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sábado, 24 de julho de 2010

Desesperança e Medo - Teísmo e não teísmo.

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Perdão, mas são tantas coisas que leio ou que recebo pela internet, que não me lembro de onde veio este texto.  Estava impresso numa folha de papel. Definitivamente não é meu, claro, mas resolvi postá-lo por achá-lo de extrema importância e com um ponto de vista completamente diferente daquele a que estamos habituados, daquele em que fomos educados e criados. O ponto de vista de que a segurança duradoura nunca poderá ser alcançada! Se alguém descobrir quem é o autor, por favor, me diga.
Que seja de grande benefício para todos!

A Marilda (obrigada, minha querida!) já descobriu prá mim! Pema Chodrön (livro "Quando Tudo se Desfaz")
"Se desejarmos desistir de esperar que a insegurança e a dor sejam exterminadas, precisamos ter coragem de relaxar na falta de base de nossa situação. Esse é o primeiro passo do caminho. Voltar a mente para o dharma não nos traz segurança ou comprovação nem qualquer base onde possamos nos apoiar. Na verdade, quando nossa mente se volta para o dharma, reconhecemos corajosamente a impermanência e a mudança e começamos a lidar com a desesperança. Existe uma interessante palavra tibetana: ye tang tche. Ye quer dizer 'totalmente, completamente' e o restante, significa 'exausto'. No conjunto, ye tang tche significa totalmente extenuado. Poderíamos, talvez, dizer totalmente farto. Estas palavras descrevem a experiência da total desesperança, do completo abandono de qualquer esperança. Esse é um ponto importante, pois representa o início do início. Sem desistir da esperança, de que há um lugar melhor para estar, de que há alguém melhor para ser, nunca relaxaremos onde estamos ou naquilo que somos. Poderíamos dizer que a expressão atenção plena nos aponta para sermos unos com nossa experiência, sem nos dissociarmos, estando exatamente ali quando nossa mão toca a maçaneta da porta, o telefone toca ou qualquer tipo de sentimento que surge. A expressão atenção plena descreve o estar exatamente no lugar em que estamos. Ye tang tche, entretanto, não é tão facilmente digerível, pois expressa a renúncia que é essencial ao caminho espiritual. É utópico pensar que podemos resolver todos os nossos problemas para sempre. É inútil buscar algum tipo de segurança duradoura. Desfazer nossos padrões mentais habituais muito antigos e arraigados exige começar a reverter algumas de nossas premissas mais básicas. É preciso ficar totalmente farto desse modo de pensar, de acreditar em um eu sólido e distinto, de continuar a buscar o prazer e a evitar a dor de achar que alguém lá fora é culpado pelo nosso sofrimento. É preciso abandonar a esperança de que esse modo de pensar nos traga satisfação. O sofrimento começa a se dissolver quando passamos a questionar a crença ou esperança de que existe um lugar onde é possível esconder-nos. Desesperança significa não ter mais ânimo para controlar nosso caminho. Podemos ainda querer fazer isso. Queremos ter alguma base segura e confortável sob nosso pés, mas já tentamos mil esconderijos e mil maneiras de chegar a uma solução definitiva e o chão continua movendo-se sob nós. Tentar conseguir uma segurança duradoura nos ensina muito, pois,  se nunca tentarmos, não saberemos que ela não pode ser alcançada. Voltar a mente para o dharma apressa o processo da descoberta. Sempre que fazemos isso, percebemos mais uma vez que não há nenhuma esperança, não conseguimos ter nenhum ponto de apoio. A diferença entre teísmo e não teísmo não está em acreditar ou não em Deus. Essa é uma questão que se aplica a todos, incluindo budistas e não budistas. O teísmo é uma arraigada convicção de que existe uma mão na qual segurar. Se fizermos a coisa certa, alguém vai nos dar valor e cuidar de nós. Isso é o mesmo que achar que haverá sempre uma babá disponível quando precisamos de uma. Todos nós temos a tendência a fugir das responsabilidades e delegar nossa autoridade a algo exterior a nós. Não teísmo é relaxar na ambigüidade e incerteza do momento presente sem buscar algo que nos proteja. Às vezes, achamos que o dharma é externo, é algo em que acreditar, algo que devemos atingir. Entretanto, o dharma não é uma crença ou dogma. É a total apreciação da impermanência e da mudança. Os ensinamentos desintegram-se quando tentamos agarrá-los! É preciso experimentá-los sem expectativas. Muitas pessoas corajosas e compassivas já os experimentaram e transmitiram. A mensagem é destemida, o dharma nunca representou uma crença que seguimos cegamente. em absoluto, ele não nos dá nada a que possamos nos apegar. Não teísmo é perceber, finalmente, que não existe babá com quem contar! Conseguimos uma babá ótima e, então, ela se vai!  Não teísmo é compreender que não são apenas as babás que vem e vão. A vida toda é assim! Essa é a verdade e a verdade incomoda! Para aqueles que querem agarra-se a algo, a vida é ainda mais difícil. Sob este ponto de vista, o teísmo é um vício. Somos viciados em esperança, na esperança de que a dúvida e o mistério se dissipem. Esta dependência tem um doloroso efeito sobre a sociedade, uma sociedade baseada em muitas pessoas viciadas em conseguir um apoio para si mesmas não é um lugar muito compassivo. A Primeira Nobre Verdade que o Buda ensinou diz que, quando sofremos, isto não significa que algo está errado! Que alívio! Finalmente alguém falou a verdade! o sofrimento faz parte da vida e não devemos achar que o estamos sentindo por termos feito algo errado. Entretando, o fato é que quando sofremos, achamos que fizemos algo errado! Enquanto estivermos viciados em esperança pensaremos que podemos abrnadar nossa experiência, torná-la mais intensa ou, de algum modo, modificá-la e continuaremos a sofrer muito. A palavra tibetana para esperança é rewa e, para medo, dokpa. Mais comumente usa-se re-dok que é uma combinação das duas. Enquanto houver uma, haverá a outra. Re-dok é a raiz do nosso sofrimento. No mundo da esperança e do medo, sempre teremos que mudar de canal, ajustar a temperatura ou procurar outra música porque algo está se tornando desconfortável, inquieto, começando a doer e nós continuamos a procurar alternativas. No estado mental não teísta, abandonar a esperança é uma afirmação, é o início do início. Poderíamos até mesmo colocar um lembrete Desistir da Esperança na geladeira em vez de aspirações mais convencionais do tipo Todos os Dias, Em Todos os Sentidos, Estou me Tornando Cada Vez Melhor. A esperança e o medo advêm de sentirmos que nos falta algo, advêm de um sentimento de carência. Não conseguimos simplesmente relaxar em nós mesmos. Agarramos a esperança e ela nos rouba o momento presente. Achamos que talvez outra pessoa saiba o que está acontecendo, mas, se há algo faltando em nós, há algo faltando em nosso mundo! Em vez de permitir que nossa negatividade acabe conosco, poderíamos reconhecer que, exatamente agora, estamos nos sentindo um lixo sem sermos melindrosos quanto a olhar isto bem de perto. Esta é uma atitude compassiva! Esta é a atitude corajosa que deve ser