a participação de Stevie Wonder na faixa "Samurai".
Em 1984 lançou "Lilás" (com Lilás, Esquinas, Infinito) e participou como ator do filme "Para viver um grande amor", de Miguel Faria Jr.
Ainda na década de 1980, gravou os discos "Meu lado" (1986), com "Segredo", "Topázio" e "Quase de manha"; "Não é azul mas é mar" (1987), com "Dou não dou", "Florir", "Soweto" – gravado nos EUA, em inglês, como Bird of Paradise(1988) –; e Djavan (1989), com Corisco, Vida real, e cuja música "Oceano", acompanhada pelo violão de Paco de Luccia, foi incluída na trilha da novela Top Model, da TV Globo.
Seus discos, que passaram a mesclar diversos gêneros musicais, como samba, funk, música de viola, baladas e ritmos africanos, tornaram-se sucesso no mercado brasileiro e internacional.
Na década de 1990, lançou os CDs "Coisa de acender" (1992, Sony), em que aparece "Linha do Equador", sua primeira composição em parceria com Caetano Veloso; "Novena" (1994, Sony), em que explora a tradição nordestina e faz parceria com a filha Flávia Virgínia na musica "Avo"; e "Malásia" (1996, Sony), que traz "Correnteza" (Tom Jobim e Luís Bonfá) e "Sorri" (Smile, Charles Chaplin, versão de João de Barro).
Algumas de suas composições encontraram grandes interpretes, como Gal Costa (Açaí, Maria Bethânia (Alibi), Caetano Veloso (Oceano), Roberto Carlos (A ilha) e Nana Caymmi (Meu bem-querer). Nos EUA teve intérpretes como Carly Simon, Al Jarreau, Carmen McRae e o grupo Manhattan Transfer.
Foram seus parceiros Artur Maia (Alivio), Orlando Morais (A rota do indivíduo), Gilberto Gil (Corisco), Chico Buarque (Alumbramento), alem de Cacaso, Aldir Blanc, Nelson Mota, entre outros."

Devassar minha vida!

Vai saber até meu sobrenome e as asas do meu destino.

Sequei cinquenta e quase oito.

Você é raiz de maniotti utilissima. Arranca-se com a mão, vem com tudo e transforma-se em alimento de corpo, alma, fala e mente. Eu sou raiz de baobá. Só dou sombra e medito.

Quem não gosta de você diz que isso é música de preto, mas gosto tanto dela assim. Diz que não tem presença no palco, mas não fecha os olhos e nem faz caretinhas pra cantar. A voz sai fácil.

Não gosto de futebol, não entendo, não sei. Mas posso gostar do Flamengo. Ya me gusta el flamenco, pues portucallis y españa soy y mi encanta la color lilas y las puntas de estrella.

Devia acordar com mantras, com meditação, com vacuidade e sabedoria. Mas cedi à ilusão, te segui, te encontrei, acordei com um Cigano e seu Álibi e me joguei sem medir! Em vez de buscar o cd de mantras, perdi o tino, busquei o seu e te devorei!

Com fone de ouvido que tem gente dormindo, te ouvi alto, dentro, horas, mesmo com o sol nascido e a manhã rompida e me arrependi de não ter ido te ver quando veio aqui.

Volta! Volta? Quando? Me dê um daqueles sinais! Não me deixe desigual!

Brigadô!

"Por ser exato, o amor não cabe em si. Por ser encantado, o amor revela-se. Por ser amor, invade e fim!"

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Buda e o budismo.


O budismo é uma das religiões mais interessantes do mundo e tem sido praticado largamente através do extremo oriente. No entanto, também se tornou recentemente muito popular entre muitas pessoas nos Estados Unidos. Por exemplo, o ator Richard Gere assim como muitas outras celebridades abraçaram e patrocinam os benefícios do budismo. As origens do budismo datam de mais de 2000 anos e, embora o budismo seja agora uma religião, tudo que ele contém se deve às raízes espirituais que figuram no hinduísmo. O budismo, que tem como seu ídolo uma estátua de seu fundador Sidarta Gautama (que é mais conhecido como o Buda), promove uma doutrina de paz, tranqüilidade e resolução interna, vivência moral e, se diz que seguir os caminhos do Buda traz paz e harmonia espiritual perfeita.

Buda é uma palavra que significa “o supremamente iluminado”ou aquele que tem uma mente ou espírito completamente desperto“. Sidarta Gautama conquistou este título durante o século VI aC após uma profunda jornada espiritual. Ele expôs vários princípios ou verdades e estes ensinamentos se tornaram a espinha dorsal fundamental da doutrina budista. Estes ensinamentos foram interpretados um tanto diferentemente em lugares onde o budismo se espalhou (tais como o Japão, por exemplo), mas os princípios do budismo continuam os mesmos em todos os lugares: o budismo é uma busca pela redução do sofrimento e da dor através da meditação e uma busca por uma vida simples, livre de anseios.

O Buda não é considerado um deus e os budistas não rezam para ele ou para sua imagem em troca de favores. Pelo contrário, eles meditam sobre como podem alcançar paz, amor, compaixão dentro de si mesmos. O budismo tem cinco grandes preceitos e os budistas se esforçam para seguir estes preceitos

Eles são:
1. Não matar nenhum ser.
2. Não roubar ou tomar para si qualquer coisa que não lhe foi dado.
3. Abster-se de conduta sexual errônea e excesso de satisfação sensual.
4. Não mentir.
5. Abster-se do uso de álcool e drogas que nublam a mente e prejudicam o pensamento.

Seguindo estes preceitos e libertando-se dos desejos ansiosos, os budistas sentem que podem atingir o nirvana, uma paz espiritual. Uma vez que tenham atingido o nirvana e vêem que a vida não é feita de desejos, coisas materiais ou luxúria, os budistas se tornam capazes de usar seu tempo para melhorar o mundo. O ídolo mais comumente associado ao budismo é a estátua do Buda com seus braços dobrados sobre o colo e um sorriso de felicidade no rosto. Diz-se que a estátua serve par representar a compaixão e a tranqüilidade espiritual do Buda e, quando os budistas não podem rezar para o Buda, eles abaixam a cabeça para a estátua para reconhecer e agradecer o Buda pelos seus ensinamentos. Como cada vez mais e mais pessoas descobrem o budismo, a estátua do Buda pode ser encontrada em muitos lares através do mundo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A verdadeira compaixão


"A verdadeira compaixão surge por qualquer tipo de sofrimento, pelo sofrimento de todos os seres. Ela ela não está ligada ao que é certo ou errado, ao apego ou aversão."

Chagdud Tulku Rinpoche

O velho.


"O velho despoja-se da memória para entrar no céu. Se assim não fosse haveria anjos no mundo e saudade no paraíso."

(autor desconhecido)

domingo, 26 de abril de 2009

Lama Thubten Yeshe

Lama Thubten Yeshe (... / 1984)

Lama Zopa Rinpoche

Lama Thubten Yeshe nasceu no Tibet e foi educado na grande Universidade Monástica de Sera em Lhasa. Em 1959 ele fugiu e, por fim, iniciou o Monastério Kopan no Nepal com seu principal discípulo Lama Zopa Rinpoche onde ensinaram o budismo para os ocidentais. Fundou a FPMT (Fundação para a Preservação da Tradição Mahayana) http://www.fpmt.org/ em 1975 e viajou pelo mundo afora difundindo o dharma. Ele ajudou profundamente centenas de alunos e faleceu em 1984.

“Podemos corrigir nossa atitude! Podemos corrigir nossas ações! Não pensem que ‘minhas atitudes, minhas ações são meu carma anterior e eu não posso fazer nada’. Esta é uma compreensão errada do carma. Não pensem ‘Eu sou impotente’. Nós temos poder, seres humanos! Nós temos o poder de mudar nosso modo de vida, mudar nossas atitudes, mudar nossos hábitos! Esta é a capacidade que chamamos de potencial búdico ou poder de Deus, ou seja, lá como vocês chamem. É por isso que o budismo é simples, muito simples. É um ensinamento universal. É compreensível para qualquer pessoa religiosa ou não religiosa. Esta é a beleza do ser humano! Ele tem instrumentos poderosos! Para qualquer tipo de coisa nós temos a habilidade e o poder de transformar tudo em alguma outra coisa. É por isso que o budismo tibetano tem tantos métodos para transformar o apego em um caminho para a liberação, para transformar o desejo em um caminho para a liberação. Enfatizamos muito o método! Do ponto de vista do budismo não há nenhum problema humano que não possa ser interrompido pelo próprio ser humano e ele, pessoalmente, ter a compreensão e tomar coragem de que pode lidar e interromper todo o ‘meu problema’. Acho que esta atitude é essencial para o crescimento de alguém. Acredito de verdade que todos nós, mesmo não sendo grandes meditadores ou nem mesmo bons espiritualmente, se tivermos alguma compreensão e força de vontade, podemos parar o problema. Na maioria das vezes falhamos na compreensão da nossa própria capacidade. Nos colocamos para baixo. É por isso que o budismo tibetano, muitas vezes, vê o Buda em vocês, vocês são o próprio Buda. Tenho certeza que vocês já ouviram isso.”

