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sábado, 31 de julho de 2010

Buscando o Ponto Último

O Lama Padma Samten - Foto de Carlos Ebert no Flickriver

Avisei à Raquel que, descaradamente, ia "roubar" estes poemas inefáveis do Lama Samten para o meu blog! Com os devidos créditos, claro!

Lama Padma Samten
25 de junho de 2009 | CEBB Darmata

1. A Mandala Última
Abra os olhos devagar e veja
A realidade Vajra inteira diante de você
Respire devagar, sem esforço
Nada a ser sustentado,
Nada a ser criado ou visto,
Naturalmente presente
Apenas veja, suavemente.
Quando se perder,
É na realidade Vajra que estará
Não há dois lugares,
Apenas esse.
Sem esforço,
Mandala natural. Veja!
Corpo, energia, mente
Paisagem, Mandala, céu
Natureza Vajra tudo abarca
Sem esforço
Sem tempo
Não é necessário obter algo,
Nem fixar-se. Veja!
O deslocar-se causal
Por dentro da presença Vajra
Torna existente
O que é apenas Vajra
Contemple isso.
O deslocar-se causal
É o deslocar-se Vajra
Não há como perder-se
Ainda assim surge um mundo
Com significado causal;
Fixado a isso
Operamos a realidade Vajra
E não vemos seus atributos completos,
E perdemos a capacidade de ver Vajra.
Nem um, nem outro
Nem entre ou meio
Natureza Primordial – Guru Absoluto
Mãe do Samsara Vajra
Mãe do Nirvana Vajra
Nada a fazer…
Não perca o espetáculo!

2. Mandala do Lótus

Hum!
Intenção iluminada de Guru Rinpoche
Emanação da Intenção Iluminada de Kuntuzampo
Mãe da Terra Pura da Mandala do Lótus
Emaho!
Nem puro, nem impuro,
Mandala da compaixão
Pela intenção iluminada de Guru Rinpoche
Cada elemento da Roda da Vida
Visto como gerado dos 12 elos
Transforma-se, dá origem
A um elemento puro da Mandala da compaixão
Obstrutores se tornam
Protetores do Darma
Demônios em servos obedientes
Emaho!
Manter a visão
É reconhecer a Mandala Natural
Emanando Samsara e a Mandala do Lótus
Ver em cada manifestação 12 elos
Manifestação da Mandala
Cada ser do Samsara
Elemento indispensável
Componente integrante da Mandala
Constituinte concreto da Terra Pura
O natural encontro
Da Mandala Natural de Kuntuzampo,
Da Mandala do Lótus de Guru Rinpoche
Das infinitas paisagens e mundos dos 12 elos,
Todas vivas, dialogando entre si,
Indispensáveis simultaneamente,
Isso é a visão.
Meditação é manter isso
Em todas as aparências 12 elos
Recolectando e purificando Alayavijnana

3. Ação

Ação é o milagre
Do movimento condicionado
Dentro da Mandala do Lótus.
Seu segredo é sustentar a visão
Sempre ver 12 elos e a Mandala Natural
Sorrir
Converter cada elemento 12 elos,
Dar nascimento,
E acioná-lo causal e não-causalmente
Ambos,
Para benefício dos seres
É penetração de visão em todos os âmbitos de 12 elos
Essa penetração é a verdadeira compaixão
Ação Iluminada de Guru Rinpoche.
Veja os 12 elos com olhos de Mandala do Lótus,
Emaho!
O mundo faz sentido e se move perfeito!
As qualidades e a felicidade são possíveis.
Construa-se com seus papéis aí
Veja cada ser aí
Veja os 12 elos e a Mandala do Lótus com olhos da Mandala Absoluta Natural
Emaho!
O céu acima não tem marcas!
Nem Mandalas e nem 12 elos
Agora una esses três mundos:
Mandala Absoluta Natural, Mandala do Lótus, Roda dos 12 elos
Inseparáveis,
Intenção Iluminada de Kuntuzampo!
Sorria!
Mova-se sem pressa
Céu acima
Intenção Iluminada de Guru Rinpoche viva, pulsando
Roda dos 12 elos – jardim.
Emaho!
Ação vitoriosa, impossível detê-la!

4. Moralidade

Perfeição de ética e moralidade
É mover-se apenas na Mandala!
Não descuidem disso!
Veja!
Proteja isso como seus olhos
Proteja como a sua pele
Medite, construa, dê nascimento,
Sustente, viva dentro
Da Mandala!
Emaho!

5. O Observador Vajra

Abra os olhos devagar
Tudo ao redor manifesta significado
Produz impulsos
Cerre os olhos, lentamente.
Abra os olhos devagar
Natureza vajra viva, atuando
Cerre os olhos lentamente
A operação dos olhos
Produz a sensação de alguém atrás dos olhos
Produz a sensação do objeto diante dos olhos
Veja a natureza vajra do surgimento dos objetos
Os objetos são vajra, não estão nos próprios objetos.
Não têm localização e nem tempo.
Agora veja a natureza vajra do surgimento do observador.
Natureza primordial ganha forma
Surge magicamente e fica presa aos objetos construídos.

Three Tipes of Phenomena. Três tipos de fenômenos.


In Buddhism we speak of three types of phenomena: First, there are evident phenomena that are perceived directly.