tomada! Podemos cheirar o lixo, sentí-lo, explorar a sua natureza, conhecer a essência da aversão, da vergonha e da confusão deixando de acreditar que algo está errado! É possível abandonar a esperança fundamental de que existe um eu melhor que um dia surgirá. Não podemos passar por cima de nós mesmos como se não estivéssemos ali. É melhor olhar diretamente para nossas esperanças e medos. Então, surge uma espécie de confiança em nossa sanidade básica. É aqui que entra a renúncia à esperança de que nossa experiência possa ser diferente, de que possamos ser melhores. As regras monásticas budistas que recomendam abandonar o álcool, o sexo e daí por diante, não querem dizer que estes hábitos sejam intrinsecamente maus ou imorais, mas, sim que nós os utilizamos como babás! Nós os usamos para escapar, para conseguir alívio e distração. Quando renunciamos, estamos, na verdade, desistindo da obstinada esperança de sermos salvos de nós mesmos. A renúncia é um ensinamento que nos estimula a investigar o que está acontecendo sempre que nos agarramos a algo por não sermos capazes de enfrentar o que está surgindo.
Certa vez, em uma viagem de avião, estava ao lado de um homem que a tod hora interrompia a nossa conversa para tomar diversos comprimidos. Perguntei:
- O que você está tomando?
Ele respondeu que eram tranquilizantes. Eu disse:
- Ah, você está nervoso?
E ele:
- Não. Ainda não, mas acho que vou ficar quando chegar lá em casa.
Vocês podem rir desta estória, mas o que acontece quando se começa a se sentir desconfortável, inquieto, constrangido? Percebam o pânico, percebam como imediatamente nos agarramos a algo. Esta é uma atitude baseada na esperança. Não agarrar chama-se desesperança. Se esperança e medo são duas faces da mesma moeda, o mesmo ocorre com desesperança e confiança. Se desejamos desistir de esperar que a insegurança e a dor sejam exterminadas, precisamos ter coragem de relaxar na falta de base de nossa situação. Esse é o primeiro passo do caminho. Se não há interesse em ir além da esperança e do medo, não há sentido em tomar refúgio no buda, ho Dharma e na Sangha. Tomar refúgio no Buda, no Dharma e na Sangha refere-se a desistir de conseguir um chão sob nossos pés. Estamos prontos para a tomada de refúgio quando este tipo de ensinamento, quer estejamos capazes ou não, soa como algo insistentemente familiar, semelhante à experiência de uma criança que reencontra a mãe após uma longa separação. A desesperança é o solo básico. De outra forma, trilharíamos o caminho com a expectativa de conseguir segurança e isso significa que não compreendemos seu propósito. Podemos praticar meditação ou estudar os ensinamentos de conseguir segurança. Podemos seguir as orientações e instruções com o mesmo objetivo. Isso só nos conduzirá à decepção e ao sofrimento. É possível economizar bastante tempo levando muito a sério esta mensagem desde já. Iniciem o trajeto sem esperança de conseguir terra firme. Iniciem com desesperança. Toda ansiedade, insatisfação e as razões para desejar que nossa experiência fosse diferente têm sua raíz no medo da morte. O medo da morte está sempre alí como plano  de fundo. Como dizia Shunryu Suzuki Roshi, mestre zen, viver é como entrar em um barco prestes a sair para o mar e afundar. Entretanto, é muito difícil acreditar na própria morte, não importa quanto se fale sobre isso. Muitas práticas espirituais tentam nos encorajar a levar nossa própria morte a sério, mas é incrível como essa ficha é difícil de cair. A única coisa da vida com que realmente podemos contar é incrivelmente remota para todos nós. Não chegamos a dizer:
- De jeito nenhum, eu não vou morrer!
Porque obviamente sabemos que não é assim. Mas, com certeza, será mais tarde. Essa é a grande esperança. Certa vez, Trumgpa Rinpoche deu uma palestra pública intitulada "A Morte na Vida Cotidiana". Somos criados em uma cultura que tem medo da morte e a esconde de nós. No entanto, nós a experimentamos o tempo todo. Experimentamos sob a forma de decepção, daquilo que não dá certo, de um permanente processo de mudança. Quando o dia acaba, quando termina um segundo, quando expiramos, essa é a morte na vida cotidiana. A morte na vida cotidiana poderia também ser definida como experimentar tudo aquilo que não desejamos. Nosso casamento não vai bem ou nosso trabalho não está dando certo. Ter um relacionamento com a morte na vida diária significa começar a ser capaz de esperar e de relaxar na insegurança, no pânico, no constrangimento, naquilo que não vai bem. À medida em que os anos passam, não chamamaos mais a babá tão rapidamente. A morte e a desesperança fornecem a motivação correta para viver a vida com mais discernimento e compaixão. Entretanto, na maior parte do tempo, afastar-se da morte é nossa maior motivação. Evitamos normalmente qualquer tipo de problema. Tentamos sempre negar que as mudanças, a areia que está sempre escapando entre nossos dedos, são ocorrências naturais. O tempo está passando! Isto é tão natural quanto a mudança das estações ou a transformação do dia em noite. Entretanto, envelhecer, ficar doente, perder aquilo que amamos, não encaramos estas situações como ocorrências naturais. queremos evitar a sensação de morte de qualquer modo. Quando algo nos lembra a morte, entramos em pânico. Não se trata apenas de cortar o dedo, começar a sangrar e colocar um band-aid. Acrescentamos algo mais: o nosso próprio estilo. Alguns de nós sentam-se ali estoicamente e deixam que as roupas se empapem de sangue. Outros ficam histéricos. Não colocamos simplesmente um band-aid. Chamamos a ambulância e vamos para o hospital. Alguns de nós colocam band-aid de grife. Não importa nosso estilo. o processo não é fácil. Não ficamos apenas no básico. Não podemos apenas voltar ao essencial? Simplesmente voltar? Esse é o início. O essencial, o bom e velho eu. O essencial, o bom e velho dedo sangrando. Volte para casa uno, para o básico mínimo. Relaxar no momento presente, na desesperança, na morte. Não resistir ao fato de que as coisas terminam, passam e não têm uma substância duradoura, de que tudo está em mudança o tempo todo. Essa é a mensagem fundamental! Quando falamos em desesperança e morte, estamos falando em encarar os fatos sem escapismo. Podemos ainda ter todo tipo de vício, mas deixamos de acreditar neles como uma saída para a felicidade. Quantas vezes nos permitimos o prazer a curto prazo da dependência. Porque agimos assim tantas vezes, aprendemos que agarrar essa esperança é uma fonte de infelicidade que transforma o prazer a curto prazo em inferno a longo prazo. Desistir da esperança é um estímulo a ficar do seu próprio lado, a fazer amizade consigo mesmo, a não fugir e a voltar ao essencial, não importa o que aconteça. O medo da morte constitui o pano de fundo de toda essa situação. É a razão pela qual ficamos inquietos, entramos em pânico e sentimos ansiedade. mas, se experimentamos completamente a desesperança, desistindo de qualquer expectativa de alternativa para o momento presente, poderemos ter uma relação prazeroza com nossa vida, uma relação honesta e direta que não mais ignora a realidade da impermanência."

