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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Mente e Emoção no Budismo Tibetano


Se hoje estamos aqui agora, é porque somos velhos amigos. Existe uma ligação cármica. Neste momento, vivemos esta experiência. A raiz da experiência que nós vivemos agora é a mente. A mente é que dirige o corpo e a fala. Se nós olharmos para a nossa mente e perguntarmos de que ela é feita, de que substância, de que cor, ninguém saberá dizer. A mente não nasce e a mente não morre. Olhando para este mundo, vemos pessoas doentes e saudáveis, ricas e pobres, emoções desequilibradas. Por que é assim? Ninguém escolheu sofrer, ser pobre. Quando sentimos as emoções da mente costumamos culpar os outros, nossos pais, o ar que está poluído, a alimentação ruim. Mas, a raiz não é isso. Ela está na própria mente. Como a mente cria as expectativas de vida? Alguns pensam que é Deus, mas Deus não pune, não causa mal. Em qualquer tradição, eles devem ter grande sabedoria. Eles têm um grande amor, uma grande compaixão, eles são auxiliadores. Eles não auxiliam somente as pessoas que rezam. Um Deus olha a todos com equanimidade de amor e compaixão. Mas, por que muitas pessoas sofrem se Deus tem tanta compaixão? Faço uma comparação com o sol. Se nós entramos dentro de um buraco, não vamos sentir a luz do sol. Se não recebemos ajuda dos seres iluminados é porque cortamos a relação com eles. Por que, então, temos problemas? A razão é o carma. Na mente surgem pensamentos negativos. Então, as palavras serão negativas, as ações serão negativas e a energia será negativa. Se causarmos sofrimento a outros seres ela volta para nós. É como um pêndulo e o pêndulo é o apego. Nós pensamos de forma errada, temos apegos errados. Pensamos que tudo que temos na vida, objetos, experiências serão para sempre e isto é um erro. Precisamos nos lembrar que tudo isso é impermanente e, se pensarmos assim, quando perdermos algo ou alguém, não sofreremos tanto, a emoção não será tão grande.
Por Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche - Dia 21 de março de 1996.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Meu saudoso Mestre Chagdud Tulku Rinpoche

Saudades... E eu tenho um colcha igualzinha a essa...

sábado, 31 de janeiro de 2009

Stupa guarda cinzas de Chagdud Tulku Rinpoche em Belo Horizonte

Lama Tchimed feliz e sorridente!

Lama Tchimed e a stupa. agora só falta pintar.
(Fotos do Orkut de Elisa Filgueiras)
Manhã de sábado. O Templo do Budismo Tibetano Dawa Drolma, em Casa Branca, distrito de Brumadinho, estava lotado de praticantes que foram participar do ritual de consagração da stupa de Chagdud Tulku Rinpoche, lama tibetano que teve seu parinirvana (passagem) em 2002 e, aos 4 anos, foi reconhecido como um tulku (encarnação de um mestre de meditação). Rinpoche era o mestre do templo, um iluminado, dizem os budistas.

O dia era de festa. Na parte externa, flores, incensos e bandeiras de oração que tocadas pelo vento espalhavam a força das preces contidas em centenas de mantras (sílabas em sânscrito ou poemas). Eles repetiam o mantra "om dzambala zhalen traia soha" para gerar prosperidade espiritual e material irrestritos.

Diante da stupa, pessoas de qualquer credo podem fazer pedidos para si e para a humanidade. A cerimônia foi conduzida pelo lama Tchimed Rigdzin que, aos 3 anos, foi entregue aos cuidados de um tio, também lama e, aos 12 anos, começou seu treinamento no monastério Khatok, no Tibete.

Lama Tchimed explicou que, durante um retiro no Nepal, o venerável Chagdud Rinpoche insistiu para que ele viesse para o Brasil "para dar vigor às atividades".

- Ao longo do caminho o que parecia ser obstáculo foi se resolvendo.

Ritual: A cerimônia na manhã de sábado durou duas horas e Lama Tchimed ressaltou que "todas as religiões são necessárias".

- Tenho fé e devoção nas religiões porque elas nos dão caminhos e formas legítimas de chegarmos aonde queremos. Sem fé e devoção não é possível recebermos bênçãos.