Second, there are slightly hidden phenomena, which are not accessible to immediate perception. There are differences of opinion on this even within Buddhist philosophy. Generally speaking, we think this second type of phenomena can be known indirectly by inference. 

One example of something known by inference is that anything arising in dependence upon causes and conditions is itself subject to disintegration and momentary change. This momentary change is not immediately evident to your senses. You can look at something with your eyes, and it does not appear to be changing right now, but by inference you can know that it is momentarily changing. This is an example of the second category of phenomena.

Third, there are very concealed phenomena, which cannot be known by either of the two preceding methods. They can be known only by relying upon testimony of someone such as the Buddha.

from Consciousness at the Crossroads: Conversations with the Dalai Lama on Brain Science and Buddhism edited by Zara Houshmand, Robert B. Livingston, and B. Alan Wallace, published by Snow Lion Publications

No budismo, falamos de três tipos de fenômenos: primeiro, existem fenômenos evidentes que são percebidos diretamente.

Segundo, os fenômenos ligeiramente escondidos, que não são acessíveis à percepção imediata. Existem opiniões diferentes sobre isso, mesmo na filosofia budista. Geralmente, pensamos que este segundo tipo de fenômeno pode ser conhecido indiretamente por inferência, por conclusão.

Um exemplo de algo conhecido por conclusão é que nada que surja dependente de causas e condições é sujeito à desintegração e mudança momentânea. Vocês podem olhar para alguma coisa com seus próprios olhos e ela não parece que está mudando agora, mas, por inferência, conclusão, vocês sabem que ela esta mudando momentaneamente. Este é um exemplo da segunda categoria de fenômenos

Terceiro, existem fenômenos muito ocultos que não podem ser conhecidos por nenhum dos dois métodos anteriores. Eles só podem ser conhecidos ao depositar a confiança no testemunho de alguém tal qual o Buda.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Blogs inativos.

Sinto, pessoal, mas blogs que ficam mais de três meses sem postar é porque o(a) blogueiro(a) não tá nem aí. Tem gente que fica até dois anos sem postar enquanto outras pessoas postam quase de hora em hora! Então, os inativos, estou tirando da minha lista do "Navegar", quei? Ou seja, não sigo mais.

Dalai Lama

"Sometimes harsh words or physical intervention may be called for. Patience safeguards our inner composure: we are in a stronger position to judge an appropriately non-violent response than if we are overwhelmed by negative thoughts and emotions. It is the opposite of cowardice, which arises when confidence is lost as a... result of fear. Being patient means we remain firm even if we are afraid."

In Brasilian Portuguese!
"Às vezes, palavras duras ou intervenção física podem ser usadas. A paciência é o salvaguarda da nossa compostura interna: estamos em uma posição mais forte para julgar uma resposta adequada e não-violenta do que se quando somos invadidos por pensamentos e emoções negativas. É o oposto da covardia, que surge quando a confiança se perde como resultado do medo. Ser paciente significa permanecermos firmes mesmo se temos medo."

sábado, 24 de julho de 2010

Desesperança e Medo - Teísmo e não teísmo.

 Clique para ampliar.
Perdão, mas são tantas coisas que leio ou que recebo pela internet, que não me lembro de onde veio este texto.  Estava impresso numa folha de papel. Definitivamente não é meu, claro, mas resolvi postá-lo por achá-lo de extrema importância e com um ponto de vista completamente diferente daquele a que estamos habituados, daquele em que fomos educados e criados. O ponto de vista de que a segurança duradoura nunca poderá ser alcançada! Se alguém descobrir quem é o autor, por favor, me diga.
Que seja de grande benefício para todos!