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Admitindo a impermanência



Temos de admitir impermanência nas nossas vidas. É importante conviver com a impermanência como um quadro de referência de modo que possamos nos aproximar a cada momento ou a cada dia, com um senso de humildade a respeito do que somos capazes de fazer e o que não somos capazes de fazer e abandonar o controle sobre as coisas que não podemos ter controle mais. É importante viver como se as coisas fossem tão permanentes como pedra.

Você tem de investir-se em amor e preocupação para as pessoas, aceitar o amor das pessoas, como se essa é a única coisa que existe. O compromisso com a vida como se tudo está sempre lá para sempre com a aceitação de que nada vai sobreviver.

Dharma Quote of The Week from Snow Lion http://www.snowlionpub.com/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eneagrama 9

Agradáveis e afáveis, os 9 amam a paz, nunca confrontos. São normalmente pessoas calorosas, tolerantes, acomodadas e não competitivas. Controlam os relacionamentos pela força do silêncio. Recusam-se a discutir, preferem afastar-se. Preferem uma vida calma, estruturada, previsível e confortável. Chegam a "adotar" os desejos de outras pessoas porque, em assuntos pessoais, acham difícil saber o que pensam ou sentem. Explodem tão tardiamente que esquecem a razão que os levou a ter raiva. Seu lema - para si e para os outros - poderia ser: "não perturbe a ordem e a harmonia".

O 9 não quer nem o brilho do 3 nem a perfeição do 1, sua sensação de valor e de existência é um viver através dos outros, da família, da nação, do time, do partido etc.
Pelo seu equilíbrio tendem a ser conservadores, tradicionais. Consideram-se pessoas distraídas, confusas e com memória fraca, mas, sua busca de distração da atenção é deliberada: televisão, jornais, costura..., além do sono, podem servir como "narcóticos". Podem se tornar inativos devido à excessiva resignação e acabar ficando "dependentes" dos outros (emocional e economicamente) muito cedo na vida. São muito solidários.
Distraem-se facilmente, mesmo estando sozinhos, e costumam deixar até as mais altas prioridades por último. Ou cumprem os prazos no último minuto, quando lembrados, ou simplesmente, esquecem coisas essenciais. Pode parecer displicência, mas raramente é intencional, atividades secundárias, novos interesses, qualquer coisa pode distraí-los. Os 9 podem também tornarem-se obsessivos com relação a detalhes, absorvidos em aspectos que parecem secundários, chegando a envolver-se em planos que nunca se concretizam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tomar banho!

Imagine que você passou a vida inteira sem tomar banho e um dia resolve tomar uma ducha. Você começa a se esfregar mas fica horrorizado quando toda aquela sujeira sai dos poros da sua pele e escorre pelo seu corpo. Tem alguma coisa errada! Era para você ficar limpo, mas tudo que você vê é sujeira! Então, você se assusta, pula prá fora do chuveiro e se convence que nunca deveria nem ter começado! Mas você só fica mais sujo do que antes. Não tem jeito de você saber que a única coisa sábia a fazer é ser paciente e terminar o banho. Pode até parecer que você está ficando mais sujo, mas, se você continuar a se lavar, você sairá limpo e fresco. Isso faz parte de todo um processo, o processo de purificação.

Sempre que surgirem dúvidas, veja-as simplesmente como obstáculos e reconheça-as como um entendimento de que elas estão alí para serem esclarecidas e desbloqueadas. Sabemos que não é um problema fundamental, mas apenas uma etapa do processo de purificação e aprendizagem. Permita que o processo continue e se complete e nunca perca a sua confiança em resolver. Este é o caminho seguido por todos os grandes praticantes do passado que costumavam dizer: "Não há armadura como a da perseverança".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Suicídio


"É difícil falar do suicídio. Há muitas razões para uma pessoa se suicidar. Há os que são invadidos pela inquietude ou pela angústia; os que estão desesperados; os que se matam por orgulho, por causa do que os outros lhes fizeram ou não fizeram; os que estão convencidos que jamais chegarão a algum lado; os que, sujeitos a um desejo violento, se matam por cólera quando esse desejo não é satisfeito; os que se deixam levar pela tristeza, e tantos outros casos. De um modo geral, a pessoa que se mata suprime toda e qualquer solução futura para o seu problema. Mesmo que até ao momento só tenha encontrado dificuldades, nada prova que um dia não encontre maneira de as resolver.
Outra coisa: a maior parte dos suicídios são cometidos num momento extremo de emoção. Um ser humano não deve tomar decisões tão radicais sob um impulso de cólera, de desejo ou de angústia.
Se agirmos de maneira impulsiva corremos um grande risco de nos enganarmos. Uma vez que temos a capacidade de reflectir, mais vale esperar até estarmos calmos e sossegados antes de cometermos algo irreparável.
O meu tutor Thrijang Rinpoché contou-me a história de um homem da província do Kham extremamente infeliz que tinha decidido atirar-se ao rio Tsangpo, em Lhasa. De garrafa de álcool em punho, a sua ideia era bebê-la antes de saltar. Ao princípio, estava completamente dominado pelas emoções. Uma vez à beira-rio, sentou-se ma margem por um momento. Como não se decidisse a saltar, começou a beber. E como isso não lhe desse suficiente coragem, bebeu um pouco mais. Finalmente voltou para casa, com a garrafa vazia debaixo do braço.
Como vêem, debaixo de uma forte emoção, o nosso homem estava completamente decidido a suicidar-se. Mas, uma vez acalmado - uma garrafa depois -, voltou para casa!"

Tensin Gyatso, Sua Santidade, o 14º Dalai Lama.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Duas pessoas dentro de nós.

Duas pessoas estão vivendo dentro de nós durante todas as nossas vidas. Uma é o ego tagarela, exigente, histérico e calculista. A outra é o nosso ser espiritual oculto, cuja voz mansa de sabedoria só raramente ouvimos e atendemos. Na medida em que escutamos cada vez mais ensinamentos, contemplamos e os integramos às nossas vidas, nossa voz interior, nossa sabedoria inata do discernimento, aquilo que chamamos no budismo de "consciência discriminativa" é despertada e fortalecida. Então, começamos a distinguir a orientação dela em meio às diversas vozes clamorosas e apaixonantes do ego. A lembrança de sua verdadeira natureza com todo o seu esplendor e confiança começa a retornar para nós. Vamos ver que, na verdade,  descobrimos em nós mesmos nosso próprio guia sábio e como a voz desse guia, também chamado de consciência discriminativa, fica cada vez mais forte e mais clara. Assim, começamos a distinguir entre sua verdade e os vários enganos do ego e então seremos capazes de ouvir com discernimento e confiança.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Robert Walter