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Earth Day



Acabo de ver um filme grandioso, majestoso e, ao mesmo tempo, assustador. É um longo documentário e eu adoro documentários. Chama-se “Earth”. É da BBC Worlwide, mas produzido pela Disney. A música não podia ser mais sensacional com a Filarmônica de Berlim regida pelo maestro George Fenton. Sabe aquela música que entra dentro da gente pelos ouvidos, pelos olhos, pela boca e que retumba no plexo solar? Pois é. É natureza pura e não adianta! Não temos como tomar partido, pois todos os animais têm que comer. Tive peninha do urso, raiva do Chitah, torci pelos filhotinhos e chorei quando não deu. Problema meu! O grande tubarão branco é uma câmera lenta espetacular! Achei graça dos macacos atravessando um rio pela cintura, parecendo reclamar, resmungando, sei lá, mas depois me lembrei que, muitas vezes, somos tolos e palhaços como eles e que, no fundo, foi por isso que eu ri. Mas é uma baita reflexão sobre os reinos animais e humanos. Cada um faça a sua que eu não vou falar da minha. É um tanto inefável. A gente tem mais é que acordar de verdade para o tal do “global warming” porque senão, no fim, vamos todos nos ferrar. Como somos frágeis! Isso vem de tão longe que me lembrei de uma citação -acho que do Gandhi-ji - na minha adolescência, ou seja, há cerca de quarenta e cinco anos atrás: “Na natureza, não interfira jamais.” É como a gente pensa: acontece com os outros. Comigo não... Então, tá!

http://www.loveearth.com/

Misturei tudo de novo!

Pirei completamente! Antes achava que não podia, ou melhor, não devia - sempre essa paranóia - misturar budismo com as outras coisas que eu gosto. Mundaninhas. Trabalhos manuais, artes plásticas, arquitetura, decoração, um faz tudo sem fim. Mas eu não tenho cabeça para administrar dois blogs. Então, misturei de novo tudo que eu tinha separado e fiquei só com um. Deu um trabalhão! Fiquei sentada um bom tempo só fazendo isso e ainda não acabei.

De qualquer forma, o blog vai é tecendo mesmo, urdindo suas tramas, seja praticando, meditando, contemplando, costurando ou fazendo um crochezinho básico. Acho que vai dar certo porque a vida é assim, feita de projetos, de planos que nunca acontecem do jeito que a gente imagina, de calma, sossego, pulos e sufocos.

Então, o Buffet du Crochet sifinôsse. Mas não se assuste, pessoal que me acompanha! Como diz o mineirinho do interior, tem de um tudo travêis, viu, sô?

Tashi delek!

The Eight Benefits - Os Oito Benefícios

1. Closer to Buddhahood and enlightenment.
2. Please the Buddhas and the Boddhisatvas.
3. Overcome evil influences.
4. Avoid improper activities and thoughts.
5. Reach high realizations.
6. Always meet teachers.
7. Never fall into lower realms.
8. Attain temporary and ultimate goals with ease.

1. Aproxime-se do estado búdico e da iluminação.
2. Satisfaça os budas e bodisatvas.
3. Supere as influências negativas.
4. Evite atividades e pensamentos negativos.
5. Alcance altas realizações.
6. Sempre encontre professores.
7. Nunca caia em reinos inferiores.
8. Alcance metas temporárias e últimas sem esforço.

Respire! Você está vivo.

A maioria dos leitores deste livro não vive em florestas, debaixo de árvores ou em mosteiros. Em nossa vida diária dirigimos carros e esperamos ônibus, trabalhamos em escritórios e fábricas, falamos ao telefone, limpamos nossas casas, preparamos comida, lavamos roupa e assim por diante. Portanto, é muito importante aprendermos a praticar a plena consciência na respiração durante as diversas atividades de nossa vida diária. Usualmente, quando desempenhamos essas tarefas, nossos pensamentos vagueiam e nossas alegrias, tristezas e raiva ficam difíceis de ser controladas. Apesar de estarmos vivos, não conseguimos trazer nossa mente para o momento presente e vivemos no esquecimento. Mas a maior parte de nossas atividades diárias pode ser realizada enquanto seguimos a respiração de acordo com as instruções deste sutra e, assim, podemos sorrir para afirmar que somos nós que estamos no controle de nós mesmos.

Contracapa do livro "Respire! Você está vivo." de Thich Nhat Nanh - Editora Vozes

The Nine Steps of Death Meditation - Os Nove Passos da Meditação sobre a Morte.

A. Death is certain.
1. The Lord of Death is unstopable.
2. Life leaks away continually.
3. There is not enough time to practice.

B. The time of death is uncertain
1. No telling when it will happen.
2. No telling how it will happen
3. The body is fragile.

C. Only dharma can help when you die.
1. Wealth can not help.
2. Friends and family can not help.
3. Your body can not help.


A. A morte é certa.
1. O Senhor da Morte não pára.
2. A vida escorre continuamente.
3. Não há tempo suficiente para praticar.

B. A hora da morte é incerta.
1. Não se sabe quando ela acontecerá.
2. Não se sabe como ela acontecerá.
3. O corpo é frágil.

C. Só o dharma pode ajudar quando você morrer.
1. A riqueza não pode ajudar.
2. Os amigos e a família não podem ajudar.
3. Seu corpo não pode ajudar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Jetsun Milarepa

Clicando na imagem vocês terão um papel de parede!

“My grandfather of mindfulness must watch constantly after this spoiled child of deluded mind to save him from disaster.”

" Meu avô de plena consciência deve tomar conta constantemente dessa criança mimada de mente deludida para salvá-la de acidentes."

"In any circumstance whether I am sleeping, walking or eating, I pursue my meditations uninterrupedly."

"Em qualquer circunstância, esteja eu dormindo, caminhando ou comendo, eu busco minhas meditações ininterruptamente."

Discovering Buddhism – Little Notes / Descobrindo o budismo - Pequenas anotações.

You’re conscience is beginingless! Sua consciência não tem começo!

Enlightenment is not some kind of nice feeling; it’s a little bit more than that! A iluminação não um tiso de sentimento gostoso; é muito mais que isso!

1. You will practice dharma perfectly. Você praticará o dharma perfeitamente.
2. You will destroy delusions and misdeeds. Você destruirá delusões e atos errôneos.
3. You will begin practicing dharma seriously. Você passará a praticar o dharma com seriedade.
4. It will inspire you to practice well. Ele o inspirará a praticar bem.
5. It will bring your practice to completion. Ele levará a sua prática até o fim.
6. You will live happily and die without regrets. Você viverá feliz e morrerá sem arrependimentos.

When there’s no inner enemies the outer enemies can not harm you! Seus inimigos internos e externos não podem ferí-lo!

You’d better choose your gurus carefully because you are going to end up like them! é melhor escolher serus gurus com cuidado porque você vai ficar como eles! – Pabongka Rinpoche

Untill the thought of impermanence and death arises in your mind, the entire path of dharma is blocked! Até que o pensamento da impermanência e da morte apareça na sua mente, todo o caminho do dharma estará bloqueado! – Geshe Potowa

If you really put effort there is no question that you can even become a buddha! Se você realmente se esforçar não há dúvida de que você se tornará um buda! – Geshe Lobsang Tarchin Rinpoche

If you neglect to protect your mind you can neither close the door to suffering nor open the door to happiness! Se você neglicenciar em proteger sua mente não poderá fechar a porta para o sofrimento nem abri-la para a felicidade! - Lama Zopa Rinpoche

A primeira agulha


Quem nunca se desligou do mundo externo enquanto fazia um trabalho manual que atire a primeira agulha!

Poema feminino

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
A barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que 'dele' não lembra nem o nome?
Só as mulheres para entenderem o significado deste poema!
Estamos em uma época em que:
Homem dando sopa,
é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres.
Pior do que nunca achar o homem certo
é viver pra sempre com o homem errado.
Mais vale um cara feio com você
do que dois lindos se beijando.
Se todo homem é igual, porque a gente escolhe tanto?
Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é o lobo-mau!
Que te ouve melhor...
Que te vê melhor...
E ainda te come!
Para mulheres maravilhosas que precisam rir,
ou para homens que possam lidar com essa realidade!

Tem de um tudo!

http://www.etsy.com/

Para quem gosta de música diariamente... Beatles

Vidas inteiras - Adriana Calcanhoto

Se eu não disser que os gatos são da minha prima Pipida, ela vai ficar magoada. Se eu disser, espero que ela não fique toda metida, cheia de si, ah, rempli de sois même mesmo! Então, tanto faz. Depende da reação dela! Ela tem onze gatos que já fazem parte de um calendário e agora - que chique - um vídeo!
http://www.youtube.com/watch?v=q-dOhuWQm9U

Do bom e do melhor - Leila Ferreira

Leila Ferreira - repórter, escritora e mineira de Belo Horizonte - Simpatia!

E-mails trocados entre nós duas!

Oi, Leila!Fazendo sucesso como sempre! Nem vou pedir licença porque já postei no meu blog, mas com foto, elogio e tudo! Passa lá...Beijos mineiros.