A Marilda (obrigada, minha querida!) já descobriu prá mim! Pema Chodrön (livro "Quando Tudo se Desfaz")
"Se desejarmos desistir de esperar que a insegurança e a dor sejam exterminadas, precisamos ter coragem de relaxar na falta de base de nossa situação. Esse é o primeiro passo do caminho. Voltar a mente para o dharma não nos traz segurança ou comprovação nem qualquer base onde possamos nos apoiar. Na verdade, quando nossa mente se volta para o dharma, reconhecemos corajosamente a impermanência e a mudança e começamos a lidar com a desesperança. Existe uma interessante palavra tibetana: ye tang tche. Ye quer dizer 'totalmente, completamente' e o restante, significa 'exausto'. No conjunto, ye tang tche significa totalmente extenuado. Poderíamos, talvez, dizer totalmente farto. Estas palavras descrevem a experiência da total desesperança, do completo abandono de qualquer esperança. Esse é um ponto importante, pois representa o início do início. Sem desistir da esperança, de que há um lugar melhor para estar, de que há alguém melhor para ser, nunca relaxaremos onde estamos ou naquilo que somos. Poderíamos dizer que a expressão atenção plena nos aponta para sermos unos com nossa experiência, sem nos dissociarmos, estando exatamente ali quando nossa mão toca a maçaneta da porta, o telefone toca ou qualquer tipo de sentimento que surge. A expressão atenção plena descreve o estar exatamente no lugar em que estamos. Ye tang tche, entretanto, não é tão facilmente digerível, pois expressa a renúncia que é essencial ao caminho espiritual. É utópico pensar que podemos resolver todos os nossos problemas para sempre. É inútil buscar algum tipo de segurança duradoura. Desfazer nossos padrões mentais habituais muito antigos e arraigados exige começar a reverter algumas de nossas premissas mais básicas. É preciso ficar totalmente farto desse modo de pensar, de acreditar em um eu sólido e distinto, de continuar a buscar o prazer e a evitar a dor de achar que alguém lá fora é culpado pelo nosso sofrimento. É preciso abandonar a esperança de que esse modo de pensar nos traga satisfação. O sofrimento começa a se dissolver quando passamos a questionar a crença ou esperança de que existe um lugar onde é possível esconder-nos. Desesperança significa não ter mais ânimo para controlar nosso caminho. Podemos ainda querer fazer isso. Queremos ter alguma base segura e confortável sob nosso pés, mas já tentamos mil esconderijos e mil maneiras de chegar a uma solução definitiva e o chão continua movendo-se sob nós. Tentar conseguir uma segurança duradoura nos ensina muito, pois,  se nunca tentarmos, não saberemos que ela não pode ser alcançada. Voltar a mente para o dharma apressa o processo da descoberta. Sempre que fazemos isso, percebemos mais uma vez que não há nenhuma esperança, não conseguimos ter nenhum ponto de apoio. A diferença entre teísmo e não teísmo não está em acreditar ou não em Deus. Essa é uma questão que se aplica a todos, incluindo budistas e não budistas. O teísmo é uma arraigada convicção de que existe uma mão na qual segurar. Se fizermos a coisa certa, alguém vai nos dar valor e cuidar de nós. Isso é o mesmo que achar que haverá sempre uma babá disponível quando precisamos de uma. Todos nós temos a tendência a fugir das responsabilidades e delegar nossa autoridade a algo exterior a nós. Não teísmo é relaxar na ambigüidade e incerteza do momento presente sem buscar algo que nos proteja. Às vezes, achamos que o dharma é externo, é algo em que acreditar, algo que devemos atingir. Entretanto, o dharma não é uma crença ou dogma. É a total apreciação da impermanência e da mudança. Os ensinamentos desintegram-se quando tentamos agarrá-los! É preciso experimentá-los sem expectativas. Muitas pessoas corajosas e compassivas já os experimentaram e transmitiram. A mensagem é destemida, o dharma nunca representou uma crença que seguimos cegamente. em absoluto, ele não nos dá nada a que possamos nos apegar. Não teísmo é perceber, finalmente, que não existe babá com quem contar! Conseguimos uma babá ótima e, então, ela se vai!  Não teísmo é compreender que não são apenas as babás que vem e vão. A vida toda é assim! Essa é a verdade e a verdade incomoda! Para aqueles que querem agarra-se a algo, a vida é ainda mais difícil. Sob este ponto de vista, o teísmo é um vício. Somos viciados em esperança, na esperança de que a dúvida e o mistério se dissipem. Esta dependência tem um doloroso efeito sobre a sociedade, uma sociedade baseada em muitas pessoas viciadas em conseguir um apoio para si mesmas não é um lugar muito compassivo. A Primeira Nobre Verdade que o Buda ensinou diz que, quando sofremos, isto não significa que algo está errado! Que alívio! Finalmente alguém falou a verdade! o sofrimento faz parte da vida e não devemos achar que o estamos sentindo por termos feito algo errado. Entretando, o fato é que quando sofremos, achamos que fizemos algo errado! Enquanto estivermos viciados em esperança pensaremos que podemos abrnadar nossa experiência, torná-la mais intensa ou, de algum modo, modificá-la e continuaremos a sofrer muito. A palavra tibetana para esperança é rewa e, para medo, dokpa. Mais comumente usa-se re-dok que é uma combinação das duas. Enquanto houver uma, haverá a outra. Re-dok é a raiz do nosso sofrimento. No mundo da esperança e do medo, sempre teremos que mudar de canal, ajustar a temperatura ou procurar outra música porque algo está se tornando desconfortável, inquieto, começando a doer e nós continuamos a procurar alternativas. No estado mental não teísta, abandonar a esperança é uma afirmação, é o início do início. Poderíamos até mesmo colocar um lembrete Desistir da Esperança na geladeira em vez de aspirações mais convencionais do tipo Todos os Dias, Em Todos os Sentidos, Estou me Tornando Cada Vez Melhor. A esperança e o medo advêm de sentirmos que nos falta algo, advêm de um sentimento de carência. Não conseguimos simplesmente relaxar em nós mesmos. Agarramos a esperança e ela nos rouba o momento presente. Achamos que talvez outra pessoa saiba o que está acontecendo, mas, se há algo faltando em nós, há algo faltando em nosso mundo! Em vez de permitir que nossa negatividade acabe conosco, poderíamos reconhecer que, exatamente agora, estamos nos sentindo um lixo sem sermos melindrosos quanto a olhar isto bem de perto. Esta é uma atitude compassiva! Esta é a atitude corajosa que deve ser tomada! Podemos cheirar o lixo, sentí-lo, explorar a sua natureza, conhecer a essência da aversão, da vergonha e da confusão deixando de acreditar que algo está errado! É possível abandonar a esperança fundamental de que existe um eu melhor que um dia surgirá. Não podemos passar por cima de nós mesmos como se não estivéssemos ali. É melhor olhar diretamente para nossas esperanças e medos. Então, surge uma espécie de confiança em nossa sanidade básica. É aqui que entra a renúncia à esperança de que nossa experiência possa ser diferente, de que possamos ser melhores. As regras monásticas budistas que recomendam abandonar o álcool, o sexo e daí por diante, não querem dizer que estes hábitos sejam intrinsecamente maus ou imorais, mas, sim que nós os utilizamos como babás! Nós os usamos para escapar, para conseguir alívio e distração. Quando renunciamos, estamos, na verdade, desistindo da obstinada esperança de sermos salvos de nós mesmos. A renúncia é um ensinamento que nos estimula a investigar o que está acontecendo sempre que nos agarramos a algo por não sermos capazes de enfrentar o que está surgindo.