Lama Tchimed respondeu a uma indagação muito comum, principalmente entre leigos, que desconhecem a filosofia budista. Onde está Buda? Nos templos, nas estátuas?

- Procuramos por ele, mas Buda somos nós. Nossa natureza é Buda. Nossa mente é Buda. Quando meditamos alcançamos a liberação. Buda nos concede bênçãos, nós mantemos votos e somos nós próprios a alcançarmos a liberação. Sem fé e devoção nada funciona. Mas é o lama que nos mostra o caminho do Buda e nós praticamos. Buda liderou a si mesmo e meditou.

Segundo Lama Tchimed, "um lama congrega características especiais, internas, externas e secretas. Seu nome é apenas um nome, mas o que o torna um lama é a não dualidade dos fenômenos internos e externos. Tenho 40 anos de treinamento, vivi em cavernas no Tibete, mas no Brasil levo uma vida confortável, tenho cama, lençóis limpos, televisão, e essa não é a vida de um lama. Por isso não estou pronto."

Ele explicou ainda os benefícios de se ter uma stupa em um local tão próximo de Belo Horizonte.

- Ela é a representação do corpo, fala e mente do Buda. Aqui, todas as pessoas de bom carma podem se reconectar com o mestre Chagdud Rinpoche. E esses benefícios não estão restritos apenas a Casa Branca, pois são espalhados para todos os continentes e pessoas de todas as religiões. Rinpoche está aqui - assegurou.

Lama Tchimed disse que estava muito emocionado com o carinho e dedicação de toda a sanga (pessoas envolvidas naquele grupo) para a construção da stupa.

- Em apenas um ano, o sonho se tornou realidade. A stupa não poderia ser mais perfeita porque contém todos os elementos adequados como mandalas, substâncias sagradas e manuscritos legados por Buda.

Agenda A stupa, que fica no Condomínio Cachoeira das Pedras, em Casa Branca, está aberta à visitação pública.

Publicado em 27 de janeiro de 2009 por Ana Elizabeth Diniz para o jornal O Tempo

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Homenagem! Meu saudoso e querido mestre.


(foto de Ronai Rocha)

Canção do Despertar
(letra da canção que Rinpoche cantava para nos despertar todas as manhãs)

“Uh, oh! Não durmas agora, ser afortunado. Desperta com diligência. De tempos sem princípio até agora tens dormido em ignorância. Agora é o momento de deixar o sono para trás e alcançar a virtude com corpo, fala e mente. Não te lembras da doença, da velhice e morte? Todo o sofrimento além da conta e além da medida? Esqueceste? Quem sabe se terás o dia inteiro? Agora é o momento de praticar com diligência. Ainda tens esta oportunidade de gerar benefício duradouro. Então, por que desperdiçar a oportunidade por preguiça? Se realmente contemplares a impermanência, consumarás a tua prática rapidamente. Quando a hora da tua morte chegar, estarás confiante. Com tua prática consumada, não terás nenhum arrependimento. Sem esta confiança, qual terá sido o propósito da tua vida? A natureza de todos os fenômenos é vazia e sem identidade como a lua refletida na água, uma bolha, uma alucinação, uma emanação, uma ilusão, uma miragem, um sonho, uma imagem no espelho, um eco. Todo o Samsara, todo o Nirvana é assim. Reconhece todas as coisas desta maneira: nada vem, nada fica, nada vai além de qualquer descrição por palavras, além de qualquer concepção da mente. Agora é o momento de alcançares a realização que é sem sinais.”

PRECE PELO RENASCIMENTO DE SUA EMINÊNCIA CHAGDUD TULKU RINPOCHE

KON THOG TSA SUM DE SHEG KUN DU PA UANG DRAG RIG DZIN PED MA DJIN LAB TCHIE
Pelas bênçãos do poderoso Vidyadhara Pema, em quem os sugatas das Três Jóis se unem,

PED MA GAR DJI UANG TCHUG TRUL PE KU NIUR DJON TEM DRO DON TCHEN DZED DU SOL
possa a emanação de Pema Gardji Uangthug rapidamente surgir e trazer vasto benefício aos ensinamentos e seres!

Adaptado de uma prece escrita por Kyabdje Khyentse Rinpoche