Olá, Ana Carmen, tudo bom? Super obrigada por acolher minhas palavras na sua casa virtual. Que, aliás, é uma delícia. Que blog simpático, charmoso, acolhedor... Tem muito de Minas e muito do mundo - o que, na minha opinião, é a mistura ideal. Cada vez gosto mais de Minas. E cada vez me interesso mais pelas coisas do mundo... Ótima Páscoa pra você. E que sua vida vá tecendo sonhos e alegrias com a delicadeza com que você tece seu blog. Muitas coisas boas e muita paz no seu caminho. Beijos gratos da Leila.

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...

Mulher de topo.

O que é ser uma mulher de topo? Alguém que “subiu” na vida, construiu um império, ganha muito dinheiro, viaja a toda hora, seja a negócios ou a lazer?
O que é uma mulher de topo? Alguém que está sempre com um carro importado, zero quilômetro, apartamento um-por-andar na zona sul, com direito a um elevador só seu, jardins maravilhosos, área de lazer, piscina, academia, salão de festas, quadras de tênis?
O que é uma mulher de topo? Aquela madame que, com insufilm no carro, dirige só para ela falando no celular? Esquece dos outros automóveis, motos, bicicletas e principalmente do pedestre? Ah, pobre pedestre invisível!
O que é uma mulher de topo? É aquela que estaciona onde bem entende inclusive na calçada do pedestre e o obriga a passar pela rua? Invertem-se os papéis.
Por falar em papéis, ela descarta os seus na rua. Nem sonha que isso dá multa! Pede sempre ao porteiro para chamar a pessoa com quem combinou seus programas carérrimos e chiquérrimos? Afinal, ela é uma mulher de topo. Não pode descer do carro. Os outros estão ali única e simplesmente para servi-la. Dá muito trabalho descer do carro, trancá-lo. Só um apitinho no controle dá muito trabalho! Tocar o interfone então? Nem pensar!
Não! A verdadeira mulher de topo é aquela que deseja a paz, promove a união, divide suas alegrias e esperanças. Confraterniza com sinceridade e não com inveja. Ela lê - coisa que preste e não revistas "zera-QI"- , se informa, respeita, é solidária, amiga. A mulher de topo vê os outros na mesma altura, pois, em seu equilíbrio todos estão no mesmo nível. Ela, sim, tem sucesso na vida! Essa verdadeira mulher de topo irradia sua luz interior!

Ilustrando, vejam o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=b-HaI7p6jnA

Animais, adoráveis companheiros.

Animais proporcionam segurança, diversão e afeição. Quando eu era criança, nós tínhamos uma cachorra chamada Mecha Preta. A Mecha - também chamada de Biscoito - era uma amigável vira-lata que se parecia com uma versão pequena de um perdigueiro do Labrador. Sempre que a deixávamos sozinha, mesmo que fosse por poucas horas, ela ficava tão excitada com a nossa volta, que podíamos ouví-la correndo lá dentro antes mesmo que a chave tocasse a fechadura.
Quando abríamos a porta, ela disparava prá fora como se fosse um borrão de pelo preto em alta velocidade. Depois, dava voltas e cheirava-nos como se fôssemos amigos que ela não via há muitos anos. Mesmo que voltássemos de um passeio rotineiro ou de um picnic que achávamos que tivesse durado pouco tempo, ela nos fazia sentir felizes por estarmos em casa.

Um animal de estimação oferece tanto para uma criança... Atualmente, com as mudanças dos padrões familiares, um cachorro ou um gato desempenham cada vez mais um papel importante na vida de uma criança, oferecendo tanto segurança quanto diversão e afeição.

Crescendo com animais
Estudos começam a mostrar o que a maioria dos amantes dos animais já sabem a muito tempo: as crianças se beneficiam tremendamente quando crescem com animais. Em recente estudo o psicólogo Michael Levine descobriu que “as pessoas que crescem com um animal mostram uma maior responsabilidade social, melhor ajustamento e desenvoltura social.” Até a criança que está começando a andar pode se relacionar com cães e gatos. Ela gosta de interagir com alguém do seu tamanho e pode aprender lições importantes sobre gentileza e respeito. Crianças de 3 a 10 anos de idade podem ser grandes amigas dos animais. Na verdade, alguns amigos verdadeiros e cães - ou gatos - são inseparáveis. Mas, de acordo com um estudo recente, o adolescente provavelmente terá o vínculo mais estreito com o animal da casa. Um gato ou um cachorro são uma importante “âncora” para os instáveis anos de adolescência.

Duas chaves para construir boas relações entre animais e pessoas da família são o momento da escolha e a cooperação. Você deve direcionar uma criança gradualmente para seus deveres e tarefas de dono de um animal. Muitos pais adquirem um cão ou gato “para as crianças” e esperam elas assumam responsabilidades para as quais elas ainda não estão prontas. Isto só transforma o animal numa tarefa chata e não deixa que as crianças criem o tipo de vínculo que as faria ansiosas pelas necessidades de seus bichinhos, pela hora de alimentá-los, etc.

Crianças em idade escolar são capazes de criar uma variedade de alimentação e adestramento, mas poucas estão prontas para a disciplina da manutenção diária essencial. A escovada diária é uma boa tarefa para crianças em idade escolar. É um trabalho gostoso e que proporciona um retorno inestimável. Elas podem ajudar na alimentação e na limpeza, mas serão mais cooperativas se puderem participar voluntariamente.

Do princípio da adolescência em diante, no entanto, as crianças se beneficiam profundamente sendo responsáveis pelas necessidades e desejos de um animal. Um cão persistente geralmente tem mais paciência que um adulto para suportar um adolescente irritado e mal humorado. As rotinas de um animal terão um efeito calmante e estabilizador na maioria dos adolescentes. E não há nada melhor para um adolescente alienado do que se sentir necessário por um amável animal.Uma presença garantida.

Um animal de estimação faz uma diferença especial para crianças que ficam sós em casa após a escola até que seus pais cheguem. Lynette Long, uma psicóloga infantil e autora do best-seller “Hand book for latchkey children and their parents” (Livro de mão para crianças “com a chave” e seus pais) declara que cerca de dez milhões de crianças com menos de 14 anos tomam conta de si mesmas por aproximadamente tres horas numa tarde. Para estas crianças, um gato ou um cachorro fazem a diferença entre voltar para uma casa vazia e voltar para uma casa que tem uma companhia agradável e protetora. Um amigo peludo pode proteger uma criança de todo tipo de ameaças, sejam reais ou imaginárias. Um ronronar ou um abanar de rabo garantem à criança que nenhum estranho estará por perto. E mesmo um pequeno filhote pode dar um poderoso latido para desencorajar um ladrão. Mais que tudo, um animalzinho esperto pode manter a mente de uma criança longe das criaturas à espreita em sua imaginação.Melhores amigosTédio e solidão são outros grandes desafios para as crianças que ficam a sós em casa. -”Não abra a porta para ninguém!” - é a regra que os pais mais determinam quando as crianças ficam sozinhas em casa. Um animalzinho pode ajudar a preencher a falha deixada pela família ausente durante algumas horas. Animais de estimação estão sempre prontos para brincar ou para ouvir. Eles ficam felizes em ouvir uma criança relatar os acontecimentos do dia.

Talvez a coisa mais importante que um animal faz pelas crianças é fazê-las sentirem-se amadas de uma maneira serena e sem críticas que as faz confidenciar todas as suas preocupações e mágoas. Cães e gatos não julgam as pessoas, eles não competem com elas. Eles só oferecem amizade e lealdade incondicionais.

Isto é muito útil em situações de stress. Os psicólogos chamam a isto de “triangulação”, isto é, ter um partido neutro que ajuda a reduzir tensões e a dissolver conflitos. Por exemplo, um cão com uma bola pode proporcionar uma pausa para uma brincadeira, um “refresco” quando as tensões estão altas. Os animais de estimação fazem companhia quando uma criança é deixada de fora das brincadeiras de um irmão mais velho. Proporcionam conforto quando as famílias “mudam de forma” - e as famílias de hoje sempre mudam de forma. Num estudo recente, a psicóloga Aline Kidd descobriu que alguns animais de estimação proporcionam continuidade durante um divórcio. Uma criança lhe disse que “quando estou com meu pai, o cachorro não me deixa sentir falta da mamãe e quando estou com minha mãe, o gato não me deixa sentir falta do meu pai.”
Uma criança aprende a respeitar a vida quando aprende a cuidar de um animal, a importância de seu horário de comer, quando brincar e até quando parar de provocá-lo. Basicamente, os animais mostram à criança como amar e ser amada por alguém tão diferente dela. Estas são lições tão importantes que, ao se fazer uma comparação, fazem o custo para manter um animal parecer muito pequeno.

Por Cynthia Jabs - “You and your pet”- Country Living Magazine - dez. 1989 - pag.
154
Traduzido por Pema Lodrön em 06-01- 1997.

Alimentos para combater o mau-humor

A sua refeição pode ser melhor que muitas farmácias. Conheça a alimentação que diminui o nervosismo, a ansiedade e o cansaço e que tem o poder de estimular o funcionamento do sistema nervoso, diminuir a irritação e espantar a tristeza, entre outros benefícios.

Alface: Ótima para amenizar a irritação. O talo da alface possui uma substância chamada lactucina, que funciona como calmante. Além disso, é rica em fosfato, a falta deste mineral pode causar depressão, confusão mental e cansaço.

