Ao digitar estas três palavras, me veio uma oração:
"Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida e doçura, esperança nossa, salve!
A vós bradamos degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei e, depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria."
Não posso negar que estudei em colégio de freiras, primeiro no Sion e depois no Santa Dorotéia. Isso era oração de todo dia, gente! Um jamais esquecer! O hino de Paula Frassinetti, hoje santa e fundadora da ordem das Dorotéias, sabemos de cor eu e minhas colegas e eternas amigas desde pequeninas! Um jamais esquecer das bagunças, de colar nas provas, fumar escondido no banheiro, paquerar na saída que o colégio era só de meninas.
E vem meu velho pai que, de forma alguma me aceita budista, dizer que budismo só fala em sofrimento e morte.
Que tal "agora e na hora de nossa morte. Amém", hein!?
É que ele foi coroinha - meu avô obrigava, né? - e sabe a missa toda em latim. De cor! Agora, quando ele começa com assuntos pouco agradáveis, geralmente lembrando meus dois irmãos que morreram jovens, eu começo a primeira linha da missa que é só o que sei:
- In nómine Patris, et Fillis, et Spíritus Sancti. Amén.
Aí, bem alto que ele tá ficando surdo!
- Introíbo ad altáre Dei!
E ele responde imediatamente!
- Ad Deum qui laetíficat juventútem meam!*
E vam'embora rezar a missa com o doutor Castello, gente!
*Tradução: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Vou me aproximar do altar de Deus. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
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