Robert Walter
"Quando seguimos a trilha da realização plena, somos preenchidos com energia vital. Dessa forma, as tarefas se tornam prazerosas e não uma obrigação ou um desafio ameaçador. Além de nos vitalizar, (...) nos mostram que nossas ocupações e compromissos tem um propósito maior. É como a estória dos homens que carregavam pedras até o topo de uma montanha. Aquele que não vislumbrava  o objetivo do trabalho, penava. Já o que entendia estar construindo uma catedral, um templo, sorria enquanto executava o serviço. Da mesma maneira, você pode reclamar por ter que cozinhar e depois lavar os pratos ou se alegrar por estar alimentando sua família.
Alguns indivíduos enxergam com mais clareza o que estão fazendo nesta existência. Carregam a influência de um mestre, a sabedoria do seu povo, os ensinamentos do seu avô ou foram marcadas na infância pelo personagem de um livro ou de um filme que determinou escolhas. Muitas outras influências atuam de forma inconsciente em nossa vida. A verdade é que, em situações de tranquilidade e diversão, somos afetados pela dimensão transcendente ao passo que, ao nos mantermos racionais, queremos decifrar as coisas, não conseguindo entrar em contato com o sagrado.
Por meio da criatividade, podemos encontrar ferramentas para ativar nossa dimensão simbólica e explorar nossas potencialidades da nossa própria estória. Vale praticar yoga, meditação, dançar, pintar, compor músicas, enfim, fazer o que se ama. Um bom pacto consigo mesmo é reservar dois minutos pela manhã diante do espelho e se perguntar; 'Quem é essa pessoa? O que devo fazer hoje? De onde as coisas estão vindo?' Ou, então, faça uma xícara de chá e diga: 'Esse é o meu momento.' Tente criar espaços no cotidiano para entrar em contato silencioso com você mesmo. Quanto mais recorrente for essa prática, mais fácil será manter a conexão com a alma."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Explicando o carma.

"Certamente, a maneira mais utilizada para se explicar o karma é a analogia de que estamos colhendo os frutos das ações que cultivamos anteriormente; do mesmo modo, nosso futuro terá as conseqüências do que estamos fazendo agora.
Tudo o que é colocado em movimento produz um movimento correspondente. Se você joga uma pedra numa lagoa, formam-se ondulações ou anéis que correm para fora, batem na margem e voltam. O mesmo se passa com o movimento dos pensamentos: ondulações correm para fora, ondulações retornam. Quando os resultados desses pensamentos chegam de volta, sentimo-nos vítimas indefesas: estávamos inocentemente vivendo nossa vida; por que todas essas coisas estão acontecendo conosco? O que acontece é que os anéis estão voltando para o centro. (...)
Isto é o karma e, devido a ele, nossa experiência da realidade continua a girar em ciclos, com todas as suas variações, vida após vida. Assim é o interminável samsara, a existência cíclica. Não compreendemos que estamos vivendo resultados que nós mesmos criamos, e que nossas reações produzem ainda mais causas, mais resultados; incessantemente. (...)
O karma pode ser comparado a uma semente que, em condições adequadas, dará lugar a uma planta. Se você colocar na terra uma semente de cevada, pode ter certeza de que obterá um broto de cevada. A semente não vai produzir arroz.
A mente é como um campo fértil; coisas de todos os tipos podem crescer nele. Quando plantamos uma semente; um ato, uma palavra ou um pensamento, num dado momento, será produzido um fruto que irá amadurecer e cair por terra, perpetuando e incrementando sementes de causalidade potentes em nosso corpo, fala e mente. Quando se juntarem às condições adequadas para o amadurecimento do nosso karma, teremos que lidar com as conseqüências das coisas que plantamos"

Texto do livro "Portões da Prática Budista" de Chagdud Tulku Rinpoche

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meditação reduz o impacto emocional da dor


Imagem: Tevaprapas Makklay

Dor menos desagradável.

Pessoas que meditam regularmente têm uma sensação menos desagradável da dor porque seus cérebros antecipam menos a dor, o que diminui seu impacto emocional.

Depois de avaliar voluntários com vários graus de experiência com a meditação, de praticantes iniciantes até mestres com décadas de meditação, cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, descobriram que os meditadores mais avançados alcançam um nível suficiente para sofrer menos com a dor.

"Os resultados do estudo confirmam nossa suspeita de que a meditação pode afetar o cérebro. A meditação treina o cérebro para ter mais foco no presente e, com isso, gasta menos tempo antecipando futuros eventos negativos. Pode ser por isso que a meditação é eficaz em reduzir a recorrência da depressão, que torna a dor crônica consideravelmente pior," explica o Dr. Brown.


Meditação vista pela ciência

"A meditação está se tornando cada vez mais popular como uma forma de tratar doenças crônicas, tais como a dor causada pela artrite," diz o Dr. Christopher Brown, que conduziu a pesquisa.

"Recentemente, uma instituição de caridade de saúde mental pediu que a meditação torne-se disponível rotineiramente [no sistema de saúde] para tratar a depressão, que ocorre em até 50% das pessoas com dor crônica. Entretanto, os cientistas só agora começam a analisar a forma como a meditação pode reduzir o impacto emocional da dor," conta ele.

O estudo, que será publicado na revista médica Pain, descobriu que determinadas áreas do cérebro ficam menos ativas quando os meditadores antecipam a dor que, durante o experimento, era induzida por um pequeno laser.

Aqueles com mais experiência de meditação - até 35 anos de prática - apresentaram a menor expectativa da dor, o que levou que relatassem uma menor intensidade dessa dor.

Como a meditação modifica o cérebro

O estudo também revelou que pessoas que meditam apresentam uma atividade incomum no córtex pré-frontal durante a antecipação da dor, uma região do cérebro conhecida por estar envolvida no controle da atenção e com os processos de pensamento quando a pessoa se depara com ameaças potenciais.

Os resultados deverão incentivar novas pesquisas sobre como o cérebro é modificado pela prática da meditação.

"Embora tenhamos descoberto que os meditadores antecipam menos a dor e acham a dor menos desagradável, não está claro como exatamente o tempo de meditação muda as funções cerebrais para produzir esses efeitos," conclui o pesquisador.


Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Medo de Olhar para Dentro de Nós.


“Estamos tão acostumados a olhar para fora de nós que perdemos o acesso ao nosso ser interior quase completamente. Ficamos apavorados de olhar para dentro porque nossa cultura não nos deu a menor ideia do que encontraremos. Pensamos até pensar que se o fizermos, correremos o risco de ficar loucos. Esta é uma das últimas e mais efetivas táticas do ego para nos impedir de descobrirmos nossa verdadeira natureza. Assim, levamos nossas vidas tão agitadas que eliminamos o menor risco de olhar dentro de nós mesmos. Até mesmo a idéia de meditar pode assustar as pessoas. Quando elas ouvem as palavras sem-ego ou vacuidade, elas pensam que experimentar tais estados seria como ser ejetadas de uma espaçonave para flutuar na escuridão destituídos do frio para sempre. Nada poderia estar mais distante da verdade. Mas, num mundo dedicado à distração, silêncio e quietude nos aterrorizam; nós nos protegemos deles com barulho e negócios frenéticos. Olhar para a natureza de nossas mentes seria a última coisa que nos atreveríamos a fazer.”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Generosidade



"A essência da generosidade é abrir mão, deixar acontecer. A dor é sempre um sinal de que estamos segurando alguma coisa - normalmente nós mesmos. Quando nos sentimos infelizes, inadequados, nos tornamos mesquinhos e rígidos. A generosidade afrouxa, abre e relaxa. Ao oferecermos qualquer coisa, um real, uma flor, uma palavra de encorajamento, estamos treinando em abrir, em deixar acontecer.”
Pema Chödrön

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nascimento ou Morte?