Banana: Esta fruta diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono bem mais tranqüilo. Tudo isso graças à boa quantidade de carboidratos, potássio, magnésio e biotina. A banana também dá o maior pique, pois possui vitamina B6, um dos responsáveis por produzir energia.Espinafre: Contém potássio e ácido fólico, que ajudam na prevenção da depressão. E ajuda a estabilizar a pressão arterial, além de garantir um bom funcionamento do sistema nervoso, graças as vitaminas A, C e do complexo B, fosfato e magnésio.

Frutos do mar: Os alimentos vindos do mar são ricos em zinco e selênio que agem no cérebro, diminuindo ansiedade e cansaço. Também são boas fontes de ômega-3 (gordura que auxilia na diminuição de colesterol ruim LDL na corrente sanguínea) e proteínas, ambos essenciais para o bom funcionamento do coração.

Mel: Estimula a produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e prazer.

Laranja: Ajuda o sistema nervoso a trabalhar adequadamente, isso devido as boas concentrações de vitamina C, cálcio e vitaminas do complexo B. Essa fruta ainda é energética, previne a fadiga e hidrata.

Uva: A vitamina C e os flavonóides (antioxidantes), retardando envelhecimento da pele e ajudam a combater o colesterol ruim. Tem boas doses de vitaminas do complexo B, que ajudam o bom funcionamento do sistema nervoso. É rica em glicose, por isso é um bom energético. Tem o mesmo efeito que o vinho para quem não tolera o álcool. (Como eu!)

Jabuticaba: É rica em carboidratos, que fornecem energia ao nosso organismo. Também é repleta de ferro não heme e vitamina C, que ajuda a aumentar as defesas do organismo e suas vitaminas do complexo B agem como antidepressivos.

Ovos: As substâncias que garantem o bom humor são a tiamina e a niacina (vitaminas do complexo B), ácido fólico e acetilcolina. A carência delas pode causar apatia, perda de memória e ansiedade.

Mujeres alteradas

Texto de Maitena

Una mujer alterada no es una loca.

Suponiendo que a las mujeres también nos consideren personas, una mujer alterada es una persona que está cambiando. Y creo que fue Borges quien dijo que los únicos que nunca cambian son los tontos y los muertos.

Si bien es cierto que una cosa es sufrir un cambio y otra muy distinta es hacérselo sufrir a otros, convengamos que uno cambia cuando no soporta más lo que le pasa, por mucho que les pese a los que no puedan soportarlo.

Así, la que hasta ayer te esperaba despierta, te cambia la cerradura; la que te esperaba dormida, se compra portaligas; la que veía siete telenovelas, se anota en siete cursos; la que manejaba una empresa, se quiere ir a vivir en carpa; la que cuidaba a la suegra como a una madre, la interna en un geriátrico; la flaca se pone hecha una vaca y la gorda baja veinte kilos. En el medio, te van tratando de "pirada", insatisfecha, ciclotímica, inmadura, egoísta y por supuesto, del peor de los insultos: feminista. Pero no todo es negro: muchos de nuestros cambios son recibidos con gran alegría por aquéllos que nos rodean, como nuestro nuevo marido o nuestro viejo analista. Y no fue fácil para nosotras las mujeres descubrir que teníamos derecho a cambiar. Por largo tiempo pensamos que lo mejor hubiera sido ser otra. Hoy, que sabemos que hasta la más superada se come las uñas, estamos más contentas con nosotras mismas. Cambiando lo que no nos gusta y no sólo los pañales o el rouge. Y lo logramos. En estos últimos años las mujeres cambiamos mucho. Antes, sólo estábamos obsesionadas por conseguir un marido. Ahora además, estamos estresadas por exigirnos logros profesionales, trastornadas por la culpa que nos provoca la maternidad y desesperadas por combatir la celulitis...!!!

ES BUUUENO SER MUJERRRRR porque...

Nos bajamos primero del Titanic... Podemos asustar a nuestros jefes hombres con excusas de misteriosos desordenes ginecológicos. Los taxis se detienen por nosotras.

Tenemos la habilidad de vestirnos nosotras mismas y comprar nuestra propia ropa...

Podemos hablarle a la gente del sexo opuesto sin tener que imaginarnoslos desnudos...

Hay veces en las que el chocolate realmente puede resolver nuestros problemas.

Nunca nos arrepentiremos de habernos perforado las orejas. Podemos deducir como es alguien con tan solo mirarle los zapatos. Podemos hacer comentarios sobre cuan tontos son los hombres en su presencia porque no están escuchando de todas maneras.

LO IMPORTANTE ES QUE........Mujeres: Ellas sonrien cuando quieren gritar. Cantan cuando quieren llorar. Lloran cuando están felices y rien cuando estan nerviosas. Luchan por lo que quieren. No toman un "no" por respuesta cuando creen que hay una mejor solución. Andan sin zapatos nuevos para que sus hijos puedan tener los suyos. Van al médico con una amiga asustada. Aman incondicionalmente. Lloran cuando sus niños sobresalen y animan a sus amigos a que lo hagan. Se les rompe el corazón cuando muere un amigo. Sufren con la pérdida de un miembro de la familia, aunque son fuertes cuando creen haber perdido la fuerza.

Saben que un beso y un abrazo pueden curar un corazón herido. Las mujeres vienen de todos los tamaños, colores y formas. Ellas manejan,vuelan, caminan, corren o escriben por correo electrónico para demostrarte cuánto les importas. El corazón de una mujer es lo que hace al mundo girar

Las mujeres hacen más que solo dar a luz : traen alegría y esperanza. Ellas dan compasión e ideales. Dan apoyo moral a sus familiares y amigos.

Reenvíalo a tus mujeres amigas para recordarles cuán increíbles son... Alterada? Si !! Y a mucha honra !!!

Elojio de la mujer brava - Héctor Abad

'Estas nuevas mujeres, si uno logra amarrar y poner bajo control al burro machista que llevamos dentro, son las mejores parejas'.
Por Héctor Abad
A los hombres machistas, que somos como el 96 por ciento de la población masculina, nos molestan las mujeres de carácter áspero, duro, decidido. Tenemos palabras denigrantes para designarlas: arpías, brujas, viragos, marimachos. En realidad, les tenemos miedo y no vemos la hora de hacerles pagar muy caro su desafío al poder masculino que hasta hace poco habíamos detentado sin cuestionamientos. A esos machistas incorregibles que somos, machistas ancestrales por cultura y por herencia, nos molestan instintivamente esas fieras que en vez de someterse a nuestra voluntad, atacan y se defienden.
La hembra con la que soñamos, un sueño moldeado por siglos de prepotencia y por genes de bestias (todavía infrahumanos), consiste en una pareja joven y mansa, dulce y sumisa, siempre con una sonrisa de condescendencia en la boca. Una mujer bonita que no discuta, que sea simpática y diga frases amables, que jamás reclame, que abra la boca solamente para ser correcta, elogiar nuestros actos y celebrarnos bobadas. Que use las manos para la caricia, para tener la casa impecable, hacer buenos platos, servir bien los tragos y acomodar las flores en floreros. Este ideal, que las revistas de moda nos confirman, puede identificar-se con una especie de modelito de las que salen por televisión, al final de los noticieros, siempre a un milímetro de quedar en bola, con curvas increíbles (te mandan besos y abrazos, aunque no te conozcan), siempre a tu entera disposición, en apariencia como si nos dijeran "no más usted me avisa y yo le abro las piernas", siempre como dispuestas a un vertiginoso desahogo de líquidos seminales, entre gritos ridículos del hombre (no de ellas, que requieren más tiempo, y se quedan a medias).
A los machistas jóvenes y viejos nos ponen en jaque estas nuevas mujeres, las mujeres de verdad, las que no se someten y protestan, y por eso seguimos soñando, más bien, con jovencitas perfectas que lo den fácil y no pongan problema. Porque estas mujeres nuevas exigen, piden, dan, se meten, regañan, contradicen, hablan, y sólo se desnudan si les da la gana. Estas mujeres nuevas no se dejan dar órdenes, ni podemos dejarlas plantadas, o tiradas, o arrinconadas, en silencio, y de ser posible en roles subordinados y en puestos subalternos. Las mujeres nuevas estudian más, saben más, tienen más disciplina, más iniciativa, y quizá por eso mismo les queda más difícil conseguir pareja, pues todos los machistas les tememos.
Pero estas nuevas mujeres, si uno logra amarrar y poner bajo control al burro machista que llevamos dentro, son las mejores parejas. Ni siquiera tenemos que mantenerlas, pues ellas no lo permitirían porque saben que ese fue siempre el origen de nuestro dominio. Ellas ya no se dejan mantener, que es otra manera de comprarlas, porque saben que ahí -y en la fuerza bruta- ha radicado el poder de nosotros los machos durante milenios. Si las llegamos a conocer, si logramos soportar que nos corrijan, que nos refuten las ideas, nos señalen los errores que no queremos ver y nos desinflen la vanidad a punta de alfileres, nos daremos cuenta de que esa nueva paridad es agradable, porque vuelve posible una relación entre iguales, en la que nadie manda ni es mandado. Como trabajan tanto como nosotros (o más) entonces ellas también se declaran jartas por la noche, y de mal humor, y lo más grave, sin ganas de cocinar. Al principio nos dará rabia, ya no las veremos tan buenas y abnegadas como nuestras santas madres, pero son mejores, precisamente porque son menos santas (las santas santifican) y tienen todo el derecho de no serlo.
Envejecen, como nosotros, y ya no tienen piel ni senos de veinteañeras (mirémonos el pecho también nosotros, y los pies, las mejillas, los poquísimos pelos), las hormonas les dan ciclos de euforia y mal genio, pero son sabias para vivir y para amar, y si alguna vez en la vida se necesita un consejo sensato (se necesita siempre, a diario), o una estrategia útil en el trabajo, o una maniobra acertada para ser más felices, ellas te lo darán, no las peladitas de piel y tetas perfectas, aunque estas sean la delicia con la que soñamos, un sueño que cuando se realiza ya ni sabemos qué hacer con todo eso.
Somos animalitos todavía, los varones machistas, y es inútil pedir que dejemos de mirar a las muchachitas perfectas. Los ojos se nos van tras ellas, tras las curvas, porque llevamos por dentro un programa tozudo que hacia allá nos impulsa, como autómatas. Pero si logramos usar también esa herencia reciente, el córtex cerebral, si somos más sensatos y racionales, si nos volvemos más humanos y menos primitivos, nos daremos cuenta de que esas mujeres nueva s, esas mujeres bravas que exigen, trabajan, producen, joden y protestan, son las más desafiantes, y por eso mismo las más estimulantes, las más entretenidas, las únicas con quienes se puede establecer una relación duradera, porque está basada en algo más que en abracitos y besos, o en coitos precipitados seguidos de tristeza: nos dan ideas, amistad, pasiones y curiosidad por lo que vale la pena, sed de vida larga y de conocimiento.