Certa vez, em uma viagem de avião, estava ao lado de um homem que a tod hora interrompia a nossa conversa para tomar diversos comprimidos. Perguntei:
- O que você está tomando?
Ele respondeu que eram tranquilizantes. Eu disse:
- Ah, você está nervoso?
E ele:
- Não. Ainda não, mas acho que vou ficar quando chegar lá em casa.
Vocês podem rir desta estória, mas o que acontece quando se começa a se sentir desconfortável, inquieto, constrangido? Percebam o pânico, percebam como imediatamente nos agarramos a algo. Esta é uma atitude baseada na esperança. Não agarrar chama-se desesperança. Se esperança e medo são duas faces da mesma moeda, o mesmo ocorre com desesperança e confiança. Se desejamos desistir de esperar que a insegurança e a dor sejam exterminadas, precisamos ter coragem de relaxar na falta de base de nossa situação. Esse é o primeiro passo do caminho. Se não há interesse em ir além da esperança e do medo, não há sentido em tomar refúgio no buda, ho Dharma e na Sangha. Tomar refúgio no Buda, no Dharma e na Sangha refere-se a desistir de conseguir um chão sob nossos pés. Estamos prontos para a tomada de refúgio quando este tipo de ensinamento, quer estejamos capazes ou não, soa como algo insistentemente familiar, semelhante à experiência de uma criança que reencontra a mãe após uma longa separação. A desesperança é o solo básico. De outra forma, trilharíamos o caminho com a expectativa de conseguir segurança e isso significa que não compreendemos seu propósito. Podemos praticar meditação ou estudar os ensinamentos de conseguir segurança. Podemos seguir as orientações e instruções com o mesmo objetivo. Isso só nos conduzirá à decepção e ao sofrimento. É possível economizar bastante tempo levando muito a sério esta mensagem desde já. Iniciem o trajeto sem esperança de conseguir terra firme. Iniciem com desesperança. Toda ansiedade, insatisfação e as razões para desejar que nossa experiência fosse diferente têm sua raíz no medo da morte. O medo da morte está sempre alí como plano  de fundo. Como dizia Shunryu Suzuki Roshi, mestre zen, viver é como entrar em um barco prestes a sair para o mar e afundar. Entretanto, é muito difícil acreditar na própria morte, não importa quanto se fale sobre isso. Muitas práticas espirituais tentam nos encorajar a levar nossa própria morte a sério, mas é incrível como essa ficha é difícil de cair. A única coisa da vida com que realmente podemos contar é incrivelmente remota para todos nós. Não chegamos a dizer:
- De jeito nenhum, eu não vou morrer!
Porque obviamente sabemos que não é assim. Mas, com certeza, será mais tarde. Essa é a grande esperança. Certa vez, Trumgpa Rinpoche deu uma palestra pública intitulada "A Morte na Vida Cotidiana". Somos criados em uma cultura que tem medo da morte e a esconde de nós. No entanto, nós a experimentamos o tempo todo. Experimentamos sob a forma de decepção, daquilo que não dá certo, de um permanente processo de mudança. Quando o dia acaba, quando termina um segundo, quando expiramos, essa é a morte na vida cotidiana. A morte na vida cotidiana poderia também ser definida como experimentar tudo aquilo que não desejamos. Nosso casamento não vai bem ou nosso trabalho não está dando certo. Ter um relacionamento com a morte na vida diária significa começar a ser capaz de esperar e de relaxar na insegurança, no pânico, no constrangimento, naquilo que não vai bem. À medida em que os anos passam, não chamamaos mais a babá tão rapidamente. A morte e a desesperança fornecem a motivação correta para viver a vida com mais discernimento e compaixão. Entretanto, na maior parte do tempo, afastar-se da morte é nossa maior motivação. Evitamos normalmente qualquer tipo de problema. Tentamos sempre negar que as mudanças, a areia que está sempre escapando entre nossos dedos, são ocorrências naturais. O tempo está passando! Isto é tão natural quanto a mudança das estações ou a transformação do dia em noite. Entretanto, envelhecer, ficar doente, perder aquilo que amamos, não encaramos estas situações como ocorrências naturais. queremos evitar a sensação de morte de qualquer modo. Quando algo nos lembra a morte, entramos em pânico. Não se trata apenas de cortar o dedo, começar a sangrar e colocar um band-aid. Acrescentamos algo mais: o nosso próprio estilo. Alguns de nós sentam-se ali estoicamente e deixam que as roupas se empapem de sangue. Outros ficam histéricos. Não colocamos simplesmente um band-aid. Chamamos a ambulância e vamos para o hospital. Alguns de nós colocam band-aid de grife. Não importa nosso estilo. o processo não é fácil. Não ficamos apenas no básico. Não podemos apenas voltar ao essencial? Simplesmente voltar? Esse é o início. O essencial, o bom e velho eu. O essencial, o bom e velho dedo sangrando. Volte para casa uno, para o básico mínimo. Relaxar no momento presente, na desesperança, na morte. Não resistir ao fato de que as coisas terminam, passam e não têm uma substância duradoura, de que tudo está em mudança o tempo todo. Essa é a mensagem fundamental! Quando falamos em desesperança e morte, estamos falando em encarar os fatos sem escapismo. Podemos ainda ter todo tipo de vício, mas deixamos de acreditar neles como uma saída para a felicidade. Quantas vezes nos permitimos o prazer a curto prazo da dependência. Porque agimos assim tantas vezes, aprendemos que agarrar essa esperança é uma fonte de infelicidade que transforma o prazer a curto prazo em inferno a longo prazo. Desistir da esperança é um estímulo a ficar do seu próprio lado, a fazer amizade consigo mesmo, a não fugir e a voltar ao essencial, não importa o que aconteça. O medo da morte constitui o pano de fundo de toda essa situação. É a razão pela qual ficamos inquietos, entramos em pânico e sentimos ansiedade. mas, se experimentamos completamente a desesperança, desistindo de qualquer expectativa de alternativa para o momento presente, poderemos ter uma relação prazeroza com nossa vida, uma relação honesta e direta que não mais ignora a realidade da impermanência."