"O grande problema não é a morte. A morte é o resultado natural do nascimento. O problema é o nascimento. Os maiores meditadores trabalham muito para evitar o seu nascimento seguinte, libertando-se do que irá dar-lhes escolhas reais! Devemos também ter mais cuidado ao cruzar animais, trazendo mais sofrimento ao mundo, incentivando o nascimento de animais apenas destinado para o nosso prazer ou consumo! Será que um dia haverá um mundo onde os animais não serão produzidos, onde as vacas, cavalos e outros animais domésticos viverão harmoniosamente conosco?"

Requisito para meditar


"Praticar a meditação sem ter ouvido ensinamentos é ser como um homem sem braços que quer escalar uma parde rochosa. Ele cairá logo! O caminho budista requer que se ouça os ensinamentos de um lama realizado, remover todas as dúvidas e só então, praticar. Assim é o Caminho."

Khenpo Dorje Wangchug

domingo, 4 de julho de 2010

Oscar Wilde

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero ...amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça."

Oscar Wilde

Depende de nós.

Você deve fazer o esforço por si mesmo.
O Tathagata (Buda) não pode fazer mais nada
Que seja mostrar o caminho.
Aqueles que se comprometeram à meditação
... Serão libertados das amarras de Mara.
Dharmapala 276

sábado, 3 de julho de 2010

Imagine


 "Olha! Um igual a mim!"
Imagine que você está tendo dificuldades com seus entes queridos como sua mãe, pai ou amigo. Como seria útil e revelador considerar a outra pessoa não em seu papel de mãe ou pai ou marido, mas simplesmente como outro “você”, outro ser humano com os mesmos sentimentos que você, o mesmo desejo por felicidade, o mesmo medo de sofrer. Pensar no outro como uma pessoa real, exatamente a mesma que você, abrirá seu coração para ele ou ela e lhe dar mais noção de como ajudar.

Imagine that you are having difficulties with a loved one, such as your mother or father, husband or wife, lover or friend. How helpful and revealing it can be to consider the other person not in his or her “role” of mother or father or husband, but simply as another “you,” another human being, with the same feelings as you, the same desire for happiness, the same fear of suffering. Thinking of the other one as a real person, exactly the same as you, will open your heart to him or her and give you more insight into how to help.

Imagine que usted está teniendo dificultades con un ser querido, como su madre o padre, esposo o esposa, amante o amigo. ¿Cuán útil y revelador se puede considerar la otra persona no ya en su "papel" de la madre o el padre o el marido, pero simplemente como otro "tú", a otro ser humano, con los mismos sentimientos que tú, el mismo deseo de la felicidad, el mismo miedo del sufrimiento. Pensando en el otro como una persona real, exactamente igual que usted, abrirá su corazón a él o ella y le dará una visión más clara de cómo ayudar.

Imaginez que vous rencontrez des difficultés avec un être cher, comme votre mère ou le père, mari ou femme, amant ou un ami. Comment révéler utile et il peut être de considérer l'autre personne n'est pas dans son «rôle» de la mère ou le père ou le mari, mais simplement comme une autre «vous», un autre être humain, avec les mêmes sentiments que vous, le même désir de le bonheur, la même peur de la souffrance. En pensant à l'autre comme une personne réelle, exactement la même chose que vous, vous ouvrez votre cœur à lui et de vous donner une meilleure idée de la façon d'aider.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Experiências negativas são ilusórias e oníricas!


Na meditação, as experiências negativas são as que mais nos enganam, pois tendemos a tomá-las como um mau sinal. Mas, na verdade, as experiências negativas na nossa prática são bênçãos desfarçadas. Tente não reagir a elas que é o que a gente normalmente faz, mas, em vez disso, reconheça-as pelo que elas são realmente, meras experiências ilusórias e oníricas.
A realização da verdadeira natureza da experiência nos libera do dano ou perigo da experiência em si e, como um resultado, uma experiência negativa pode se tornar uma fonte de grandes bênçãos e realizações. Há inúmeras estórias de como os mestres trabalharam assim com as experiências negativas e transformaram-nas em catalisadores para a realização.

In meditation, negative experiences are the most misleading, because we tend to take them as a bad sign. But in fact the negative experiences in our practice are blessings in disguise. Try to not react to them with aversion as you might normally do, but recognize them instead for what they truly are, merely experiences, illusory and dreamlike.
The realization of the true nature of the experience liberates you from the harm or danger of the experience itself, and as a result a negative experience can become a source of great blessing and accomplishment. There are innumerable stories of how masters worked like this with negative experiences and transformed them into catalysts for realization.

Dans la méditation, les expériences négatives sont les plus trompeuses, car nous avons tendance à les considérer comme un mauvais signe. Mais en fait, les expériences négatives dans notre pratique sont une bénédiction déguisée. Essayez de ne pas réagir à eux avec l'aversion que vous pouvez normalement faire, mais au lieu de les reconnaître pour ce qu'ils sont vraiment, seulement des expériences, illusoire et onirique.
La réalisation de la véritable nature de l'expérience que vous libère de le dommage ou le danger de l'expérience elle-même, et par conséquent une expérience négative peut devenir une source de grande bénédiction et d'accomplissement. Il existe d'innombrables récits de la façon dont maîtres travaillé comme ça avec les expériences négatives et les transformer en catalyseurs pour la réalisation.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Dzogchen - Vislumbre do Dia

Os mestres Dzogchen tem uma consciência precisa dos perigos de se confundir o absoluto com o relativo. Pessoas que não conseguem entender essa relação podem ignorar e até mesmo desdenhar os aspectos relativos da prática espiritual e a lei cármica de causa e efeito. No entanto, aqueles que verdadeiramente apreenderem o significado do Dzogchen terão apenas um profundo respeito pelo carma, bem como uma apreciação mais aguda e mais urgente da necessidade de purificação e da prática espiritual. Isto é porque eles vão compreender a vastidão do que neles que tem sido obscurecida, e assim procurar com mais fervor e com uma disciplina sempre fresca, natural, para remover o que se interpõe entre eles e sua verdadeira natureza.

The Dzogchen masters are acutely aware of the dangers of confusing the absolute with the relative. People who fail to understand this relationship can overlook and even disdain the relative aspects of spiritual practice and the karmic law of cause and effect. However, those who truly seize the meaning of Dzogchen will have only a deeper respect for karma, as well as a keener and more urgent appreciation of the need for purification and for spiritual practice. This is because they will understand the vastness of what it is in them that has been obscured, and so endeavor all the more fervently, and with an always fresh, natural discipline, to remove whatever stands between them and their true nature.

www.rigpa.org 
http://www.rigpaus.org/Glimpse/Glimpse.php

terça-feira, 29 de junho de 2010

Aquecimento para antes da meditação.



