Parece uma idéia interessante, mas existem alguns desafios para se manter um voto deste tipo. Basicamente, nossos hábitos de percepção nos fazem ver os fenômenos como desejáveis ou ameaçadores. Então, antes que possamos manter este voto, temos que entender o que nos faz ver as coisas, experimentar as coisas de certas maneiras. Quais as condições psicológicas são necessárias para produzir os resultados de certas experiências que surgem em nossas vidas. A aparência das coisas, das experiências não acontecem assim, simplesmente, sem causas e condições. Isto é algo que nós não entendemos, que tipos de condições são necessários para produzir certos tipos de resultados. Só então podemos começar realmente a trabalhar com isso ou chegar á raiz do desejo ou ódio que vem da maneira que talvez interpretamos o que está passando pelos cinco sentidos ou então ele será apenas uma total fabricação mental baseada em nossas idéias, memórias e expeculações disso ou daquilo. Em vez de tomar um voto, seria bem mais produtivo verdadeiramente entender o mecanismo desse fenômeno que chamamos “mente”. Votos agem como um suporte, uma diretriz para nos deixar mais atentos aos nossos hábitos. Eles não serão capazes de interromper o surgimento dos nossos hábitos, mas podem enfraquecê-los e então, finalmente, veremos a futilidade de tais hábitos e deixá-los ir. Temos que entender que a causa do desejo e do ódio não está enraizada no objeto, mas na maneira como vemos o objeto. Especialmente se tomamos um exemplo do que pode acontecer nos relacionamentos. Num momento, uma pessoa se mostra extremamente desejável até que ela faça ou diga algo que não gostamos e, se ela continua a criar mais condições que achamos desagradáveis ou discordantes, logo, logo esta mesma pessoa pode aparecer como a causa do nosso ódio. Então precisamos perguntar a nós mesmos onde está a base para este desejo ou ódio e trabalhar com ela.
Boas Festas
Há 10 anos
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