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Admitindo a impermanência



Temos de admitir impermanência nas nossas vidas. É importante conviver com a impermanência como um quadro de referência de modo que possamos nos aproximar a cada momento ou a cada dia, com um senso de humildade a respeito do que somos capazes de fazer e o que não somos capazes de fazer e abandonar o controle sobre as coisas que não podemos ter controle mais. É importante viver como se as coisas fossem tão permanentes como pedra.

Você tem de investir-se em amor e preocupação para as pessoas, aceitar o amor das pessoas, como se essa é a única coisa que existe. O compromisso com a vida como se tudo está sempre lá para sempre com a aceitação de que nada vai sobreviver.

Dharma Quote of The Week from Snow Lion http://www.snowlionpub.com/

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eneagrama 9

Agradáveis e afáveis, os 9 amam a paz, nunca confrontos. São normalmente pessoas calorosas, tolerantes, acomodadas e não competitivas. Controlam os relacionamentos pela força do silêncio. Recusam-se a discutir, preferem afastar-se. Preferem uma vida calma, estruturada, previsível e confortável. Chegam a "adotar" os desejos de outras pessoas porque, em assuntos pessoais, acham difícil saber o que pensam ou sentem. Explodem tão tardiamente que esquecem a razão que os levou a ter raiva. Seu lema - para si e para os outros - poderia ser: "não perturbe a ordem e a harmonia".

O 9 não quer nem o brilho do 3 nem a perfeição do 1, sua sensação de valor e de existência é um viver através dos outros, da família, da nação, do time, do partido etc.
Pelo seu equilíbrio tendem a ser conservadores, tradicionais. Consideram-se pessoas distraídas, confusas e com memória fraca, mas, sua busca de distração da atenção é deliberada: televisão, jornais, costura..., além do sono, podem servir como "narcóticos". Podem se tornar inativos devido à excessiva resignação e acabar ficando "dependentes" dos outros (emocional e economicamente) muito cedo na vida. São muito solidários.
Distraem-se facilmente, mesmo estando sozinhos, e costumam deixar até as mais altas prioridades por último. Ou cumprem os prazos no último minuto, quando lembrados, ou simplesmente, esquecem coisas essenciais. Pode parecer displicência, mas raramente é intencional, atividades secundárias, novos interesses, qualquer coisa pode distraí-los. Os 9 podem também tornarem-se obsessivos com relação a detalhes, absorvidos em aspectos que parecem secundários, chegando a envolver-se em planos que nunca se concretizam.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tomar banho!

Imagine que você passou a vida inteira sem tomar banho e um dia resolve tomar uma ducha. Você começa a se esfregar mas fica horrorizado quando toda aquela sujeira sai dos poros da sua pele e escorre pelo seu corpo. Tem alguma coisa errada! Era para você ficar limpo, mas tudo que você vê é sujeira! Então, você se assusta, pula prá fora do chuveiro e se convence que nunca deveria nem ter começado! Mas você só fica mais sujo do que antes. Não tem jeito de você saber que a única coisa sábia a fazer é ser paciente e terminar o banho. Pode até parecer que você está ficando mais sujo, mas, se você continuar a se lavar, você sairá limpo e fresco. Isso faz parte de todo um processo, o processo de purificação.