Yes! Nós temos banana!

Uma banana ao dia dispensa o médico. Se desejar uma solução rápida para baixos níveis de energia não há melhor lanche que a banana. Contendo três açúcares naturais – sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia. Pesquisas provam que, apenas duas bananas fornecem energia suficiente para noventa minutos de exercício extenuante. Veja as dosagens e os efeitos no final. Não é à toa que a banana como energético é a fruta número um dos atletas bem sucedidos do mundo. A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande número de doenças e condições físicas que a tornam obrigatória na sua dieta diária.

Deseja-se uma solução rápida para baixos níveis de energia, não há melhor lanche que a banana. Contendo 3 açúcares naturais: sacarose, frutose e glicose, combinados com fibra, a banana dá uma instantânea e substancial elevação da energia. Pesquisas provam que apenas 2 bananas fornecem energia suficiente para 90 minutos de exercícios extenuantes. Não é à toa que a banana é a fruta nº 1 dos maiores atletas do mundo. Mas energia não é a única forma de ajudá-lo(a) a ficar em forma. A banana também ajuda a curar ou prevenir um grande número de doenças e condições físicas, que a tornam obrigatória na sua dieta diária.

Anemia: contendo muito ferro, bananas estimulam a produção de hemoglobulina no sangue e ajudam nos casos de anemia.

Pressão arterial: contém elevadíssimo teor de potássio, mas reduzido em sódio, tornando-a perfeita para combater a pressão alta. Tanto que a FDA (agência responsável pelo controle de alimentos e remédios) dos EUA autorizaram a indústria de banana a oficialmente informar sua habilidade de reduzir o risco de pressão alta e infarto.

Capacidade mental: 200 estudantes de uma escola em Twickenham (Middlesex) tiveram ajuda da banana (no café da manhã, lanche e almoço), para elevar sua capacidade mental. Pesquisa mostra que frutas com elevado teor de potássio ajudam alunos a aprender e manter-se mais alerta.

Constipação intestinal: com elevado teor de fibra, incluir bananas na dieta pode ajudar a normalizar as funções intestinais, superando o problema, sem recorrer a laxantes.

Depressão: de acordo com recente pesquisa realizada pela MIND, entre pessoas que sofrem de depressão, muitas se sentiram melhor após uma dieta rica em bananas. Isto porque a banana contém "trypotophan" , um tipo de proteína que o organismo converte em seratonina, reconhecida por relaxar, melhorar o humor e, de modo geral, aumentar a sensação de bem estar.

Ressaca: uma das formas mais rápidas de curar uma ressaca é fazer uma vitamina de banana com leite e mel. A banana acalma o estômago e, com a ajuda do mel, eleva o baixo nível de açúcar, enquanto o leite suaviza e reidrata o sistema.

Azia: elas têm efeito antiácido natural. Se você sofre de azia, experimente comer uma banana para aliviar-se.

Enjôo matinal: comer uma banana entre as refeições ajuda a manter o nível de açúcar no sangue elevado e evita as náuseas.

Picada de mosquito: antes de usar remédios, experimente esfregar a parte interna na casaca da banana na região afetada. Muitas pessoas têm resultados excelentes em reduzir o inchaço e a irritação.

Nervos: elas contém elevado teor de vitamina B, que ajuda a acalmar o sistema nervoso.

Excesso de peso e Pressão no trabalho: estudos do Instituto de Psicologia, na Áustria, mostram que a pressão no trabalho leva à excessiva ingestão de comidas, como chocolate e biscoitos. Examinando 5 mil pacientes em hospitais, pesquisadores concluíram que os mais obesos eram os que tinham trabalhos com maior pressão. O relatório concluiu que, para evitar a ansiedade por comida, precisa-se controlar os níveis de açúcar no sangue. Comendo alimentos ricos em Carboidratos, como bananas, a cada 2 horas, mantém-se estável o nível de açúcar.

TPM: esqueça as pílulas e coma banana. Ela contém vitamina B6, que regula os níveis de glicose no sangue, que afetam o humor.

Úlcera: usada na dieta diária contra desordens intestinais, é a única fruta crua que pode ser comida sem desgaste em casos de úlcera crônica. Também neutraliza a acidez e reduz a irritação, protegendo as paredes do estômago.

Controle de temperatura: muitas culturas vêem a banana como fruta 'refrescante', que pode reduzir tanto a temperatura física quanto a emocional de mulheres grávidas. Na Tailândia, por exemplo, as grávidas comem bananas para os bebês nascerem em temperatura baixa.

Desordens Afetivas Ocasionais: a banana auxilia os que sofrem de DAO, porque contêm um incrementador natural do humor, o "trypotophan".

Fumo: elas podem ajudar pessoas que estão largando o cigarro, porque seus elevados níveis de vitaminas C, A1, B6 e B12, além de Potássio e Magnésio, ajudam o corpo a se recuperar dos efeitos da retirada da nicotina.

Estresse: Potássio é um mineral vital, que ajuda a normalizar os batimentos cardíacos, levando oxigênio ao cérebro e regula o equilíbrio de água no nosso corpo. Quando estressados, nossa taxa metabólica se eleva, reduzindo os níveis de Potássio, que podem ser re-equilibrados com a ajuda da banana.

Enfarto: de acordo com pesquisa publicado no Jornal de Medicina de New England, comer bananas regularmente pode reduzir o risco de morte por enfarto em até 40%!

Verrugas: os naturalistas juram que se quiser eliminar verrugas, basta colocar a parte interna da casca de banana sobre elas e prendê-la com esparadrapo ou fita cirúrgica.

Como vêem, a banana é um remédio natural contra muitos problemas. Comparada à maçã, tem 4 vezes mais proteína, 2 vezes mais Carboidratos, 3 vezes mais Fósforo, 5 vezes mais vitamina A e Ferro e 2 vezes outras vitaminas e minerais. Também é rica em Potássio e, como um todo, é um dos alimentos mais valiosos. Então talvez seja hora de mudar o ditado de "uma maçã por dia dispensa o médico" para "uma banana ao dia dispensa o médico".

O Casal Perfeito - Lia Luft

A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres. Isso eu disse e escrevi e repito em dezenas de palestras por este país afora. Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom pra quem gosta de desafios. O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele? O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas, não se conforma, o desgaste de qualquer convívio e qualquer união? Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinha às festas e sexo difícil e sem afeto.
Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver. Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.
Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito. Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar, a querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça não fique grudado na gente.
O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio. A conta a pagar, a empregada que não veio, o filho doente, a filha complicada, a mãe com Alzheimer, o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor. E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo.Nada foi como eu esperava. Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os filhos, os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir.
Na verdade devia-se reconstruir todos os dias. Usar da criatividade numa relação. O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio. Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi: "Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher". Mas, primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar e pensar: como anda a minha vida? Quero continuar vivendo assim? Se não quero, o que posso fazer para melhorar? Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão. Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e, sobretudo abertura com o outro. Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casa são terrivelmente tristes e terrivelmente comuns. É difícil? É difícil. É duro? É duro. Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino. Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda. O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente, e amém.

Medo só feminino?

Do que as mulheres tem mais medo é das inimigas se darem melhor na vida do que elas! Os homens também!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Os Doze Elos da Originação Dependente

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Diz-se que no momento em que o Buda atingiu a liberação final, ele se perguntou como os seres sencientes, ainda que manifestem a natureza ilimitada, ficam presos ao processo da roda da vida.
Buda compreendeu então que isso acontece em doze etapas e passou a explicar o processo de construção da nossa experiência convencional, do dia-a-dia, através dos 12 elos da originação
dependente. Por outro lado, os 12 elos nos conectam com a natureza última, ou natureza de Buda, pois é dela que nasce este processo.