Morrer antes que você morra. - Eckhart Tolle


Uma das mais poderosas práticas espirituais é meditar profundamente sobre a mortalidade das formas físicas, inclusive da sua. Isso se chama: morrer antes que você morra. Vá fundo nisso. A sua forma física está se dissolvendo, é nada. Então surge um momento quando todas as formas mentais ou pensamentos também morrem. Mas, você ainda está lá - a presença divina que você é: radiante, completamente consciente. Nada que é real morre de verdade, somente os nomes, as formas e as ilusões. Nesse nível profundo, a compaixão se torna um remédio no sentido mais amplo. Nesse estado, a sua influência curativa se baseia não no fazer, mas no ser. Todas as pessoas com quem você mantiver contato serão tocadas pela sua presença e afetadas pela paz que você emana, quer elas estejam ou não conscientes disso. Quando estiver inteiramente presente e as pessoas à sua volta tiverem um comportamento inconsciente, você não vai sentir necessidade de reagir. A sua paz será tão grande e profunda que tudo que não for paz desaparecerá nela, como se nunca tivesse existido. Isso quebra o ciclo cármico de ação e reação. Os animais, as árvores, as flores vão sentir a sua paz e reagir a ela. Você ensinará através do ser, através da demonstração da paz de Deus. Você passará a ser a "luz do mundo", uma emanação da pura consciência, e assim eliminará a causa do sofrimento. Você eliminará a inconsciência do mundo.
Eckhart Tolle

A Felicidade do Não Fugir.

“De um modo geral, pessoas comuns focam em objetos externos para alcançar a felicidade. Ocidentais, em particular, têm um senso de apego ao eu que é baseado em objetos e pessoas externas. É claro que há um nível de felicidade e benefícios temporários em nossas vidas ao nos relacionarmos com o externo. Quando falamos sobre pessoas espiritualizadas, elas parecem ser pessoas felizes. Claro que isso não significa que elas passem todo o tempo dando risadas e sorrindo - existem muitas dificuldades mesmo para aqueles que têm um caminho espiritual. No entanto, mesmo ao encontrarem problemas, é possível que sua felicidade interna permaneça intocada pelas situações externas. Acredito que esta seja a grande vantagem de se seguir e praticar um caminho espiritual.”
 
Karmapa
 

Guru Rinpoche Supplication Prayers and Other Related Teachings



I would like to explain to you a supplication that was composed by Guru Rinpoche, a supplication that all thoughts be self-liberated. Guru Rinpoche composed seven chapters of supplications for students to recite to him, and this one comes from a chapter that he taught to the monk whose name was Namkha'i Nyingpo.

The first verse of the supplication is:

"All these forms that appear to eyes that see,
All things on the outside and the inside,
The environment and its inhabitants
Appear, but let them rest where no self's found;
Perceiver and perceived when purified
Are the body of the deity, clear emptiness—
To the guru for whom desire frees itself,
To Orgyen Pema Jungnay I supplicate."

What appears to the eyes are forms, which are made up of shapes and colors. Everything that is a shape and color is included in the source of consciousness (Sanskrit: ayatanā) that is called form. The shapes and colors that appear to the eyes are found in all of the aspects of the environment in which we live, as well as in all of the sentient beings who inhabit this environment. What is the true nature of the appearances of shapes and colors of the environment and sentient beings? It is that they are dependently arisen mere appearances, which do not exist in essence. The forms that appear do not truly exist. In the abiding nature of reality, their nature is emptiness. They appear while being empty; while empty, they appear. They are appearance-emptiness like rainbows, water-moons, and reflections. All of the objects that appear to the eyes are appearance-emptiness undifferentiable.

As the protector Nagarjuna writes in his Fundamental Wisdom of the Middle Way2:

“Like a dream, like an illusion
Like a city of gandharvas,
That's how birth, and that's how living,
That's how dying are taught to be.”

The meaning of this verse and the one from Guru Rinpoche's supplication are exactly the same.

This is the actual way forms are. They are appearance-emptiness undifferentiable, but sentient beings do not see this because they think things truly exist, and their thoughts that cling to the true existence of appearances obscure the appearance-emptiness that is their true nature. That is why we practice the Dharma—to cleanse ourselves of this clinging to appearances as truly existent so that we can realize appearances' true nature is appearance-emptiness undifferentiable.

It is like when you dream and you do not know that you are dreaming. The appearances in the dream are appearance-emptiness, but your thought that they truly exist prevents you from seeing that. Even though the dream appearances are appearance-emptiness and have no inherent nature, they seem to be real when you do not know that you are dreaming. You think that they are real and you have experiences that seem to confirm your belief that they are real.

But however much you cling to the appearances in a dream, that does not change what the appearances are from their own side. The essential nature of these appearances is unchanging appearance-emptiness. It never moves from being just that. When you dream and you know you are dreaming, you are free of the thoughts that fixate on the appearances as being truly existent. You are free from that obscuration so you can experience the appearances just as they are: as appearance-emptiness. That enables you to do wonderful things like fly in the sky, move unobstructedly through rock mountains, and travel to pure realms. All that is possible when you recognize a dream for what it is, and in that way, not be blocked by thinking that the appearances truly exist.


In our waking life, even though the environment and sentient beings appear to us, the supplication says "let them rest where no self's found." The environment and sentient beings appear, but let them rest without clinging to them as truly existent. Let them rest in their natural state of appearance-emptiness without fixating on them as being real. When we let the appearances rest without fixating on them as being real, all of the thoughts of there being an actual object out there to perceive and an actual distinct subject perceiving it just dissolve. The thoughts that take the duality of perceived object and perceiving subject to be real dissolve. They are purified.

When that happens, everything shines as luminous emptiness, clarity-emptiness. At this point, you are ready to meditate on the deity, because the deity's enlightened body is also appearance-emptiness. It appears while it is empty; it is empty while it appears—it is like a rainbow. When you meditate on the deity, everything appears as the body of the deity—appearance-emptiness.

When all of the appearances of the physical environment shine as the appearance-emptiness immeasurable palace of the deity, and all the sentient beings in the environment shine as the appearance-emptiness enlightened bodies of the deities themselves, then all desire is free in its own place. It is self-liberated. Thoughts of desire do not come from anywhere and they do not go anywhere. They do not arise, so they do not cease. Since they are free from coming and going, and free from arising and ceasing, thoughts of desire are self-liberated. For this reason the verse says, "To the guru for whom desire frees itself, To Orgyen Pema Jungnay, I supplicate."

The second verse of the supplication is:

“All these sounds that appear for ears that hear,
Taken as agreeable or not,
Let them rest in the realm of sound and emptiness
Past all thought, beyond imagination;
Sounds are empty, unarisen and unceasing,
These are what make up the Victor's teaching—
To the teachings of the Victor, sound and emptiness,
To Orgyen Pema Jungnay I supplicate.”

As the glorious Chandrakirti wrote,

“Things do not arise causelessly, nor from Ishvara, ( God )
Nor from self, nor other, nor both;
Therefore, it is clear that things arise
Perfectly in dependence upon their causes and conditions.”

The third verse of the supplication is:

“All these movements of mind towards its objects,
These thoughts that make five poisons and afflictions,
Leave thinking mind to rest without contrivances,
Do not review the past nor guess the future;
If you let such movement rest in its own place,
It liberates into the dharmakaya—
To the guru for whom awareness frees itself,
To Orgyen Pema Jungnay I supplicate.”

The Lord of Yogis Milarepa sang in his vajra song of realization called "The Three Nails":

“To describe the nails of meditation, the three
All thoughts in being dharmakaya are free
Awareness is luminous, in its depths is bliss
And resting without contrivance is equipoise.”

All thoughts are dharmakaya in their nature. Thoughts are free all by themselves, without having to do anything to them, stop them, or change them in any way. They are naturally dharmakaya. What is dharmakaya like? It is luminous. It is awareness. It is bliss. How do we experience this dharmakaya in meditation? Rest without contrivance. Rest without artifice. This is equipoise. This is the experience of dharmakaya. The verses of Milarepa and Guru Rinpoche have the same meaning.