Sempre que surgirem dúvidas, veja-as simplesmente como obstáculos e reconheça-as como um entendimento de que elas estão alí para serem esclarecidas e desbloqueadas. Sabemos que não é um problema fundamental, mas apenas uma etapa do processo de purificação e aprendizagem. Permita que o processo continue e se complete e nunca perca a sua confiança em resolver. Este é o caminho seguido por todos os grandes praticantes do passado que costumavam dizer: "Não há armadura como a da perseverança".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Suicídio


"É difícil falar do suicídio. Há muitas razões para uma pessoa se suicidar. Há os que são invadidos pela inquietude ou pela angústia; os que estão desesperados; os que se matam por orgulho, por causa do que os outros lhes fizeram ou não fizeram; os que estão convencidos que jamais chegarão a algum lado; os que, sujeitos a um desejo violento, se matam por cólera quando esse desejo não é satisfeito; os que se deixam levar pela tristeza, e tantos outros casos. De um modo geral, a pessoa que se mata suprime toda e qualquer solução futura para o seu problema. Mesmo que até ao momento só tenha encontrado dificuldades, nada prova que um dia não encontre maneira de as resolver.
Outra coisa: a maior parte dos suicídios são cometidos num momento extremo de emoção. Um ser humano não deve tomar decisões tão radicais sob um impulso de cólera, de desejo ou de angústia.
Se agirmos de maneira impulsiva corremos um grande risco de nos enganarmos. Uma vez que temos a capacidade de reflectir, mais vale esperar até estarmos calmos e sossegados antes de cometermos algo irreparável.
O meu tutor Thrijang Rinpoché contou-me a história de um homem da província do Kham extremamente infeliz que tinha decidido atirar-se ao rio Tsangpo, em Lhasa. De garrafa de álcool em punho, a sua ideia era bebê-la antes de saltar. Ao princípio, estava completamente dominado pelas emoções. Uma vez à beira-rio, sentou-se ma margem por um momento. Como não se decidisse a saltar, começou a beber. E como isso não lhe desse suficiente coragem, bebeu um pouco mais. Finalmente voltou para casa, com a garrafa vazia debaixo do braço.
Como vêem, debaixo de uma forte emoção, o nosso homem estava completamente decidido a suicidar-se. Mas, uma vez acalmado - uma garrafa depois -, voltou para casa!"

Tensin Gyatso, Sua Santidade, o 14º Dalai Lama.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Duas pessoas dentro de nós.

Duas pessoas estão vivendo dentro de nós durante todas as nossas vidas. Uma é o ego tagarela, exigente, histérico e calculista. A outra é o nosso ser espiritual oculto, cuja voz mansa de sabedoria só raramente ouvimos e atendemos. Na medida em que escutamos cada vez mais ensinamentos, contemplamos e os integramos às nossas vidas, nossa voz interior, nossa sabedoria inata do discernimento, aquilo que chamamos no budismo de "consciência discriminativa" é despertada e fortalecida. Então, começamos a distinguir a orientação dela em meio às diversas vozes clamorosas e apaixonantes do ego. A lembrança de sua verdadeira natureza com todo o seu esplendor e confiança começa a retornar para nós. Vamos ver que, na verdade,  descobrimos em nós mesmos nosso próprio guia sábio e como a voz desse guia, também chamado de consciência discriminativa, fica cada vez mais forte e mais clara. Assim, começamos a distinguir entre sua verdade e os vários enganos do ego e então seremos capazes de ouvir com discernimento e confiança.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Robert Walter

Robert Walter
"Quando seguimos a trilha da realização plena, somos preenchidos com energia vital. Dessa forma, as tarefas se tornam prazerosas e não uma obrigação ou um desafio ameaçador. Além de nos vitalizar, (...) nos mostram que nossas ocupações e compromissos tem um propósito maior. É como a estória dos homens que carregavam pedras até o topo de uma montanha. Aquele que não vislumbrava  o objetivo do trabalho, penava. Já o que entendia estar construindo uma catedral, um templo, sorria enquanto executava o serviço. Da mesma maneira, você pode reclamar por ter que cozinhar e depois lavar os pratos ou se alegrar por estar alimentando sua família.
Alguns indivíduos enxergam com mais clareza o que estão fazendo nesta existência. Carregam a influência de um mestre, a sabedoria do seu povo, os ensinamentos do seu avô ou foram marcadas na infância pelo personagem de um livro ou de um filme que determinou escolhas. Muitas outras influências atuam de forma inconsciente em nossa vida. A verdade é que, em situações de tranquilidade e diversão, somos afetados pela dimensão transcendente ao passo que, ao nos mantermos racionais, queremos decifrar as coisas, não conseguindo entrar em contato com o sagrado.
Por meio da criatividade, podemos encontrar ferramentas para ativar nossa dimensão simbólica e explorar nossas potencialidades da nossa própria estória. Vale praticar yoga, meditação, dançar, pintar, compor músicas, enfim, fazer o que se ama. Um bom pacto consigo mesmo é reservar dois minutos pela manhã diante do espelho e se perguntar; 'Quem é essa pessoa? O que devo fazer hoje? De onde as coisas estão vindo?' Ou, então, faça uma xícara de chá e diga: 'Esse é o meu momento.' Tente criar espaços no cotidiano para entrar em contato silencioso com você mesmo. Quanto mais recorrente for essa prática, mais fácil será manter a conexão com a alma."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Explicando o carma.