O primeiro dos 12 elos é avidya, ignorância. É a inteligência dual, separativa, que dá origem às experiências da roda da vida.
O segundo elo é samskara, as marcas mentais sutis que condicionam nossos pensamentos e emoções.
O terceiro é vijnana, o surgimento do primeiro embrião de identidade e das escolhas baseadas nos elos anteriores.
O quarto elo é nama-rupa, ele direciona nosso futuro renascimento em um corpo. O quinto é shadayatana, a mente operando em um corpo embrionário. É aqui que surge o corpo humano.

O sexto elo é spasha, o contato do nosso corpo com o mundo exterior. Na roda da vida ele é representado por um bebê no colo da mãe ou por um casal de namorados. Quando surge spasha, surge o corpo operando no seu universo deludido. Spasha é o contato. O contato do corpo humano com o mundo é feito através dos cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar, tato) e da mente, considerada pelos tibetanos como o sexto sentido.
Os cinco sentidos dão origem a um universo de objetos, conceitos, idéias e temas que são geridos pelo sexto sentido, a mente abstrata, que por sua vez fica limitada à linguagem. Passamos a ver o mundo a partir da limitação dos seis sentidos. Esta prisão ao sexto elo também é um exercício de luminosidade. É uma etapa construída. Podemos fazer assim ou não. Somos livres para fazer diferente.
Na próxima edição, falaremos sobre o sétimo elo.

da revista Bodisatva - http://www.caminhodomeio.org/dialogos/espiritualidade/200-revista-bodisatva-17

VII - Na dependência do contato, geramos o sétimo elo, a sensação interdependente [VEDANA]. Enquanto o contato conhece um objeto como agradável, desagradável ou neutro, a sensação é o fator mental que experiencia o objeto como agradável, desagradável ou neutro. Sempre que conhecemos um objeto geramos uma sensação agradável, desagradável ou neutra.

VIII - O anseio interdependente [TANHA], o oitavo elo, é uma forma específica de apego, cuja função é alimentar ou ativar o potencial de renascer, deixado em nossa consciência por uma ação de composição precedente. Esse tipo de apego acontece na hora da morte. Nessa ocasião, normalmente, desenvolvemos um forte apego-ao "eu", bem como ao nosso corpo, aos amigos, às posses etc. Esse anseio ativa o potencial para o próximo renascimento.

IX - O nono elo é o agarramento interdependente [UPADANA]. Também é um tipo de apego, porém mais intenso que o anseio. O anseio compara-se ao forte desejo de fumar de alguém que abandonou o vício há pouco; o agarramento seria uma intensificação desse desejo, capaz de levar a pessoa a sair de casa para comprar cigarro. O agarramento interdependente se desenvolve depois do anseio interdependente e ativa com força ainda maior o potencial para o próximo renascimento.

XX - O décimo elo, a existência interdependente [BHAVA], é uma ação mental, ou intenção, causada pelos dois elos anteriores, o anseio e o agarramento. Denomina-se "existência" por ser a causa imediata de um novo renascimento na existência cíclica; exemplifica uma causa que é chamada pelo nome de seu efeito. Intenção, em geral, é uma ação mental e sua natureza determina se a mente é virtuosa ou não. Se o fator mental intenção for virtuoso, a mente que o acompanha, com certeza, será virtuosa; o inverso ocorre no caso de um fator mental não-virtuoso.

Embora anseio e agarramento sejam delusões, na hora da morte eles podem causar uma mente virtuosa como, por exemplo, refugiar-se nos seres sagrados e orar. Nesse caso, o décimo elo - a existência dependente-relacionada - será uma ação virtuosa e, com certeza, ativará alguma marca deixada por ações de composição virtuosas; o indivíduo terá, então, um renascimento afortunado como humano ou deus. Por outro lado, se o anseio e o agarramento causarem mentes não-virtuosas, como a raiva, o décimo elo será uma ação não-virtuosa e ativará um potencial de renascer nos reinos inferiores.

XI - O décimo-primeiro elo é o nascimento interdependente [JATI]. Refere-se ao instante em que a consciência ingressa numa nova existência. No caso de um renascimento como ser humano, esse elo refere-se ao ingresso da consciência num óvulo fertilizado no útero materno.

XII - O processo de envelhecimento [JARAMARANA] inicia-se no segundo instante do novo renascimento e prossegue até a morte. O último elo, o envelhecimento e a morte interdependente, abarca esse processo de envelhecimento e a morte.

Os doze elos interdependentes revelam o processo pelo qual nos mantemos acorrentados a um ciclo descontrolado de renascimentos e mortes, com todos os seus sofrimentos associados. A causa fundamental desse descontrole é o primeiro elo, a ignorância – a mente que se agarra à existência inerente. Sob o jugo da ignorância, cometemos ações virtuosas e não-virtuosas, as causas de nossos renascimentos nos reinos superiores ou inferiores do samsara. Tais ações denominam-se de composição e constituem o segundo elo. Cada ação de composição imprime uma marca em nossa mente e a consciência que recebe essa marca é o terceiro elo [vijnana].

Os três primeiros elos costumam ser denominados causas projetantes, pois atuam como causas que nos arremessam para um futuro renascimento descontrolado. Também são chamados de causas distantes de renascimento, pois muitas vidas podem transcorrer antes que esse renascimento se efetive.

Os próximos quatro elos são efeitos projetados e explicam como iremos nos desenvolver depois que formos projetados em um novo renascimento. O quarto elo indica que os novos agregados, nome e forma, constituem a base de imputação para essa recente identidade. Na dependência dos agregados, forma-se o quinto elo, as seis fontes. Elas são as seis faculdades e dão origem ao sexto elo, o contato. Devido ao contato, geramos sensações agradáveis, desagradáveis ou neutras, que constituem o sétimo elo [vedana].

Os três elos seguintes mostram como o potencial para um próximo renascimento se estabelece e, por isso, denominam-se causas estabelecedoras. Também são chamados de causas próximas, pois antecedem imediatamente o renascimento. Quando a morte se aproxima surgem, na dependência das sensações anteriores, o oitavo e o nono elos - o anseio e o agarramento. Eles ativam o potencial para o próximo renascimento, causando o desenvolvimento do décimo elo, a existência - uma ação mental que nos transporta para o renascimento seguinte.

Os dois últimos elos são chamados de efeitos estabelecidos, pois são os efeitos correspondentes às causas estabelecedoras. Essas três causas ativam um potencial específico de renascer e dão origem ao décimo primeiro elo, o nascimento. O último elo, o envelhecimento e a morte, ocorre como resultado de termos nascido no samsara. Os dois últimos elos englobam todos os sofrimentos do samsara entre o nascimento e a morte.

Se contemplarmos os doze elos nessa seqüência, da ignorância ao envelhecimento e morte, compreenderemos o processo do renascimento cíclico e de seus sofrimentos. Se contemplarmos os doze elos interdependentes na ordem inversa, poderemos rastrear as causas do sofrimento. O último elo reúne dois sofrimentos densos - envelhecimento e morte -, mas traz implícito todos os outros sofrimentos. A causa desses sofrimentos é o renascimento descontrolado, o décimo primeiro elo. O nascimento resulta do décimo elo, a existência, que, por sua vez, é causado pelo agarramento e pelo anseio, o nono e o oitavo elos. Essas duas formas de apego resultam das sensações anteriores, o sétimo elo. As sensações dependem do contato, o sexto elo. Esse, por sua vez, depende das seis fontes, o quinto elo. Essas fontes se desenvolvem a partir do quarto elo, nome e forma, constituído pelos cinco agregados presentes na hora do nascimento. A causa que nos faz assumir tais agregados é uma marca transportada pela consciência. A consciência [vijnana] que recebe essa marca é o terceiro elo. Quem deixa essa marca na consciencia é uma ação de composição, o segundo elo [sanskara]. A força raiz motivadora das ações de composição é a ignorância, a mente que se agarra a existência inerente. Dessa maneira, torna-se possível rastrearmos a causa do sofrimento: a ignorância, o primeiro dos doze elos.

Assim, ao contemplar os doze elos em ordem inversa, compreendemos que o renascimento cíclico é o motivo de nossos repetidos sofrimentos e que a ignorância é a causa fundamental desse doloroso processo. Entender que a causa do sofrimento é o renascimento cíclico, nos permite gerar a mente que deseja escapar de uma vez por todas do samsara. Essa mente denomina-se "mente do definitivo emergir" ou renúncia. Entender que a causa raiz do renascimento cíclico é a ignorância, nos faz compreender que afastar nossa ignorância é o método para alcançar a libertação do samsara. O antídoto direto à ignorância é a sabedoria que realiza a vacuidade. Recorrendo a métodos corretos e investindo esforço persistente poderemos desenvolver essa sabedoria. Se continuarmos, então, a meditar sobre a vacuidade com a motivação de renúncia e bodhichitta, nossa ignorância interdependente, o primeiro dos doze elos, irá diminuir gradualmente e, por fim, cessar.