What is awareness-emptiness like? Milarepa described it in the following way in the song "The Ten Things it is Like":

“When you know the true nature of everything to be known
The wisdom that's aware of the true nature's like a cloud-free sky.”

With these two lines, Milarepa tells us the emptiness aspect of awareness is like the sky completely free of clouds. Then he sings:

“When the mud settles down and mind's river is crystal clear
Self-arisen awareness is like a polished mirror's shine.”

Milarepa illustrates the luminous, bright, vivid aspect of awareness with the example of a perfectly polished mirror's sparkling shine. In this way, we see what emptiness is like, we see what awareness is like, and then we can understand that the two are undifferentiable.

The great pandit Shakya Chokden described the noble Asanga's explanation of genuine reality as follows:

“Clarity-emptiness, mere awareness, empty of the duality of perceived and
perceiver is all phenomena's abiding reality.
Knowing this and combining it with a limitless accumulation of merit, the
spontaneously present three kayas will manifest.”

This is Asanga's tradition.

In this way, Asanga presents the true nature of reality of all phenomena as nondual luminous emptiness, nondual awareness-emptiness. The explanation that the true nature of reality is emptiness beyond all concept of what it might be is the presentation of the Middle Way Consequence School (Prasangika Madhyamaka). The presentation of the true nature of reality as awareness-emptiness, luminous clarity, is the presentation of the Shentong Madhyamaka, the Empty of Other Middle Way School, and also the presentation of the Mahamudra and Dzogchen traditions. What does the term "empty of other" or shentong mean? This is described in the text called the Gyu Lama, the Treatise on Buddha Nature:

“The element is empty of that which is separable from it, all fleeting stains.
But it is not empty of that which is inseparable from it, its own unsurpassable qualities.”

"Empty of other" means that the buddha nature, the true nature of mind, luminous clarity, awareness, is empty of that which is different from it: stains and flaws. It is empty of those. But it is not empty of the spontaneously present qualities, the naturally present qualities of enlightenment. These unsurpassable qualities are totally inseparable from the true nature of mind.

In short, this supplication is a supplication that we will manifest our own basic nature. We supplicate the guru to bless us so that we can manifest the awareness-emptiness that is the true nature of mind. It is a supplication that all appearances will be self-liberated as the enlightened body of the deity, all sounds will be self-liberated as the enlightened speech of the deity, and all thoughts will be self-liberated as essential reality itself.

The last verse of the supplication sums it all up:

“Grant your blessing that purifies appearance
Of objects perceived as being outside;
Grant your blessing that liberates perceiving mind,
The mental operation seeming inside;
Grant your blessing that between the two of these
Clear light will come to recognize its own face;
In your compassion, sugatas of all three times,
Please bless me that a mind like mine be freed.”

Excerpts from dharmadata.org

May all beings receiving this note also receive happiness and the causes of happiness;
May they all be free of suffering, and the causes of suffering;
May they not be seperated from the bliss that is without suffering;
May they dwell in equanimity, free from attachment, hate, and aversion.

Any merit accumulated from this note is instantly dedicated to all sentient beings liberation.

Tsoru Dechen Chokhor Ling Vajrayana Buddhist Center
3239 West Trade Avenue # 10
Miami, Fl. 33133

Meditations every Mondays, Wednesdays, and Fridays at 8:00 p.m.
Sundays at 2:00 p.m.

Our root guru is His Eminence Tulku Tsori Rinpoche
For more information call Daniel 305-775-7541 or Jorge 786-556-3040
http://ytdr.org/en/
www.childrensmonastery.org

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Impermanência


"Reflect on this: the realization of impermanence is paradoxically the only thing we can hold on to, perhaps our only lasting possession. It is like the sky, or the earth. No matter how much everything around us may change or collapse, they endure. Say we go through a shattering emotional crisis our whole life seems to be disintegrating our husband or wife suddenly leaves us without warning. The earth is still there; the sky is still there. Of course, even the earth trembles now and again, just to remind us that we cannot take anything for granted."

"Reflita sobre isto: a compreensão da impermanência é paradoxicamente a única coisa em que podemos nos apoiar, talvez nossa única posse duradoura. Ela é como o céu ou a terra. Não importa o quanto tudo à nossa volta possa mudar ou entrar em colapso, eles permanecem. Digamos que possamos atravessar uma crise emocional devastadora em que toda a nossa vida parece se desintegrar, nosso marido ou esposa nos deixa de repente sem aviso. a terra ainda está lá; o céu ainda está lá. É claro, até a terra treme de vez em quando só para nos lembrar que não devemos ter garantia de nada."

Glimpse of The Day - Vislumbre do dia - www.rigpa.org

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As vantagens dos momentos difíceis.


"Pense nos seus momentos difíceis como um treinamento espiritual. As dificuldades são como o ornamento de um bom praticante. O Dharma não é praticado com perfeição no meio de circunstâncias agradáveis". 

Dilgo Khyentse Rinpoche.

(...) já que nossa prática se fortalece diante dos obstáculos, podemos não mais temer obstáculos nem mesmo ter aversão por eles. Adquirimos a confiança de que podemos transformar o que quer que a vida nos reserve numa oportunidade para crescimento espiritual.

As oportunidades na hora da morte.

Sogyal Rinpoche

"Think of the moment of death as a strange border zone of the mind, a no-man’s land in which, on one hand, if we do not understand the illusory nature of our body, we might suffer vast emotional trauma as we lose it, and on the other we are presented with the possibility of limitless freedom, a freedom that springs precisely from the absence of that very same body.
When we are at last freed from the body that has defined and dominated our understanding of ourselves for so long, the karmic vision of one life is completely exhausted, but any karma that might be created in the future has not yet begun to crystallize.
So what happens in death is that there is a “gap,” or space, that is fertile with vast possibility; it is a moment of tremendous, pregnant power where the only thing that matters, or could matter, is how exactly the mind is. Stripped of a physical body, the mind stands naked, revealed startlingly for what it has always been: the architect of our reality."

"Pense no momento da morte como uma estranha fronteira da mente, uma terra de ninguém na qual, por um lado, se não entendermos a natureza ilusória do corpo, sofreremos vasto trauma emocional quando o perdermos e, por outro lado, a possiblidade de infinita liberdade nos será apresentada, uma liberdade que brota justamente por causa da ausência do nosso mesmo corpo.
Quando, por fim, estivermos livres do corpo que definiu e dominou nossa auto compreensão por tanto tempo, a visão cármica de uma vida é completamente exaurida, mas o carma que será criado no futuro ainda não começou a se cristalizar.
Então, o que acontece na morte é que há um salto ou espaço que é fértil de vasta possibilidade; é um momento de um tremento poder, uma força de fecundidade onde a única coisa que importa ou deveria importar é como a mente é exatamente. Despida de um corpo físico, a mente fica nua e revela de modo surpreendente o que ela sempre foi: o arquiteto de nossa realidade."
De "Rigpa Glimpse of The Day" Sogyal Rinpoche http://usa.rigpa.org/

Dois desejos.

