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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quando o mestre morre.

O problema da devoção é idêntico. Caso não seja solidamente estabelecida, a devoção corre o risco de ser efémera. Certos budistas, tibetanos ou outros, têm uma grande devoção por um mestre espiritual. Mas assim que esse mestre morre perdem-na de um momento para o outro. Como consideram que acabou tudo, os seus centros budistas locais fecham. No entanto, em termos absolutos, não faz qualquer diferença o mestre estar ou não presente em carne e osso. O mestre representa a natureza última do espírito e a sua compaixão não é limitada pela distância. Aquele que reconhece esta dimensão do mestre corre poucos riscos de se apegar à sua forma humana. Mesmo que o mestre tenha deixado o seu invólucro corporal, ele sabe que a partir da esfera do Corpo Absoluto as suas bênçãos e a sua actividade estão sempre presentes. Quer o mestre esteja ou não entre nós não muda nada. É sempre possível meditar sobre ele *.

* - No Budismo Vajrayana, o mestre autêntico, a quem o discípulo se liga intimamente, tem por única finalidade revelar a este último a sua verdadeira natureza. Num primeiro tempo, a fé no mestre permite ao discípulo abrir-se a uma realidade mais profunda e ao mestre fazer com que o espírito do discípulo amadureça. No final do caminho, mestre e discípulo são um só: aquele que decobriu a verdadeira natureza do seu espírito, inseparável do «Corpo Absoluto» de Buda, o conhecimento e a compaixão desde sempre presente. Por esta razão, quem se apegar à forma exterior do seu mestre é incapaz de compreender esta realidade e tudo o que retira da sua ligação com o mestre não é mais do que retiraria da relação com um ser comum.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Robert Walter

Robert Walter
"Quando seguimos a trilha da realização plena, somos preenchidos com energia vital. Dessa forma, as tarefas se tornam prazerosas e não uma obrigação ou um desafio ameaçador. Além de nos vitalizar, (...) nos mostram que nossas ocupações e compromissos tem um propósito maior. É como a estória dos homens que carregavam pedras até o topo de uma montanha. Aquele que não vislumbrava  o objetivo do trabalho, penava. Já o que entendia estar construindo uma catedral, um templo, sorria enquanto executava o serviço. Da mesma maneira, você pode reclamar por ter que cozinhar e depois lavar os pratos ou se alegrar por estar alimentando sua família.
Alguns indivíduos enxergam com mais clareza o que estão fazendo nesta existência. Carregam a influência de um mestre, a sabedoria do seu povo, os ensinamentos do seu avô ou foram marcadas na infância pelo personagem de um livro ou de um filme que determinou escolhas. Muitas outras influências atuam de forma inconsciente em nossa vida. A verdade é que, em situações de tranquilidade e diversão, somos afetados pela dimensão transcendente ao passo que, ao nos mantermos racionais, queremos decifrar as coisas, não conseguindo entrar em contato com o sagrado.
Por meio da criatividade, podemos encontrar ferramentas para ativar nossa dimensão simbólica e explorar nossas potencialidades da nossa própria estória. Vale praticar yoga, meditação, dançar, pintar, compor músicas, enfim, fazer o que se ama. Um bom pacto consigo mesmo é reservar dois minutos pela manhã diante do espelho e se perguntar; 'Quem é essa pessoa? O que devo fazer hoje? De onde as coisas estão vindo?' Ou, então, faça uma xícara de chá e diga: 'Esse é o meu momento.' Tente criar espaços no cotidiano para entrar em contato silencioso com você mesmo. Quanto mais recorrente for essa prática, mais fácil será manter a conexão com a alma."

domingo, 20 de junho de 2010

Reconhecer a natureza da mente.

 Dudjom Rinpoche
Quando você reconhece a natureza da sua mente como a mesma que a do seu mestre, então você e seu mestre nunca se separarão porque o mestre é uno com a natureza da sua mente, sempre presente como ela é. Quando você reconhece que o mestre e você são inseparáveis, uma enorme gratidão e um sentido de admiração e homenagem nascem dentro de você. Dudjom Rinpoche chama isto “a homenagem da Visão”. É uma devoção que brota espontaneamente ao ter a Visão da natureza da mente.    
When you have fully recognized that the nature of your mind is the same as that of the master, from then on you and the master can never be separate, because the master is onewith the nature of your mind, always present, as it is. When you have recognized that the master and you are inseparable, an enormous gratitude and sense of awe and homage is born in you. Dudjom Rinpoche calls this “the homage of the View.” It is a devotion that springs spontaneously from seeing the View of the nature of mind.    
De "Glinpse ot fhe Day" (Vislumbre do Dia), http://www.rigpa.org/