A cessação completa da ignorância interdependente é a extinção da ignorância. Ao atingi-la, nossas ações deixam de ser controladas por delusões e, portanto, obtemos a extinção interdependente das ações de composição. Isso conduz à extinção interdependente da consciência e assim por diante, até a extinção interdependente do elo envelhecimento e morte. Assim, ao atingir a extinção da ignorância, superamos o renascimento cíclico e interrompemos o continuum do sofrimento. A cessação desse continuum é a libertação, ou o nirvana, o estado além da dor. Existe, portanto, uma segunda série de doze elos, desde a extinção da ignorância até a extinção do envelhecimento e morte. A primeira seqüência denomina-se doze elos interdependentes do lado da delusão; a segunda denomina-se doze elos interdependentes do lado perfeitamente purificado. A primeira explica o desenvolvimento do renascimento cíclico e do sofrimento; a outra explica sua cessação e a conquista da libertação.

Os doze elos do lado perfeitamente purificado são a mera cessação dos doze, elos do lado da delusão. Por exemplo, a extinção interdependente da consciência não é a cessação da consciência em geral, mas a completa cessação da consciência que recebe as marcas das ações de composição. A extinção interdependente da sensação é a cessação das sensações contaminadas por delusões; depois de atingir a libertação, continuamos a ter sensações, entretanto elas não são contaminadas e não resultam em anseio e agarramento na hora da morte.

Quando atingirmos a libertação não seremos mais projetados em renascimentos controlados pelas delusões, contudo, experienciaremos renascimentos incontaminados. O renascimento incontaminado não tem a natureza do sofrimento e não causa sofrimentos futuros. A maioria dos Destruidores de Inimigos hinayana obtém esse tipo de renascimento numa Terra Pura e ali permanece, por longos períodos, em estado de tranqüila paz. Por outro lado, os elevados Bodhisattvas continuam a renascer entre os seres no samsara, a fim de poder beneficiá-los. Esse tipo de renascimento não é contaminado, pois é causado por compaixão, não por delusões. Se um elevado Bodhisattva renascer como ser humano, aos olhos dos outros, ele, ou ela, parecerá um ser humano comum. No entanto, esse Bodhisattva estará totalmente livre dos sofrimentos do samsara e trabalhará com alegria para beneficiar os outros.

Ao contemplar os doze elos interdependentes do lado perfeitamente purificado, nossa mente tornar-se-á mais elevada, pois nos sentiremos capazes de superar, por completo, o sofrimento e suas causas. Faremos isso ao abandonar totalmente a ignorância que se agarra à existência inerente dos fenômenos.

Embora o sutra refira-se extensamente às instruções sobre a natureza convencional dos doze elos interdependentes, seu ensinamento principal é que nenhuma das seqüências de doze elos aparece à excelsa percepção do equilíbrio meditativo de um Ser Superior. Isso ocorre porque elas são verdades convencionais. Ainda que a compreensão dos doze elos seja muito importante, devemos entender que são fenômenos meramente imputados, ou seja, carecem de existência inerente.

CORAÇÃO DA SABEDORIA – Geshe Kelsang Gyatso

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Citação de Tulku Thondup


“Quando tiramos o melhor de uma situação, seja ela boa ou ruim, nossas mentes se tornam mais fortes. Quando aprendemos a rir de nós mesmos e de nossos problemas, nos curamos.”


Tulku Thondup

domingo, 19 de abril de 2009

A Mente Natural - Chandrakirti

Chandrakirty

Falamos de “verdadeira natureza” porque ninguém a criou.

Chandrakirti, Entering the Middle Way, traduzido para o inglês por Ari Goldfield.

Uma das primeiras coisas que aprendi como budista foi que a natureza fundamental da mente é tão ampla que transcende completamente a compreensão intelectual. Ela não pode ser descrita em palavras ou reduzida a conceitos. Para alguém como eu, que gosta de palavras e sente-se muito confortável com explicações conceituais, isso era um problema.
Em sânscrito, a língua na qual os ensinamentos de Buda foram originalmente registrados, a natureza fundamental da mente é chamada de tathagatagarbha, uma descrição muito sutil e aberta a diferentes interpretações. Literalmente significa “a natureza daqueles que foram naquela direção” são as pessoas que realizaram a completa iluminação – em outras palavras, as pessoas cujas mentes suplantaram completamente as limitações comuns que podem ser descritas em palavras.
Acho que você concordaria comigo no sentido que essa definição não ajuda muito.
Outras traduções menos literais utilizam termos como “natureza búdica”, “verdadeira natureza”, “essência iluminada”, “mente comum” e até “mente natural” para descrever o tathagatagarbha, mas nenhum deles lança muita luz sobre o verdadeiro significado da palavra. Para efetivamente entender o tathagatagarbha, você precisa vivenciá-lo diretamente, o que, para a maioria de nós, ocorre, em primeiro lugar, na forma de vislumbres rápidos e espontâneos. Quando, finalmente, vivenciei meu primeiro vislumbre, percebi que tudo o que os textos budistas falam a respeito é verdade.
Para a maioria de nós, nossa mente ou natureza búdica é obscurecida pela auto-imagem limitada criada por padrões neuronais habituais – que, por si, são o reflexo da capacidade ilimitada da mente de criar qualquer condição que ela escolha, uma pepita de ouro coberta de lama e sujeira. A mente natural é capaz de produzir qualquer coisa, até mesmo a ignorância de sua própria natureza. Em outras palavras, não reconhecer a mente natural é um exemplo da capacidade ilimitada da mente de criar o que ela quiser. Sempre que sentimos medo, tristeza, inveja, desejo ou qualquer outra emoção que contribua para o nosso senso de vulnerabilidade ou fraqueza, deveríamos dar um bom tapinha em nossas costas. Acabamos de vivenciar a natureza ilimitada da mente.
Apesar da verdadeira natureza da mente não poder ser descrita diretamente, isso não significa que não deveríamos ao menos tentar desenvolver algum conhecimento teórico sobre ela. Mesmo um entendimento limitado é pelo menos uma placa apontando para o caminho na direção da experiência direta. O Buda entendia que as experiências impossíveis de serem descritas em palavras poderiam ser mais bem explicadas por meio de histórias e metáforas. Em um texto, ele comparava o tathagatagarbha, a uma pepita de ouro coberta por lama e sujeira.
Imagine que você esteja em uma caça ao tesouro. Um dia, você vê um pedaço de metal no chão. Você cava um grande buraco, retira o metal, leva-o para casa e começa a limpa-lo. No começo, uma parte da pepita se revela, brilhante e cintilante. Aos poucos, a medida que você limpa a sujeira e a lama acumulada, a pepita inteira se revela como ouro. Agora, pergunto: o que é mais valioso – a pepita de ouro enterrada na lama ou a que você limpou? Na verdade, o valor é o mesmo. Qualquer diferença entre a pepita suja e a limpa é superficial.
O mesmo pode ser dito da mente natural. Na verdade, a fofoca neuronal que o impede de ver sua mente na totalidade não altera a natureza fundamental de sua mente. Pensamentos como ”Eu sou feio”, “Eu sou um idiota” ou “Eu sou um chato” não são nada mais do que uma espécie de lama biológica, temporariamente obscurecendo as brilhantes qualidades da natureza búdica ou mente natural.
Algumas vezes o Buda comparava a mente natural ao espaço, não necessariamente como o espaço é entendido pela ciência moderna, mas sim no sentido poético da experiência profunda de abertura que se sente ao olhar para um céu sem nuvens ou entrar em uma ampla sala. Como o espaço, a mente natural não depende de causas ou condições previas. Ela simplesmente é: incomensurável e além da caracterização, o pano de fundo essencial por meio do qual nos movimentamos é relativo ao qual reconhecemos distinções entre os objetos que percebemos.

Extrato do livro: A ALEGRIA DE VIVER – de Yongey Mingyur Rinpoche

Leon Bonaventure


“Na busca de sua alma e do sentido de sua vida, o homem descobriu novos caminhos que o levam para a sua interioridade: o seu próprio espaço interior torna-se um lugar novo de experiência. Os viajantes desse caminho nos revelam que somente o amor é capaz de gerar a alma, mas também o amor precisa da alma. Assim, em lugar de buscar causas, explicações psicopatológicas às nossas feridas a aos nossos sofrimentos, precisamos, em primeiro lugar, amar a nossa alma assim como ela é. Deste modo é que poderemos reconhecer que estas feridas e estes sofrimentos nasceram de uma falta de amor. Por outro lado, revelam-nos que a alma se orienta para um centro pessoal e transpessoal, para a nossa unidade e para a realização de nossa totalidade. Assim, a nossa própria vida carrega em si um sentido, o de restaurar a nossa unidade primeira”.


(Léon Bonaventure)

sábado, 18 de abril de 2009

Benefícios Especiais Outorgados por Tara e pelas Deusas Mães - Por Sua Eminência Chogye Trichen Rinpoche

Esta figura pode se transformar em papel de parede quando clicada.
Tradução inglês/português Pema Lodrön (Ana Carmen Castelo Branco)


É dito que a prática de Tara tem muitos poderes de bênçãos e é particularmente efetiva numa ampla variedade de situações. Por exemplo, é dito que, no final de uma era ou ciclo do tempo, quando adversidades e calamidades se intensificarem, o mantra e os rituais de puja de Tara são muito substanciais. Qualquer um pode recitar as orações de Tara e elas trazem grandes benefícios.