"Certamente, a maneira mais utilizada para se explicar o karma é a analogia de que estamos colhendo os frutos das ações que cultivamos anteriormente; do mesmo modo, nosso futuro terá as conseqüências do que estamos fazendo agora.
Tudo o que é colocado em movimento produz um movimento correspondente. Se você joga uma pedra numa lagoa, formam-se ondulações ou anéis que correm para fora, batem na margem e voltam. O mesmo se passa com o movimento dos pensamentos: ondulações correm para fora, ondulações retornam. Quando os resultados desses pensamentos chegam de volta, sentimo-nos vítimas indefesas: estávamos inocentemente vivendo nossa vida; por que todas essas coisas estão acontecendo conosco? O que acontece é que os anéis estão voltando para o centro. (...)
Isto é o karma e, devido a ele, nossa experiência da realidade continua a girar em ciclos, com todas as suas variações, vida após vida. Assim é o interminável samsara, a existência cíclica. Não compreendemos que estamos vivendo resultados que nós mesmos criamos, e que nossas reações produzem ainda mais causas, mais resultados; incessantemente. (...)
O karma pode ser comparado a uma semente que, em condições adequadas, dará lugar a uma planta. Se você colocar na terra uma semente de cevada, pode ter certeza de que obterá um broto de cevada. A semente não vai produzir arroz.
A mente é como um campo fértil; coisas de todos os tipos podem crescer nele. Quando plantamos uma semente; um ato, uma palavra ou um pensamento, num dado momento, será produzido um fruto que irá amadurecer e cair por terra, perpetuando e incrementando sementes de causalidade potentes em nosso corpo, fala e mente. Quando se juntarem às condições adequadas para o amadurecimento do nosso karma, teremos que lidar com as conseqüências das coisas que plantamos"

Texto do livro "Portões da Prática Budista" de Chagdud Tulku Rinpoche

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meditação reduz o impacto emocional da dor


Imagem: Tevaprapas Makklay

Dor menos desagradável.

Pessoas que meditam regularmente têm uma sensação menos desagradável da dor porque seus cérebros antecipam menos a dor, o que diminui seu impacto emocional.

Depois de avaliar voluntários com vários graus de experiência com a meditação, de praticantes iniciantes até mestres com décadas de meditação, cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, descobriram que os meditadores mais avançados alcançam um nível suficiente para sofrer menos com a dor.

"Os resultados do estudo confirmam nossa suspeita de que a meditação pode afetar o cérebro. A meditação treina o cérebro para ter mais foco no presente e, com isso, gasta menos tempo antecipando futuros eventos negativos. Pode ser por isso que a meditação é eficaz em reduzir a recorrência da depressão, que torna a dor crônica consideravelmente pior," explica o Dr. Brown.


Meditação vista pela ciência

"A meditação está se tornando cada vez mais popular como uma forma de tratar doenças crônicas, tais como a dor causada pela artrite," diz o Dr. Christopher Brown, que conduziu a pesquisa.

"Recentemente, uma instituição de caridade de saúde mental pediu que a meditação torne-se disponível rotineiramente [no sistema de saúde] para tratar a depressão, que ocorre em até 50% das pessoas com dor crônica. Entretanto, os cientistas só agora começam a analisar a forma como a meditação pode reduzir o impacto emocional da dor," conta ele.

O estudo, que será publicado na revista médica Pain, descobriu que determinadas áreas do cérebro ficam menos ativas quando os meditadores antecipam a dor que, durante o experimento, era induzida por um pequeno laser.

Aqueles com mais experiência de meditação - até 35 anos de prática - apresentaram a menor expectativa da dor, o que levou que relatassem uma menor intensidade dessa dor.

Como a meditação modifica o cérebro

O estudo também revelou que pessoas que meditam apresentam uma atividade incomum no córtex pré-frontal durante a antecipação da dor, uma região do cérebro conhecida por estar envolvida no controle da atenção e com os processos de pensamento quando a pessoa se depara com ameaças potenciais.

Os resultados deverão incentivar novas pesquisas sobre como o cérebro é modificado pela prática da meditação.

"Embora tenhamos descoberto que os meditadores antecipam menos a dor e acham a dor menos desagradável, não está claro como exatamente o tempo de meditação muda as funções cerebrais para produzir esses efeitos," conclui o pesquisador.


Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Medo de Olhar para Dentro de Nós.


“Estamos tão acostumados a olhar para fora de nós que perdemos o acesso ao nosso ser interior quase completamente. Ficamos apavorados de olhar para dentro porque nossa cultura não nos deu a menor ideia do que encontraremos. Pensamos até pensar que se o fizermos, correremos o risco de ficar loucos. Esta é uma das últimas e mais efetivas táticas do ego para nos impedir de descobrirmos nossa verdadeira natureza. Assim, levamos nossas vidas tão agitadas que eliminamos o menor risco de olhar dentro de nós mesmos. Até mesmo a idéia de meditar pode assustar as pessoas. Quando elas ouvem as palavras sem-ego ou vacuidade, elas pensam que experimentar tais estados seria como ser ejetadas de uma espaçonave para flutuar na escuridão destituídos do frio para sempre. Nada poderia estar mais distante da verdade. Mas, num mundo dedicado à distração, silêncio e quietude nos aterrorizam; nós nos protegemos deles com barulho e negócios frenéticos. Olhar para a natureza de nossas mentes seria a última coisa que nos atreveríamos a fazer.”

terça-feira, 6 de julho de 2010

Generosidade



"A essência da generosidade é abrir mão, deixar acontecer. A dor é sempre um sinal de que estamos segurando alguma coisa - normalmente nós mesmos. Quando nos sentimos infelizes, inadequados, nos tornamos mesquinhos e rígidos. A generosidade afrouxa, abre e relaxa. Ao oferecermos qualquer coisa, um real, uma flor, uma palavra de encorajamento, estamos treinando em abrir, em deixar acontecer.”
Pema Chödrön

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Nascimento ou Morte?

