Então. Foi dia 30 de abril, véspera do 1º de maio e o trânsito estava tão engarrafado que eu chegava antes dos carros! Quando cheguei quase na esquina da Major Lopes, pula na minha frente um galalau de um metro e oitenta, meio claro, tipo o que chamam de nego-aço e diz:
-Aí, tia! me dá o celular! E num grita, não, senão te dou um tiro! Anda, tia! O celular!
Eu olhei bem nos olhos dele e, com um sorriso idiota de quem não se dá conta do que está acontecendo, disse:
-Ô, meu filho, tenho celular não...
E não tinha mesmo, estava só com a chave de casa e uma caneta e caderneta pra anotar. Aí, continuando com o sorriso idiota e sem perder o contato visual, falei toda animadinha:
- Aqui! Eu tô indo pro BUDISMO!
Falei bem articulado que eles acham que é coisa do demo enquanto, pela minha visão periférica, já via um cara no congestionamento abrindo a porta do carro prá me acudir. Não precisou. Continuei.
- Não quer ir comigo, não? Vou rezar! Vamo rezar comigo? Qué não?
O malaco deu um pulo no olhar, sabe, aqueles de recuo e disse:
- Não! Beleza, tia! Tá liberado!
E cascou fora fazendo o tal do liberado prá mim com o polegar prá cima!
Quem não deve ter entendido nada foi o cara do congestionamento, enquanto eu tinha um ataque de risos até chegar no budismo!
Várias versões:
Do pessoal viajandão do budismo: - Ah, deve ser a sua energia búdica!
Tá, viu? Energia eu tava era de dar um chute no saco do cara!
Do pessoal não-viajandão do budismo: - O assalto demorou muito e o cara desistiu.
Versão minha e dos porteiros do prédio:
1) Eu conheço o cara do morro de tanto ficar na porta do prédio e ele me reconheceu.
2) Contato visual é perigoso, mas, às vezes, com o olhar de "tia" idiota e chamando o cara de "ô, meu filho", ele desistiu.
3) Sem dúvida, a palavra BUDISMO funciona.
4) E ele tava armado coisa nenhuma!
Uma coisa eu tenho certeza. Assim como a moça da Gol, tem que ter calma e presença de espírito! Conhece a moça da Gol, não? Já-já eu conto.
Do pessoal não-viajandão do budismo: - O assalto demorou muito e o cara desistiu.
Versão minha e dos porteiros do prédio:
1) Eu conheço o cara do morro de tanto ficar na porta do prédio e ele me reconheceu.
2) Contato visual é perigoso, mas, às vezes, com o olhar de "tia" idiota e chamando o cara de "ô, meu filho", ele desistiu.
3) Sem dúvida, a palavra BUDISMO funciona.
4) E ele tava armado coisa nenhuma!
Uma coisa eu tenho certeza. Assim como a moça da Gol, tem que ter calma e presença de espírito! Conhece a moça da Gol, não? Já-já eu conto.
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