Como já falamos antes, numa era anterior ao começo de nosso éon, o Buda Mahavairocchanna era o Guru, o guia espiritual de Tara. O Buda Vairocchana abençoou Tara e profetizou que ela, no fim de um éon, nas terras e mundos onde pujas, orações e rituais de Tara fossem recitados, como resultados dessas orações, muitas doenças, problemas e distúrbios causados por maus espíritos e por seres humanos seriam pacificados e resolvidos. Sinto que a prática de Tara é a mais importante e essencial de todas as práticas nesses tempos.

Outras deusas também são muito úteis nesse sentido, Marichi ou Ödzer Chenma e a conhecida deusa da cura espiritual Parna Shawari. Suas orações e mantras trazem o mesmo poder e benefício que Tara. Elas são basicamente as mesmas deusas Prajanparamita em diferentes manifestações.

Sobre Tara, é dito que não só doenças e perturbações causadas por maus espíritos, mas também brigas, guerras, conflitos e discussões podem também ser pacificadas e resolvidas pelo poder de sua prática. Todos estes obstáculos e dificuldades relacionadas podem ser removidos através da bênção das orações e mantras dessas deusas.

Ödzer Chenma e Parna Shawari assim como Yuldon Drolma são particularmente efetivas formas das deusas a se praticar a fim de nos curar e nos proteger contra todos os tipos de doenças. Elas são especialmente importantes na proteção contra ladrões e criminosos e para cura do sofrimento causado por hostilidades, discórdias e conflitos.

É dito que esses rituais de orações e puja e recitações de mantras são particularmente importantes quando chegamos ao final de uma era ou ciclo de tempo. Para tais tempos, a prática de Guru Rinpoche é largamente comentada. Mas Tara, Ödzer Chenma e Parna Shawari também são extremamente importantes.

Em tempos de ameaças de guerras, epidemias, conflitos e outras coisas, é muito importante que os mantras destas três deusas sejam expostos em bandeiras de orações e penduradas ao vento por tantas pessoas que tiverem a oportunidade de fazer isso. As pessoas de todas vocações deveriam fazer isso e dizer os mantras o máximo possível. Junto com as orações de Guru Rinpoche, estas práticas são mais efetivas em tais tempos e situações de que estamos falando. Isso foi declarado em muitas escrituras.

Aquele que faz oferendas a Tara é verdadeiramente inteligente. Seja de manhã cedo ou tarde da noite, se alguém oferece o Louvor às Vinte e Uma Taras duas, três e depois sete repetições totalizando doze recitações, todos os seus desejos podem ser preenchidos. É assim que é no Ritual das Quatro Mandalas da Sagrada Tara, “A Lâmpada que Ilumina”. Neste puja repete-se o Louvor duas, três e sete vezes.

Quando se diz que todos os desejos de uma pessoa serão preenchidos, significa que, se você quer um filho, você o terá. Se você não tem dinheiro, ele será encontrado. Seja qual for o seu desejo, todos eles podem ser preenchidos através do Louvor à Tara. Na verdade, não é preciso mais do que esta prática! Ela completa tudo!

Você só precisa tentar, testar a fim de afastar seus obstáculos. Todos os seus obstáculos e dificuldades, não importa quantos sejam, podem ser todos removidos e liberados através da oferenda de Louvor de Tara. Através da oração de Tara, todos os obstáculos em potencial não terão poder para lhe causar mal; eles são naturalmente pacificados. Nada pode de forma alguma se aproximar de você ou lhe fazer mal; você se torna impenetrável, inatacável.

Não há dúvida que Tara é muito rápida em afastar obstáculos. É um método especialmente rápido e completo para praticantes femininas. Tara e o Buda feminino Vajrayogini são a mesma essência. Vajrayogini também é um método rápido par conseguir a completude. Todas as atividades dos budas estão corporificadas em Tara, contidas nela, completas nela.

Você está agora autorizado para meditar em você mesmo na forma de Tara Verde. Sua fala se transforma em mantra, seus pensamentos, em sabedoria. Você não é mais um ser comum; seu corpo, fala e mente foram completamente elevados ao exaltado estado da própria Tara, na forma, mantra, e sabedoria de Tara.

As palavras o Louvor às Vinte e Uma Taras não são uma composição de eruditos. Elas foram ditas diretamente pelos próprios Buda Mahavairocchana e pelo Buda Shakyamuni. Por favor, recite o Louvor de Tara quantas vezes conseguir ao longo de sua vida diária. Se não for possível, tente recitar o mantra de Tara, OM TARE TUTTARE TURE SOHA

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Crônica sobre "após os 60" de Benvindo Sequeira - ator e diretor.


SOBRE A TERCEIRA IDADE... BEMVINDO SEQUEIRA 08/03/2009

Vida após a vida - Divulgação
Sempre pensei que ia morrer cedo. A luta armada, a clandestinidade, aventuras, promiscuidade, orgias, riscos... Tudo me levava a crer que não chegaria aos 30 anos. Para quem tem 20 anos, quem tem 30 já é coroa. Tomei um susto quando vi-me vivo e saudável aos 30.
Aos 40 percebi a possibilidade real da morte. No dia do meu aniversário quarentão, um jovem ator de 24 anos perguntou como eu me sentia: “Agora? De frente para a morte.” Para minha surpresa foi o jovem quem morreu logo depois.
Aos 50 apaixonei-me pela letra de Aldir Blanc na voz de Paulinho daViola: “Aos 50 anos, insisto na juventude...”, isso enquanto percebia meu ângulo peniano caminhando para os 90 graus. Mas, antes dos 60, a pílula azul alargou minhas possibilidades e possibilitou-me ver o sexo por ângulos mais estreitos.
Agora estou além dos 60. Aos 40 rezava pela alma dos mortos amigos e parentes. Nome por nome eu pedia ao Senhor. Hoje, são tantos os que caíram, que apenas peço “pelos mortos em geral”.
E mais uma vez espanto-me por estar ainda vivo, e consolo-me no Salmo 91.7, que diz: “Mil cairão ao teu lado e dez mil à sua direita, mas você não será atingido.” Mesmo confiando na Palavra, ainda assim caminho embaixo de marquises pra São Pedro não me ver. Ainda estou vivo, e pra quem pensou que morreria aos 30 descubro que existe vida após a vida.
Mas o preço do viver é muito alto para o jovem de hoje: tem que comprar apartamento, arranjar um trampo, ganhar dinheiro, ficar famoso, comer todas, bombar no youtube, malhar, casar, ter filhos, comprar carro, estar bronzeado, conhecer tudo de web e ainda ir ao show da Madonna, entre outras miudezas.
Após os 60 você já está quite com tudo isso e pensa que vai viver em paz. Qual o quê: tem que tomar insulina, antidepressivos, rivotris, controlar a pressão, não comer açúcar, não comer sal, não fumar, não beber, se conseguir comer uma e outra já é uma vitória, tem que caminhar ao menos meia hora por dia, cuidar do joanete, dormir cedo, vender o apartamento, fugir da bolsa, não discutir no trânsito, não se alterar no caixa do supermercado, tolerar os filhos, agradar os netos, ficar calado diante da mediocridade, aceitar o salário de aposentado, ter o testamento em dia e curtir todas as dores ósseas, nervosas e musculares porque se algum dia você acordar sem dor é porque está morto.
Claro que o idoso tem suas vantagens: uma delas é a transparência. Quanto mais velho, mais transparente você se torna. Chega a ficar invisível: ninguém mais lhe percebe, mais um pouco e nem lhe enxergam.
Mas pode passar à frente dos jovens nas filas todas, com aquele ar de superior: “Você é jovem e sarado, mas eu tenho prioridade.” E ante qualquer aborrecimento ou dificuldade você ameaça infartar ou ter um AVC.
Funciona sempre, todos logo se tornam gentis e cordatos, e é garantia de muitas meias e lenços como presentes no Natal.
Lidando com a minha “terceira idade” ouço de meu psicanalista, o bom Luiz Alfredo: “Só há dois caminhos: envelhecer... ou o outro, muito pior.” Prefiro envelhecer, aceitando cada minúsculo “sim” que a vida me dá com uma grande alegria e uma grande vitória.
Hoje, quando encontro vaga num elevador de shopping, quando o banco está vazio, ou quando encontro promoção na farmácia, já considero uma bênção gigantesca e agradeço a Deus pela graça alcançada.
Após os 60, como no filme de Brad Pitt, regrido na existência, deixo Paulinho e a viola de lado e reencontro Lupiscinio: “Esses moços, pobres moços, ah, se soubessem o que eu sei.” Mas se soubessem não ia adiantar nada: porque a sabedoria é filha do tempo. Como diz o amigo Percinotto, também idoso: “O diabo é sábio porque é velho.”
Pelo andar da carruagem, percebo que já morri muitas vezes nesta vida, e que viverei até fartar-me.
Bemvindo Sequeira é autor, ator e diretor de teatro e TV
Jornal: O GLOBO
Editoria: Revista O Globo
Tamanho: 693 palavras
Edição: 1
Página: 26
Revista O Globo