"O grande problema não é a morte. A morte é o resultado natural do nascimento. O problema é o nascimento. Os maiores meditadores trabalham muito para evitar o seu nascimento seguinte, libertando-se do que irá dar-lhes escolhas reais! Devemos também ter mais cuidado ao cruzar animais, trazendo mais sofrimento ao mundo, incentivando o nascimento de animais apenas destinado para o nosso prazer ou consumo! Será que um dia haverá um mundo onde os animais não serão produzidos, onde as vacas, cavalos e outros animais domésticos viverão harmoniosamente conosco?"

Requisito para meditar


"Praticar a meditação sem ter ouvido ensinamentos é ser como um homem sem braços que quer escalar uma parde rochosa. Ele cairá logo! O caminho budista requer que se ouça os ensinamentos de um lama realizado, remover todas as dúvidas e só então, praticar. Assim é o Caminho."

Khenpo Dorje Wangchug

domingo, 4 de julho de 2010

Oscar Wilde

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero ...amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça."

Oscar Wilde

Depende de nós.

Você deve fazer o esforço por si mesmo.
O Tathagata (Buda) não pode fazer mais nada
Que seja mostrar o caminho.
Aqueles que se comprometeram à meditação
... Serão libertados das amarras de Mara.
Dharmapala 276

sábado, 3 de julho de 2010

Imagine


 "Olha! Um igual a mim!"
Imagine que você está tendo dificuldades com seus entes queridos como sua mãe, pai ou amigo. Como seria útil e revelador considerar a outra pessoa não em seu papel de mãe ou pai ou marido, mas simplesmente como outro “você”, outro ser humano com os mesmos sentimentos que você, o mesmo desejo por felicidade, o mesmo medo de sofrer. Pensar no outro como uma pessoa real, exatamente a mesma que você, abrirá seu coração para ele ou ela e lhe dar mais noção de como ajudar.

Imagine that you are having difficulties with a loved one, such as your mother or father, husband or wife, lover or friend. How helpful and revealing it can be to consider the other person not in his or her “role” of mother or father or husband, but simply as another “you,” another human being, with the same feelings as you, the same desire for happiness, the same fear of suffering. Thinking of the other one as a real person, exactly the same as you, will open your heart to him or her and give you more insight into how to help.

Imagine que usted está teniendo dificultades con un ser querido, como su madre o padre, esposo o esposa, amante o amigo. ¿Cuán útil y revelador se puede considerar la otra persona no ya en su "papel" de la madre o el padre o el marido, pero simplemente como otro "tú", a otro ser humano, con los mismos sentimientos que tú, el mismo deseo de la felicidad, el mismo miedo del sufrimiento. Pensando en el otro como una persona real, exactamente igual que usted, abrirá su corazón a él o ella y le dará una visión más clara de cómo ayudar.

Imaginez que vous rencontrez des difficultés avec un être cher, comme votre mère ou le père, mari ou femme, amant ou un ami. Comment révéler utile et il peut être de considérer l'autre personne n'est pas dans son «rôle» de la mère ou le père ou le mari, mais simplement comme une autre «vous», un autre être humain, avec les mêmes sentiments que vous, le même désir de le bonheur, la même peur de la souffrance. En pensant à l'autre comme une personne réelle, exactement la même chose que vous, vous ouvrez votre cœur à lui et de vous donner une meilleure idée de la façon d'aider.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Experiências negativas são ilusórias e oníricas!


Na meditação, as experiências negativas são as que mais nos enganam, pois tendemos a tomá-las como um mau sinal. Mas, na verdade, as experiências negativas na nossa prática são bênçãos desfarçadas. Tente não reagir a elas que é o que a gente normalmente faz, mas, em vez disso, reconheça-as pelo que elas são realmente, meras experiências ilusórias e oníricas.
A realização da verdadeira natureza da experiência nos libera do dano ou perigo da experiência em si e, como um resultado, uma experiência negativa pode se tornar uma fonte de grandes bênçãos e realizações. Há inúmeras estórias de como os mestres trabalharam assim com as experiências negativas e transformaram-nas em catalisadores para a realização.

In meditation, negative experiences are the most misleading, because we tend to take them as a bad sign. But in fact the negative experiences in our practice are blessings in disguise. Try to not react to them with aversion as you might normally do, but recognize them instead for what they truly are, merely experiences, illusory and dreamlike.
The realization of the true nature of the experience liberates you from the harm or danger of the experience itself, and as a result a negative experience can become a source of great blessing and accomplishment. There are innumerable stories of how masters worked like this with negative experiences and transformed them into catalysts for realization.

Dans la méditation, les expériences négatives sont les plus trompeuses, car nous avons tendance à les considérer comme un mauvais signe. Mais en fait, les expériences négatives dans notre pratique sont une bénédiction déguisée. Essayez de ne pas réagir à eux avec l'aversion que vous pouvez normalement faire, mais au lieu de les reconnaître pour ce qu'ils sont vraiment, seulement des expériences, illusoire et onirique.
La réalisation de la véritable nature de l'expérience que vous libère de le dommage ou le danger de l'expérience elle-même, et par conséquent une expérience négative peut devenir une source de grande bénédiction et d'accomplissement. Il existe d'innombrables récits de la façon dont maîtres travaillé comme ça avec les expériences négatives et les transformer en catalyseurs pour la réalisation.