"Existem dois tipos de desejos. Um deles não tem razão de ser e está mesclado às emoções perturbadoras. O segundo é aquele em que encaramos o que é bom como bom e procuramos alcançá-lo. Este último tipo de desejo é correto e, com base nele, um praticante dedica-se à prática. Da mesma forma, a busca do progresso material que se fundamenta na percepção de que ele pode servir à humanidade e é, por conseguinte bom, também é correta."
Tenzin Gyatso, Sua Santidade, o XIVº Dalai Lama

domingo, 20 de junho de 2010

Reconhecer a natureza da mente.

 Dudjom Rinpoche
Quando você reconhece a natureza da sua mente como a mesma que a do seu mestre, então você e seu mestre nunca se separarão porque o mestre é uno com a natureza da sua mente, sempre presente como ela é. Quando você reconhece que o mestre e você são inseparáveis, uma enorme gratidão e um sentido de admiração e homenagem nascem dentro de você. Dudjom Rinpoche chama isto “a homenagem da Visão”. É uma devoção que brota espontaneamente ao ter a Visão da natureza da mente.    
When you have fully recognized that the nature of your mind is the same as that of the master, from then on you and the master can never be separate, because the master is onewith the nature of your mind, always present, as it is. When you have recognized that the master and you are inseparable, an enormous gratitude and sense of awe and homage is born in you. Dudjom Rinpoche calls this “the homage of the View.” It is a devotion that springs spontaneously from seeing the View of the nature of mind.    
De "Glinpse ot fhe Day" (Vislumbre do Dia), http://www.rigpa.org/

sábado, 19 de junho de 2010

A Natureza Luminosa da Mente - Sua Santidade, o XIVº Dalai Lama.

Precisamos nos familiarizar com as boas atitudes, mas o fato de estarmos habituados a emoções más como o ódio, cria um enorme obstáculo para isso. Precisamos detectar as diversas formas de emoções perturbadoras e perniciosas e combatê-las de imediato. Se nos acostumarmos gradualmente a controlar nossos maus hábitos, é possível que nos tornemos calmos em alguns anos, mesmo que no momento costumemos a nos zangar com facilidade.
Algumas pessoas tendem a achar que ficarão sujeitas a perder a sua independência se não permitirem que suas mentes vagueiem por onde desejarem, ou seja, se tentarem controlá-las. Não é verdade. Se nossa mente estiver caminhando da maneira correta, já seremos independentes. Mas se ela estiver agindo de modo errado, é necessário exercermos controle sobre ela.
É possível eliminar completamente as emoções perturbadoras ou conseguiremos apenas reprimi-las? Do ponto de vista do budismo, a natureza convencional da mente é a de luz clara. Desse modo, a corrupção não se encontra na própria natureza mental. As deturpações são fortuitas e temporárias e podem ser extirpadas. Do ponto de vista supremo, a natureza da mente é o vazio de existência inerente.
Se as emoções perturbadoras como o ódio fizessem parte da verdadeira natureza da mente, então, esta seria, por exemplo, sempre odiosa, pois tal seria a sua natureza. Contudo, evidentemente, isso não é verdadeiro. Só ficamos zangados em determinadas circunstâncias e, quando essas circunstâncias não se apresentam, a raiva não é gerada. Isso mostra que a natureza do ódio e da mente são diferentes, mesmo que, num sentido mais profundo ambas sejam consciência, possuindo assim uma natureza de luminosidade e de conhecimento.
Quai são as circunstâncias que servem de base para gerar o ódio? Ele é gerado porque sobrepomos aos fenõmenos uma repulsa e uma maldade que vão além daquilo que existe. Baseados nisso, nos zangamos com o que impede a realização de nossos desejos. Consequentemente, o fundamento de uma mente envolvida com o ódio não é válido. Contudo, uma mente amorosa possui um fundamento válido. Quando, por um longo período de tempo, uma atitude que possui um princípio válido rivaliza com uma atitude destituída dele, aquela que o tem vencerá.
Em consequência, se adotarmos sem interrupção, por um longo período de tempo, atitudes que possuam um fundamento válido, as más atitudes não fundamentadas nele decrescerão gradualmente. Quando treinamos salto à distância, por exemplo, a base do processo é o corpo físico. Portanto, existe um limite de quanto se pode saltar. Contudo, como a mente é uma entidade de mera luminosidade e conhecimento, quando é ela a base do treinamento, pode-se, através da familiarização gradual, desenvolver atitudes saudáveis de modo ilimitado.
Nós próprio sabemos que a mente é capaz de se lembrar de muitos fatos. ao colocarmos nela algo, depois algo mais, vemos como é possível armazenar na memória inúmeras coisas. Nos nossos dias, não conseguimos reter grandes quantidade de elementos pois, empregamos apenas os níveis mais grosseiros da consciência. Se usássemos os mais sutis, poderíamos reter uma extraordinária quantidade de elementos.

De "Bondade, amor e compaixão" - Editora Pensamento

A dor como o jardim da compaixão


Whatever you do, don’t shut off your pain; accept your pain and remain vulnerable. However desperate you become, accept your pain as it is, because it is in fact trying to hand you a priceless gift: the chance of discovering, through spiritual practice, what lies behind sorrow.
“Grief,” Rumi wrote, “can be the garden of compassion. If you keep your heart open through everything, your pain can become your greatest ally in your life’s search for love and wisdom.”


Seja lá o que você faça, não se desligue de sua dor; aceite-a e permaneça vulnerável. Seja lá quão desesperado você se torne, aceite sua dor como ela é porque você está de fato tentando lidar com um presente inestimável: a oportunidade de descobrir o que está por trás da dor através da prática espiritual.
Rumi escreveu: "A dor da perda pode ser o jardim da compaixão. Se você manter seu coração aberto a todas as coisas, sua dor poderá se tornar uma grande aliada na sua procura por amor e compaixão."

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Buddha's message.

"Do not hurry to believe anything, even if it is written in the holly scriptures. Do not hurry to believe anything just because a famous teacher said. Believe nothing just because the majority agreed that it is the truth. Do not believe me. You should test anything people say through your own experience before accepting or rejecting something. " (Siddartha Gautama, the Buddha, Kalama Sutra 17:49)

sábado, 12 de junho de 2010

Buddha and Jesus video

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um texto roubado.

"Todo mundo, ou quase, já passou por esse momento em que os problemas parecem tão graves e sem solução que a impressão é que desaparecemos como as gotas d´água que se perdem no oceano. E, não invariáveis vezes, algumas horas de lágrimas e um sono profundo fizeram não com que os problemas desaparecessem, mas parecessem menos assustadores.
Quando nos desesperamos, diminuímos, perdemos forças, perdemos visão, a fé fica invisível e o mundo torna-se um lugar grande demais, complicado demais e demasiado assustador. Nos tornamos quais crianças que olham os grandes com olhos assustados e coração batendo forte, como gigantes que poderiam levá-los de um momento para o outro. Não! Os problemas, por maiores que sejam, não devem devorar-nos, não podem ser assim tão impossíveis que a nossa fé não possa enfrentá-los. Não somos pequenos, menos ainda indefesos, apenas sujeitos ao vai e vem do dia-a-dia e sabemos por experiência que quanto mais distância tomamos das coisas, mais elas parecem pequenas aos nossos olhos."